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SOLIDARIEDADE VOLTA AO COMANDO DA LUTA TRABALHADORA CONTRA O PATRONATO

Polacos exigem demissão de Tusk
Mais de cem mil pessoas deram corpo, no sábado, 14, a uma das maiores manifestações realizadas na Polónia nos últimos anos, que foi o ponto culminante de quatro dias de protestos.

Num momento em que a economia capitalista estagnou e se acentuam as medidas antilaborais e anti-sociais, os principais sindicatos polacos ameaçam convocar uma greve geral para derrubar o governo liberal de Donald Tusk.
«Estamos a tornar-nos escravos no nosso próprio país» declarou o líder do Solidariedade, principal central sindical do país, mostrando-se indignado com «o desprezo do poder pelos operários».
No mesmo tom, Jan Guz, líder da central OPZZ, garantiu que os trabalhadores «não aceitarão mais uma política que conduz à pobreza e à miséria. Vamos derrotar um governo que não defende os interesses dos trabalhadores.
Refletindo o descontentamento que alastra no país, milhares de pessoas afluíram à capital em centenas de autocarros que partiram de várias regiões. Entre os manifestantes destacavam-se os mineiros e metalúrgicos da Silésia (Sul) e os operários dos estaleiros navais de Gdansk (Norte).
Os sindicatos exigem a reposição da idade da reforma aos 65 anos, limite aumentado para os 67 anos pelo governo de Tusk, bem como a subida dos salários e a revogação de uma recente lei que permite o alargamento do horário de trabalho.
A estagnação da economia é outra das preocupações dos sindicatos, que temem que a crise se instale e o desemprego dispare. Apesar de ter conhecido um crescimento económico durante vários anos, a Polónia aproximou-se da recessão no primeiro trimestre com a economia a crescer apenas 0,4 por cento.
Neste contexto, as sondagens revelam uma crescente impopularidade da Plataforma Cívica (PO) de Tusk, atribuindo-lhe 21 a 25 por cento das intenções de voto.
Em contrapartida, o partido conservador Direito e Justiça (PiS), dirigido pelo antigo primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski, volta a subir nas sondagens podendo aspirar a 34 por cento dos votos.
No parlamento, o governo de Tusk, coligado com o partido camponês (PSL), conta com uma maioria absoluta tangencial de apenas dois deputados, após ter sido enfraquecida com a defecção de três deputados liberais.

GOVERNO FRANCES ENFRENTA 370 MIL PARA PROIBIR REFORMAS


Direito à reforma

Thousands protest in France over pension reforms

Cerca de 370 mil pessoas manifestaram-se, dia 10, em 180 localidades de França contra a redução dos direitos de reforma, designadamente o aumento das quotizações e do período de contribuições de 41 para 43 anos, para aceder à pensão completa.
O protesto nacional foi convocado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), pela Força Operária (FO), pela Federação Sindical Unitária (FSU) e pela central «Solidários», que convocaram para ontem, quarta-feira, 18, um novo protesto em Paris, coincidindo com a reunião do Conselho de Ministros.
As alterações anunciadas pelo governo de François Hollande significam que grande parte dos franceses, em particular os jovens, terá de trabalhar até aos 70 anos para ter direito à pensão completa.

CPI JÁ - CONTAMINAÇÃO GRAVÍSSIMA NO SOLO DA USP LESTE E REGIÃO - ATERRO DO SOLO INFRINGIA A LEI ESTADUAL 13577/09!

Estudantes da USP,  solicitaram CPI para apuração de responsabilidadesvisto que uma universidade tem especial obrigação e primazia  pelo valor cidadania, pela dignidade da pessoa humana. Uma Universidade jamais poderia compactuar com o desrespeito ao meio ambiente. Qual será o custo social e econômico para sanar 11 exigências de controle e despoluição do solo? 

Estudantes da USP comemoram aprovação de requerimento para nova audiência pública referente a contaminação do solo na USP Leste e região.

A NOTA DA SIEMENS É DEMOLIDORA - ALCKMIN "ACOBERTA" CORRUPÇÃO

QUÊNIA E SOMÁLIA - REGIÕES INVADIDAS PELOS INTERESSES ESTRANGEIROS ESCUSOS, TORNAM-SE VERDADEIRAS FRONTEIRAS CRAVADAS DE TERROR !

Fronteira Quénia-Somália

fronteira entre o Quênia e a Somália, é uma linha de 682 km de extensão, sentido norte-sul, formada por três trechos quase retilíneos, que separa o leste do Quênia do território da Somália.
A fronteira foi sendo definida desde o século XIX ao longo de diversos conflitos entre os colonizadores da região: Reino Unido e Itália nSomália (independência em 1960), Reino Unido de Quênia, com sua independência em 1963.
Localizado na parte oriental do continente africano, o Quênia começou a ser colonizado pelos ingleses em 1890. Suas terras, ricas em minerais preciosos, principalmente ouro, e os recursos naturais (madeira e especiarias) foram muito explorados, além da mão de obra escrava que também gerava lucro. 

NOVO RECORDE DE DESEMPREGADOS NA GRECIA

tragédia grega
O desemprego na Grécia bateu em Junho um novo recorde, atingindo 27,9 por cento da população ativa, mais 0,3 por cento do que no mês anterior.
Segundo dados revelados, dia 12, pelo gabinete de estatísticas grego, havia no país um total de 1 403 698 desempregados, mais 22.610 do que em Maio e mais 174 709 do que no mês homólogo de 2012.
A taxa de desemprego jovem (menores de 25 anos) atingiu os 58,8 por cento, abaixo do máximo histórico de 64,9 por cento registado no mês anterior, mas acima dos 54,8 por cento do período homólogo.
Em Junho de 2008, no início da crise, a taxa de desemprego na Grécia era de 7,3 por cento.
Sob pressão do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional, o governo de sociais-democratas e conservadores pretende despedir 25 mil funcionários públicos até ao final do ano, recorrendo ao regime de mobilidade, no qual os trabalhadores recebem 75 por cento do salário durante oito meses, perdendo depois o emprego. A estes vão juntar-se mais quatro mil funcionários públicos e outros 11 mil em 2014.
Os sindicatos marcaram várias greves para a presente semana, com paragens até cinco dias consecutivos nas escolas, universidades, hospitais públicos e mesmo no comércio.

A ESPIRAL EUROPEIA DA DESIGUALDADE

 
Crise do capitalismo lança
25 milhões na pobreza
 
Um estudo da Oxfam International conclui que as actuais políticas de empobrecimento agravarão as desigualdades na Europa, lançando mais 25 milhões de pessoas na pobreza
O relatório intitulado «Um conto moral: o verdadeiro custo da austeridade e da desigualdade na Europa» («A cautionary tale: The true cost of austerity and inequality in Europe»), divulgado dia 12 pela Oxfam International, salienta que «120 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza em 2011 na Europa», número que poderá «aumentar pelo menos de 15 milhões a 25 milhões, em resultado das medidas contínuas de austeridade».
É o equivalente à população da Holanda e da Áustria juntas, lê-se no documento, que refere que «as mulheres serão as mais afetadas».
A instituição, criada em 1995 por 17 organizações não governamentais, observa que as políticas ditas de «consolidação orçamental» continuarão a traduzir-se em perdas salariais reais e que «a erosão da capacidade de negociação colectiva» das condições de trabalho aumentará o número de trabalhadores pobres.
«A Europa devia aprender duas lições importantes com as crises de dívida anteriores noutras regiões: que uma dívida insustentável é uma dívida impagável, que exige um processo de arbitragem justo e transparente que possa incluir uma reestruturação alargada ou o cancelamento da dívida, e que quanto mais cedo a espiral de crescimento da dívida for atacada pelos estados-membros e pela União Europeia melhor», alerta a Oxfam.
O documento conta com uma breve introdução de Joseph Stiglitz, prémio Nobel da Economia e antigo economista-chefe do Banco Mundial, na qual se afirma: «A onda de austeridade económica que varreu a Europa corre o risco de provocar danos sérios e permanentes ao modelo social do continente. Como os economistas, incluindo eu próprio, têm vindo a prever, a austeridade só tem penalizado o crescimento da Europa. (…) Pior: está a contribuir para a desigualdade que vai tornar as fraquezas económicas mais duradouras e contribuir, desnecessariamente, para o sofrimento dos desempregados e dos pobres por muitos anos».
Os países sujeitos às medidas de austeridade mais duras, caso de Portugal e Grécia, mas também a Espanha e o Reino Unido, estarão «em breve entre os países mais desiguais do mundo», afirmou à AFP Natalia Alonso, directora da secção europeia da Oxfam.
Em declarações à Lusa, o economista dominicano Miguel Ceara observou, a propósito do relatório, que «a solução [adoptada na Europa] foi comprimir a economia até a um ponto em que se gere um excedente para pagar a dívida».
«É óbvio que, se a economia cai durante uma década ou duas, haverá depois uma recuperação, mas essa transição implica que muita gente perca recursos e o aprofundamento das desigualdades».
Para Ceara é claro que a «solução» adoptada pelos grupos de poder mais fortes na Europa para superar a crise atual condena a população a 15 ou 20 anos de precariedade e pobreza.

ASSISTA O MARAVILHOSO E EFETIVO DISCURSO DA PRESIDENTA DILMA NA ONU


Na ONU, Dilma propõe governança global para internet, ressaltando o escandaloso comportamento de espionagem de informações pessoais, empresariais e governamentais sofridas pelo Brasil de nações ditas amigas.
"Repudiamos intervenções unilaterais sem autorização do Conselho de Segurança", ela diz.
É preciso calar a voz das armas, afirma Dilma sobre conflito na Síria. "Dois anos e meio de conflitos causaram o pior desastre desse século. É preciso impedir a morte de inocentes"
Dilma salienta o importante papel da organização no mundo e critica a atual falta de representatividade dos países, notadamente os países em desenvolvimento, no Conselho de Segurança da ONU. "É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU, face os novos desafios do século XXI" Dilma declarou que os conflitos no Oriente Médio devem ser resolvidos, apoiando todos os esforços diplomáticos contra armas. Citou como positiva a negociação entre a Rússia, USA e Síria.
Dilma falou sobre os 5 pactos lançados pelo governo federal p/ melhorar serviços nas áreas de educação, saúde, transporte, política e fiscal.
"A história do séc. XX mostra que o abandono do multilateralismo é prenúncio de guerra". Apelou por "ampla conjunção de vontades políticas"

ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS - RETROSPECTIVA DOS DISCURSOS DA PRESIDENTA DILMA



A presidenta Dilma Rousseff fez história com seus discursos, na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas. Dilma foi a primeira mulher a abrir a maior reunião anual de chefes de Estado da ONU em 2011.
Em 2011, a presidenta falou sobre a representatividade das mulheres, crise econômica, reforma do Conselho de Segurança, Palestina e meio ambiente. No ano seguinte, Dilma propôs a construção de um pacto pela retomada do crescimento, e reforçou o pleito brasileiro pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.


DILMA VAI POR OS PINGOS NOS "IS" E PUXAR A ORELHINHA DE OBAMA NA ONU

Dilma usará discurso na ONU

para criticar espionagem dos EUA

Pablo Uchoa  (BBC - Nova York)

A presidente Dilma Rousseff chega nesta segunda-feira a Nova York para cumprir uma agenda de compromissos políticos e econômicos, incluindo a tarefa de abrir o debate dos líderes na 68ª Assembleia Geral da ONU, na terça-feira.
A presidente já avisou – e portanto é essa a expectativa – que usará o palanque privilegiado para criticar as ações de espionagem americana reveladas pelo ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden.
Não estão confirmados encontros com líderes de outros países, segundo o Planalto. O grosso dos contatos bilaterais será feito pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, que, de acordo com o Itamaraty, ficará até o fim da semana em Nova York participando de pelo menos dez reuniões bilaterais.
Segundo o ministério, é possível um encontro entre Figueiredo e o secretário de Estado americano, John Kerry. Seria o primeiro desde que Dilma e o presidente Barack Obama anunciaram o adiamento da visita de Estado da presidente a Washington, por causa das acusações de espionagem.
Figueiredo também participará de reuniões ministeriais do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão, que discutem a reforma do Conselho de Segurança da ONU), dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do Ibas (Brasil, Índia e África do Sul).

Além da participação na ONU, Dilma tem previsão de fazer dois outros discursos aqui em Nova York. Na terça-feira, em uma sessão de alto nível sobre desenvolvimento sustentável na ONU, um fórum que entre outras coisas acompanha os resultados da Rio+20. A assembleia geral deste ano é dedicada a uma "agenda de desenvolvimento pós-2015".
Na quarta-feira, a presidente falará em um evento sobre oportunidades no setor brasileiro de infraestrutura promovido pelo banco Goldman Sachs, o jornal Metro e a rede Bandeirantes de TV.
Também participam do evento ministros da área econômica do governo – Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) – e os presidentes do Banco Central, Alexandre Tombini, e do BNDES, Luciano Coutinho.

A partida da presidente para o Brasil está prevista para a quarta-feira à tarde.

Segurança nas comunicações



A expectativa é que Dilma critique a espionagem americana e expresse algum tipo de apoio a medidas voltadas para incrementar a segurança dos dados nas comunicações globais.

Esse tema tem sido alvo de discussões em várias instâncias da ONU. No Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, por exemplo, entidades da sociedade civil e alguns países já defenderam que o debate seja enfocado sob o prisma de direitos e liberdades fundamentais.
Também existem na ONU discussões sobre a governança da internet – ou a falta dela – em instâncias como a Unesco e a União Internacional das Telecomunicações.
"O que existe atualmente é um vácuo institucional, e os Estados Unidos, nesse vácuo, têm uma vantagem, porque abrigam grande parte da infraestrutura da rede e lideram o desenvolvimento científico-tecnológico mesmo", disse à BBC Brasil a pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-Rio, Joana Varon.
Documentos vazados por Edward Snowden mostraram que o trabalho da NSA foi facilitado pelo fato de grande parte dos dados das comunicações globais – e quase todo o tráfego de dados das comunicações brasileiras – passarem pela infraestrutura americana.
As revelações também mostraram que a NSA utilizou infraestrutura de serviços americana – empresas, provedores, etc – como meio de coletar dados, com ou sem a concordância delas.
Este aspecto recolocou na agenda projetos do Brasil que já estavam em adiantamento, como a criação de vias de tráfego de dados que não passem pelo território americano. Para isso, seriam necessárias obras de infraestrutura envolvendo a colocação de cabos subaquáticos de fibra ótica ligando o Brasil e outros países.

Edward Snowden, ex-funcionário da NSA
Documentos vazados por Edward Snowden
provocaram atrito entre Brasil e EUA
Mas na ONU as discussões dizem respeito à governança da rede a partir de um ponto de vista global. "O desafio é pensar um modelo que atenda a necessidades de inovação, em que o Estado não necessariamente tenha um papel central, mas que ao mesmo tempo garanta o respeite aos direitos humanos fundamentais", diz Varon.

Analistas creem que o Brasil poderia contribuir com esse debate de governança da internet oferecendo o seu modelo de comitê nacional de gestão da rede, no qual Estado, empresas e entidades da sociedade civil discutem o tema a partir de um ponto de vista de liberdades individuais.


EUA de cabeça baixa

Qualquer que seja a referência que a presidente faça sobre esta seara em seu discurso, analistas acreditam que expressará uma posição contra esse status quo que implica a vantagem americana. Mas a presidente já deu a entender que a Casa Branca está ciente do tom crítica da mensagem.
"O governo americano entende totalmente que até certo nível a presidente Dilma precisa mostrar firmeza para satisfazer o público brasileiro, que realmente está, com boa razão, irritado com a intrusão americana", acredita o professor de história da Universidade Georgetown, em Washington, Brian McCann.
"A presidente Dilma tem boas justificativas para exigir explicações dos Estados Unidos que ainda estão por vir."
Para o professor, seus interlocutores americanos também sabem que a presidente "tem os problemas brasileiros (para cuidar) e que há uma certa oportunidade em criticar os Estados Unidos para desviar, talvez, a atenção dos problemas dentro do Brasil no momento".
Mais além deste tema, o discurso brasileiro – que tradicionalmente abre a plenária de líderes na ONU – também deve fazer jus ao costume passar em "revista" as questões internacionais, como ressaltou a assessoria do Planalto.
O discurso poderia incluir, portanto, referências a dois outros assuntos que têm dominado as discussões políticas e econômicas, e nos quais o Brasil mantém uma posição crítica à atuação americana.
Um deles é a Síria; o Brasil se opôs a uma ação militar contra o governo sírio, como tem sido proposto pelos Estados Unidos. O outro, o gerenciamento das medidas de afrouxamento monetário pelo Banco Central americano que, se não for feito com cuidado, pode gerar fugas de capitais nos países emergentes.

A LUTA CONTINUA NA COLOMBIA

Protestos na Colômbia

Os agricultores colombianos, que desde 19 de Agosto se manifestam na rua num protesto nacional, prosseguem esta semana a luta avançando com uma proposta de reforma agrária que reconheça os territórios indígenas, liquide os grande latifúndios concentrados na maior parte da terra cultivável, e revogue as leis que dizem ter incentivado o roubo de terras, o despejo de agricultores, a ocupação indevida dos baldios e que permitiu a proliferação de títulos de propriedade falsos. 
Aos agricultores juntaram-se, desde sexta-feira, 13, mais de mil pilotos da companhia aérea Avianca, numa greve às horas extraordinárias, que até quarta-feira, 18, obrigou ao cancelamento de mais de 180 voos. Os pilotos reclamam melhores condições de trabalho e salariais. Desde 1 de Abril que os pilotos esperam um aumento salarial, refere o sindicato.

O CHILE HOMENAGEIA A LIBERDADE E AO SEU CANTOR


Springsteen canta por Jara
O Chile homenageou, esta semana, o cantor Victor Jara, assassinado há 40 anos pela ditadura de Pinochet, num concerto realizado em Santiago do Chile que teve a presença de vários cantores, entre os quais, um dos mais emblemáticos interpretes da música norte-americana, Bruce Springsteen.
O «Boss» como é conhecido, encerrou o seu concerto com um tema de Victor Jara, «Manifesto», um tema escrito pelo cantor chileno assassinado pelos militares de Pinochet, quando, ainda antes do golpe de Estado, o Chile se batia contra a sabotagem económica organizada pelos inimigos do governo socialista de Salvador Allende
Victor Jara, preso após o golpe de Estado do ditador Augusto Pinochet, golpe apoiado pelos EUA, em 11 de Setembro de 1973, foi detido na Universidade e levado, juntamente com outros estudantes e professores, para o Estádio do Chile, que agora tem o seu nome. Torturado – as suas mãos foram esmagadas por coronhadas dos soldados de Pinochet, como se constatou após a exumação do seu corpo – e depois assassinado, o corpo de Victor Jara, cravejado por 44 balas, seria posteriormente abandonado juntamente com o de mais três vítimas, numa estrada na parte Sul de Santiago. Victor Jara era membro da Juventude Comunista do Chile, diretor artístico, compositor e cantor.
Apoiante da candidatura de Allende, Jara era também amigo de Pablo Neruda, tendo sido responsável pela homenagem ao poeta e comunista chileno quando lhe foi atribuído o Prémio Nobel.
Quarenta anos depois, Bruce Springsteen, Sílvio Rodrigues, León Gieco, Ismael Serrano e outros homenagearam o cantor de «Pongo em tus manos abiertas…», «Canto libre» ou «El derecho de vivir en paz», entre muitos outros : «Se é um músico político, Victor Jara continua a ser uma grande expressão. É uma honra estar aqui!», afirmou Springsteen no final do concerto de uma homenagem reportada na Prensa Latina pela jornalista Camila Carduz.

NOVAMENTE A PROPRIEDADE PUBLICA A VENDA EM LONDRES

Reino Unido privatiza Royal Mail
O Governo britânico lançou, dia 12, o processo de privatização do grupo postal Royal Mail, cujo capital será colocado na Bolsa de Londres ao longo das próximas semanas.
O ministro britânico do Comércio, Vince Cable, confirmou perante o parlamento aquela que será a maior privatização desde a época de Margareth Thatcher, altura em que foram vendidas a British Gas e a British Telecom.
O governo pretende alienar a sua posição maioritária na empresa e atribuir gratuitamente dez por cento das acções aos cerca de 150 mil trabalhadores do grupo.
O Royal Mail, fundado em 1516 por Henrique VIII, é uma das companhias de correios e telégrafos mais antigas do mundo.

OBAMA ISOLADO - O POVO AMERICANO TOTALMENTE CONTRA A GUERRA


Um clamor percorre a América:


Ao longo da semana passada multiplicaram-se em todas as grandes cidades dos EUA as manifestações de repúdio a uma agressão imperialista contra a Síria. 
Em São Francisco, Seattle, Chicago, Nova Iorque, Washington, Albuquerque, Tallahassee e Boston, dezenas de milhares de estado-unidenses saíram à rua para exigir um ponto final na perigosa escalada de tensão bélica que marca os nossos dias. Che Guevara dizia que invejava os americanos do Norte porque, vivendo no «coração da besta», lutavam a mais importante das batalhas anti-imperialistas. Sondagens recentes estimam que 95% do povo dos EUA se opõe a esta nova guerra e mesmo dentro das forças armadas crescem os apelos à deserção e à desobediência caso um ataque contra a Síria se materialize.
A oposição maciça dos norte-americanos à guerra, fator decisivo na prevenção desta imponderável loucura, assume também uma natureza de classe: é cada vez mais claro para os trabalhadores americanos que as aventuras do imperialismo só prejudicam os que vivem do seu trabalho. São os trabalhadores que vão para a guerra e pagam no final a conta; são eles que perdem os seus filhos sem saber porquê e são eles que vêem as suas escolas públicas encerradas para, com o dinheiro poupado, inaugurar porta-aviões. «Não teremos botas no chão», afiançou Obama aos seus compatriotas, em jeito de promessa de que só correrá sangue sírio. Mas nem assim os americanos se demoveram da sua incredibilidade. Afinal, quantas vezes se pode enganar o mesmo povo com as mesmas mentiras?

Os EUA falam de novo numa guerra humanitária, como aquela que semeou a destruição e a morte na ex- -Jugoslávia. Aí está de novo Obama, na esteira de Bush e Nobel da paz ao peito, a agitar o fantasma das armas químicas embora use diariamente urânio empobrecido e fósforo branco contra todo o Médio Oriente. 
Uma vez mais, ouvimos falar do «fardo do homem branco»: civilizar com napalm e chumbo os povos que se permitem ser governados por psicopatas e ditadores.  Nas ruas, nas empresas e nas escolas, são cada vez mais os estado--unidenses que questionam a investidura do seu Governo como polícia do mundo. 
Como podem os EUA, com o maior arsenal nuclear do planeta e único país que alguma vez usou armas nucleares contra civis querer livrar o mundo de armamentos perigosos noutras terras?
Que moral tem para falar de armas químicas, quem pulverizou o Vietnam com mais de 80 milhões de litros de agente laranja e outros herbicidas letais, afetando mais de cinco milhões de civis? E o que valem as provas de Obama, se também Dick Cheney um dia perante a ONU acenou com um frasquinho de pó branco, afirmando ter provas irrefutáveis de que Saddam tinha armas de destruição em massa?  
A preenchida agenda do imperialismo  O cepticismo vem dos próprios generais norte-americanos. Wesley Clark, general de quatro estrelas do Exército, contou em entrevista a Amy Goodman no Democracy Now! a conversa que teve em 2001 com outros generais: «Desci as escadas para dizer olá a algumas pessoas do Estado Maior que tinham trabalhado para mim e eis que um dos generais me chama. Agarrou num pedaço de papel e disse-me “acabei de receber isto lá de cima” referindo-se ao Secretário da Defesa. (…) Era um memorando que descrevia como vamos derrubar sete países em cinco anos, começando com o Iraque e depois a Síria, o Líbano, a Líbia, a Somália, o Sudão e, por fim, o Irã.»     
O povo dos EUA de estúpido só tem a fama. Neste momento de incerteza, o clamor de toda a humanidade encontra eco combativo nas gargantas dos norte-americanos, que já reservaram as ruas durante toda esta semana para assegurar ao mundo que Obama não fala em nome dos americanos. Fala sim em nome do capitalismo, sinónimo universal de guerra que não conhece pátria nem nacionalidade.

EUA DESEJA LIBERDADE, AMOR & PAZ NA SIRIA!

Ameaça dos EUA permanence
 
Como se envenena a solução síria
 
Ainda «fresco», o acordo sobre as armas químicas na Síria parece não satisfazer os EUA, que mantêm a ameaça de agressão, nem a França, que promete abastecer de armas o conflito.
O ministro brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo disse que o principal ponto da futura resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito deverá ser o fim do envio de armas para a Síria. Figueiredo puxava assim o cordel que desata o nó desta guerra que já ceifou mais de 100 mil vidas, definindo a fronteira entre os que a procuram estancar e os que a querem ver incendiada.
Segundo o correspondente da Prensa Latina na Rússia, Obama terá tentado, na cúpula do G-20, em San Petersburgo, persuadir os responsáveis dos restantes parceiros para uma intervenção militar na Síria. Não foi entusiasmante o argumento para a maioria dos presentes, mas também já não convencera a opinião pública norte-americana. Obama teria defendido a ideia de uma intervenção de apoio a um suposto golpe militar contra Damasco.
Refere a mesma fonte que a ideia foi contestada pela diplomacia russa através de Vitali Churkin, o seu representante permanente na ONU, acusando os EUA de, caso assim procedesse, violar «o direito internacional», já que a Síria não empreendeu qualquer agressão contra os EUA e a ONU não aprovou qualquer mandato. Depois, o próprio relatório dos investigadores da ONU reconheceu a utilização de armas químicas no conflito, mas não arriscou apontar os autores, dada a possibilidade forte de terem sido as forças da oposição a al-Assad.
Mas se a iniciativa da diplomacia russa de controle internacional das armas químicas na Síria fez desligar os motores dos falcões norte-americanos, apoiados pela França e aplaudidos pelo desautorizado primeiro-ministro britânico, David Cameron (num plano decalcado da invasão do Iraque de 2003), já o projeto da administração Bush para a Síria, como tinha sido explicado à câmara de deputados em 2006 por David Schenker, diretor do Programa de Política árabes no Instituto Washington, parece prosseguir com Obama. Em 2003, Bush procurou minar a economia síria e, face ao relativo insucesso, terá optado por financiar com cerca de cinco milhões de dólares a oposição a al-Assad, confirmou Schenker.

Apoiar a Guerra
 
O presidente das relações externas da Duma, Alexei Pushkov, alerta para o fato de este acordo não travar o conflito, já que Washington e Paris procuram manter, e até reforçar, o apoio aos grupos armados de oposição a al-Assad.
Já depois de alcançado o acordo o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, citado pela AFP e EFE, prometeu organizer em Nova Iorque, na próxima semana, uma «grande reunião internacional» para reforçar o apoio à oposição.

Entretanto, numa declaração ao povo, o Partido Comunista Sírio apela ao cerrar de fileiras contra uma eventual intervenção militar no país, denuncia o fracassado embargo dos EUA e alerta para o apoio «às operações dos grupos terroristas» a quem acusa de cometerem «atos criminosos (…) muitos deles, de base sectária, comunitária e étnica».
A própria Frente al-Nusra, com ligações à Al Qaeda, reconhece a autoria de massacres contra membros da minoria alauita, à qual acusam pertencer ao presidente Bashar al-Assad, em três povoados da província de Homs. Como refere o diário britânico Daily Telegraph, quase metade dos 100 mil homens armados que  constituem as forças denominadas rebeldes, na Síria, é composta por movimentos islâmicos radicais. São esses movimentos que os EUA e França prometem continuar dar apoio armado.

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