IBC-Br do primeiro trimestre foi muito bom
“Essa previsão é um excelente sinal, pois significa que a economia está avançando próxima de 4%”, explicou Mantega.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a inflação começou a ceder e que os preços vão continuar caindo nos próximos meses, principalmente para os alimentos. “Estamos no caminho certo. A inflação vai cair nos próximos meses”, ressaltou.
O ministro citou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) – que desacelerou de 0,45% para 0,38% na segunda semana de maio – como um dos dados que comprovam o arrefecimento da inflação. “O mais importante é que a inflação está caindo. O IPC-S dessa semana mostra que o custo dos alimentos está cedendo e isso é muito bom, porque vai eliminar um problema que nós vivemos nas últimas semanas”, disse.
Para Guido Mantega, a nova safra vai contribuir para a queda no preço dos alimentos, que nos últimos meses puxou para cima o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
IBC-Br
Guido Mantega declarou que o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) foi muito bom, com aumento de 1,05% no primeiro trimestre. “O que nós temos é uma previsão, para o primeiro trimestre, de 1,05%. Se isso de fato aconteceu, é um excelente sinal, pois significa que a economia está avançando próxima de 4%”, explicou.
O ministro assegurou que o mais importante é a qualidade do crescimento, capitaneado pelo investimento e pela indústria de transformação. “O crescimento não está sendo puxado pelo consumo, que acelerou 4,5% em relação a igual período do ano passado, o que é bom. Mas quem mais está liderando o processo neste momento é o investimento e a indústria”, defendeu.
Minha Casa, Minha Vida
O ministro foi questionado pelos jornalistas sobre os temas a serem tratados com os ministros do Planejamento, Miriam Belchior, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. Mantega disse que iria discutir os detalhes da proposta que prevê criar um cartão – para a aquisição de eletrodomésticos – destinado aos beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. De acordo com o ministro, ainda serão definidas as regras de funcionamento e as modalidades do programa.
Em maio, IPCA-15 fica em 0,46%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,46% em maio e ficou abaixo do IPCA-15 de abril, cuja taxa foi 0,51%. Com isto, o resultado acumulado no ano situou-se em 3,06%, bem acima da taxa de 2,39% relativa a igual período de 2012. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,46%, descendo dos 6,51% que estava nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2012, a taxa havia ficado em 0,51%.
Os remédios, com 0,10 ponto percentual, lideraram os principais impactos do mês. A alta de 2,94% em maio após a de 0,93% em abril refletiu o reajuste vigente desde 4 de abril, que variou de 2,70% a 6,31% conforme a classificação do medicamento, e, com isto, o ano acumula alta de 4,18%. Os remédios levaram saúde e cuidados pessoais ao mais elevado resultado de grupo, atingindo 1,30% contra 0,63% do mês anterior.
Habitação (de 0,68% para 0,72%) e vestuário (de 0,44% para 0,76%) também apresentaram taxas crescentes de um mês para o outro. O grupo comunicação se manteve em queda, mas em menor intensidade (-0,09% para -0,06%).
Já os alimentos, embora tenham aumentado 0,47%, mostraram forte recuo em relação a abril, quando a alta havia sido de 1,00%. Vários produtos ficaram mais baratos de abril para maio, alguns muito importantes na alimentação das famílias, como açúcar refinado (-6,46%) e cristal (-2,37%), óleo de soja (-2,23%), café(-1,92%), arroz (-1,78%), frango (-1,72%) e carnes (-0,75%), destacando-se o tomate, cujos preços chegaram a cair 12,42% no mês. Por outro lado, outros produtos também importantes no orçamento tiveram aumentos de preços significativos, a exemplo do feijão carioca (10,13%), cebola (5,63%), batata-inglesa (5,45%), leite em pó (3,32%), leite longa vida (3,14%), frutas (2,33%) e pão francês (1,50%).
Além do grupo alimentação e bebidas (de 1,00% em abril para 0,47% em maio), o que mais contribuiu para a redução do IPCA-15 de abril para maio, já que o impacto do grupo diminuiu de 0,24 para 0,12 ponto percentual, se destaca a queda mais acentuada dos transportes (de –0,01% para –0,03%). Neste grupo, destacam-se as quedas nas tarifas aéreas (-3,41%), ônibus urbanos (-0,43%) e gasolina (-0,36%).
O grupo artigos de residência (de 0,39% em abril para 0,18% em maio) também teve influência na redução do índice no mês, além das despesas pessoais (de 0,48% para 0,46%) e educação (de 0,10% para 0,08%), que ficaram um pouco abaixo do mês anterior.
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Recife (0,76%), onde os preços dos alimentos subiram 1,33%, bem acima da média de 0,47%, que considera todas as regiões pesquisadas. Já o índice mais baixo ocorreu em Salvador (0,23%), sob influência das tarifas dos ônibus urbanos, cuja variação apropriada foi de –4,06% em razão da redução pela metade, desde 31 de março, do valor cobrado aos domingos.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de abril a 14 de maio e comparados com aqueles vigentes de 15 de março a 12 de abril. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.
Comunicação Social
22 de maio de 2013
22 de maio de 2013
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