Convidamos a sociedade para participar do ATO PÚBLICO promovido por diversas personalidades, organizações sindicais, políticas, de juventude e populares em homenagem ao militante operário Olavo Hanssen e pela punição dos crimes da ditadura .
Soc. Amigos de Vila Maria Zélia
R. Cachoeira X R dos Prazeres
Como chegar:
Metrô: Na estação Belém pegar lotação ou ônibus que vão pela Rua Catumbi.Descer na Rua Cachoeira. Caminhar até o portão principal da Vila. É perto.
Ônibus: Todos que passem pela Av. Celso Garcia. Descer na esquina da RuaCatumbi.Carro: Estacionar na Rua José Pinheiro de Bezerra que fica nos fundos da Vila MªZélia. Entrar a pé pelo portão próximo.
Como referência: Perto das sedes do“União dos Operários Futebol Clube” e “Camisa 12”.
A Rua José Pinheiro de Bezerra é uma saída À DIREITA na Rua Juvenal Gomes Coimbra que é a alçade acesso a Marginal Tietê em direção à Guarulhos.
CNV: Pelos Direitos Humanos, exigimos Justiça para Olavo Hanssen!
Hanssen foi um sindicalista preso em maio de 1970 numa manifestação de 1º. de Maio na Vila Maria Zélia, que foi brutalmente torturado e assassinado pelos agentes de repressão.
O evento ocorrerá dia 25 de Maio, sábado, a partir das 15,30h no salão da Sociedade Amigos de Vila Maria Zélia.
Gostaríamos muito de poder contar com a presença de todos os companheiros no evento.
Muito obrigado e saudações democráticas.
Henrique Ollitta
PROGRAMAÇÃO
Sábado, dia 25 de Maio 2013 Soc. Amigos de Vila Maria Zélia
R. Cachoeira X R dos Prazeres
Clique aqui para ver o Mapa.
15:30 - HORAS – Concentração no local
16:00 HORAS - Apresentação de rua do Cortejo Popular
16:20 HORAS - Abertura do Ato Público com apresentação do Vídeo de Testemunho de Olavo Hanssen.
18:00 HORAS - Encerramento do Ato Público com apresentação do Grupo Cultural Luther King.
18:20 HORAS - Confraternização
15:30 - HORAS – Concentração no local
16:00 HORAS - Apresentação de rua do Cortejo Popular
16:20 HORAS - Abertura do Ato Público com apresentação do Vídeo de Testemunho de Olavo Hanssen.
18:00 HORAS - Encerramento do Ato Público com apresentação do Grupo Cultural Luther King.
18:20 HORAS - Confraternização
Como chegar:
Metrô: Na estação Belém pegar lotação ou ônibus que vão pela Rua Catumbi.Descer na Rua Cachoeira. Caminhar até o portão principal da Vila. É perto.
Ônibus: Todos que passem pela Av. Celso Garcia. Descer na esquina da RuaCatumbi.Carro: Estacionar na Rua José Pinheiro de Bezerra que fica nos fundos da Vila MªZélia. Entrar a pé pelo portão próximo.
Como referência: Perto das sedes do“União dos Operários Futebol Clube” e “Camisa 12”.
A Rua José Pinheiro de Bezerra é uma saída À DIREITA na Rua Juvenal Gomes Coimbra que é a alçade acesso a Marginal Tietê em direção à Guarulhos.
Homenagem ao Militante Operário Olavo Hanssen.
CNV: Pelos Direitos Humanos, exigimos Justiça para Olavo Hanssen!
Olavo Hanssen começou a trabalhar na mais tenra idade. Foi homem valente esperançoso por transformações sociais e lutador sindical. O jovem operário metalúrgico, cheio de vida e consciência social foi assassinado pela Ditadura Militar.
Olavo Hanssen começou sua militância na juventude, sendo membro da União Nacional dos Estudantes na década de 1960, onde impulsionou suas principais campanhas.
Morador de Mauá, foi estudante do colégio Américo Brasilense em Santo André. Ainda estudante, ingressou no Partido Operário Revolucionário – Trotskista, POR(t) em 1961.
Começou a trabalhar aos 14 anos como office-boy. Foi metalúrgico ativista na Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo – OSM-SP.
Entrou no curso de Engenharia de Minas na Escola Politécnica da USP em 1960 e abandonou o curso para trabalhar e militar com os metalúrgicos de São Paulo. Após três prisões e muito vigiado empregou-se numa indústria química de Santo André.
No dia 1º de Maio de 1970 durante manifestação pacífica organizada por 15 sindicatos, foram presos 18 militantes, entre eles Olavo Hanssen.
O “DOPS” Departamento de Ordem Política e Social, foi concebido para manter o controle do cidadão e vigiar as manifestações políticas na ditadura pós-64 instaurada pelos militares no Brasil. O DOPS perseguia, acima de tudo, as atividades intelectuais, sociais, políticas e partidárias de cunho comunista,entre os anos de 1964 e 1974. Em virtude da crescente resistência ao regime militar, o DOPS paulatinamente obteve maior autonomia e fúria sanguinária. O DOPS exercia função de órgão policial, e deixou documentos como ofícios, relatórios, radiogramas e livros que hoje servem como pesquisa histórica na busca de processos judiciais. Há dossiês que discriminam sobre a existência, na época, de eleições sindicais, greves, partidos políticos, atos públicos e outros acontecimentos que eram registrados e vigiados em detalhes.
Conta que Olavo foi preso em 01/05/70, enquanto distribuía panfletos subversivos em uma praça de esportes em Vila Maria Zélia, São Paulo, SP.
Foi detido e encaminhado ao DEOPS, onde se sentiu mal, e foi internado no Hospital Militar do Exército, onde veio a falecer. O juiz comenta o laudo necroscópico e descarta o suicídio, acreditando que Olavo tenha morrido devido a uma insuficiência renal. Em relação à intoxicação por substância química, Olavo poderia ter conseguido a substância no seu trabalho em uma indústria química e a ingeriu tentando diminuir a dor que sentia devido a sua doença e não tentando o suicídio.
No dia 1º de Maio de 1970 durante manifestação pacífica organizada por 15 sindicatos, foram presos 18 militantes, entre eles Olavo Hanssen.
Detido covardemente, foi encaminhado ao DOPS.
Preso e humilhado, foi submetido ao terror da carnificina, com sucessivas sessões de tortura até falecer. A polícia sanguinária da ditadura, que assassinou Hansen, dias após o óbito, forjou um suicídio alegando envenenamento por ingestão de substância química.
O “DOPS” Departamento de Ordem Política e Social, foi concebido para manter o controle do cidadão e vigiar as manifestações políticas na ditadura pós-64 instaurada pelos militares no Brasil. O DOPS perseguia, acima de tudo, as atividades intelectuais, sociais, políticas e partidárias de cunho comunista,entre os anos de 1964 e 1974. Em virtude da crescente resistência ao regime militar, o DOPS paulatinamente obteve maior autonomia e fúria sanguinária. O DOPS exercia função de órgão policial, e deixou documentos como ofícios, relatórios, radiogramas e livros que hoje servem como pesquisa histórica na busca de processos judiciais. Há dossiês que discriminam sobre a existência, na época, de eleições sindicais, greves, partidos políticos, atos públicos e outros acontecimentos que eram registrados e vigiados em detalhes.
TRECHO DO DOSSIÊ DE OLAVO HANSEN
Documento do DOPS 1970
Agente da repressão:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
| Alcides Cintra Bueno Filho , Dr. Geraldo Ciscato , Ernesto Miltom Dias , Josecyr Cuoco , Salvio Fernandes do Monte |
Médico legista:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
| Geraldo Rebelo, Paulo Augusto Queiroz Rocha |
Conta que Olavo foi preso em 01/05/70, enquanto distribuía panfletos subversivos em uma praça de esportes em Vila Maria Zélia, São Paulo, SP.
Foi detido e encaminhado ao DEOPS, onde se sentiu mal, e foi internado no Hospital Militar do Exército, onde veio a falecer. O juiz comenta o laudo necroscópico e descarta o suicídio, acreditando que Olavo tenha morrido devido a uma insuficiência renal. Em relação à intoxicação por substância química, Olavo poderia ter conseguido a substância no seu trabalho em uma indústria química e a ingeriu tentando diminuir a dor que sentia devido a sua doença e não tentando o suicídio.
Como Rubens Paiva que exige a apuração completa dos crimes da ditadura militar, estamos todos unidos acompanhando esses passos da Comissão Nacional da Verdade - CNV.
Hoje prestamos solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de luta de Olavo Hanssen, relembrando a trajetória de vida que nunca morrerá na nossa memoria e como um exemplo de luta extraordinário de vida vivida em defesa dos trabalhadores.
Exigimos a punição de todos os crimes da ditadura.
DOSSIÊ DE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS DO BRASIL - Olavo Hansen
Ficha Pessoal | |
Dados Pessoais | |
Nome: | Olavo Hansen |
Cidade:
(onde nasceu)
| São Paulo |
Estado:
(onde nasceu)
| SP |
País:
(onde nasceu)
| Brasil |
Data:
(de nascimento)
| 14/12/1937 |
Atividade: | Operário metalúrgico |
Universidade | Universidade de São Paulo USP |
Dados da Militância | |
Organização:
(na qual militava)
| Partido Operário Revolucionário Trotskista PORT Brasil |
Prisão: | 1/5/1970 São Paulo SP Brasil praça de esportes da Vila Maria Zélia 7/3/1963 Dados coletados na ficha pessoal do DOPS/SP.4/3/1965 Dados coletados na ficha pessoal do DOPS/SP.7/11/1964 Dados coletados na ficha pessoal do DOPS/SP. Solto em 30/03/65 por um habeas corpus. |
Morto ou Desaparecido:
| Morto 8/5/1970 São Paulo SP Brasil Hospital do Exército, Cambuci Sob tortura. A família foi informada que ele se suicidara com inseticida no dia 9 de maio de 1970. Em documento oficial relata a morte como natural. Clandestinidade |
Dados da repressão | |
Orgãos de repressão
(envolvido na morte ou desaparecimento)
| Departamento (Estadual) de Ordem Política e Social/SP DOPS/SP ou DEOPS/SP SP Brasil |
Agente da repressão:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
| Alcides Cintra Bueno Filho , Dr. Geraldo Ciscato , Ernesto Miltom Dias , Josecyr Cuoco , Salvio Fernandes do Monte |
Médico legista:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
| Geraldo Rebelo, Paulo Augusto Queiroz Rocha |
Biografia | |
Documentos | |
Artigo de jornal
Inquérito conclui: Hansen se suicidou. Sem fonte, 1970. Traz o resultado da apuração sobre as circunstâncias da morte de Olavo Hansen. Ele foi detido em 01/05/70, pelo 1º Batalhão de Polícia da Força Pública, encaminhado para a Operação Bandeirantes (OBAN) e finalmente para o DOPS/SP, onde foi ouvido e permaneceu detido. No dia 08/05/70, Olavo sentia-se mal e o carcereiro chamou o médico, que o encaminhou para o Hospital Geral do Exército, onde faleceu por insuficiência renal. O exame toxicológico revelou envenenamento pelo produto químico Paration. Olavo era químico e militante da ala trotskista, já tendo sido processado por infração da Lei de Segurança Nacional em 1964. Segundo o delegado, Olavo teria fácil acesso à substância química pela sua profissão e, ao ser preso, conseguiu esconder o veneno em suas vestes ou em alguma parte do corpo. Ele também cita que vários elementos subversivos usam da mesma prática. Outra possibilidade é que Olavo tenha feito uso do veneno para amenizar as dores provenientes de sua doença renal.
Artigo de jornal
Olavo Hansen: juiz pede o arquivamento do inquérito. Sem fonte, 20 nov. 1970. O artigo transcreve despacho do juiz-auditor Nelson Machado da Silva Guimarães, sobre a morte de Olavo Hansen. Conta que Olavo foi preso em 01/05/70, enquanto distribuía panfletos subversivos em uma praça de esportes em Vila Maria Zélia, São Paulo, SP. Foi detido e encaminhado ao DEOPS, onde se sentiu mal, e foi internado no Hospital Militar do Exército, onde veio a falecer. O juiz comenta o laudo necroscópico e descarta o suicídio, acreditando que Olavo tenha morrido devido a uma insuficiência renal. Em relação à intoxicação por substância química, Olavo poderia ter conseguido a substância no seu trabalho em uma indústria química e a ingeriu tentando diminuir a dor que sentia devido a sua doença e não tentando o suicídio.
Foto
Foto original e preto e branco do corpo, encontrada no DOPS/SP.
Relatório
Documento do Serviço de Informações do DOPS, de 13/05/70. Consta que Olavo Hansen foi detido por distribuir panfletos sobre Cuba, pregava a greve geral entre os operários metalúrgicos, participava do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e também estaria ligado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), distribuindo jornais para a propagação da doutrina trotskista. No dia 04/03/65 foi detido por infração à Lei de Segurança Nacional e implicado no caso do "Grupo dos Cinco", conseguindo habeas corpus, mas mantido em observação por ordem do II Exército. Foi preso novamente por distribuir panfletos subversivos. Apresenta códigos da pasta de onde foram retiradas as informações de cada parágrafo.
Relatório
Documento do IML/SP, sobre exame toxicológico realizado no cadáver de Olavo Hansen, em 01/06/070. O exame foi requisitado pelo médico Geraldo Rebello e o resultado foi positivo. Em anexo, encontram-se as fichas para o exame.
Relatório
Relatório produzido pelo Comitê de Solidariedade aos Presos Políticos do Brasil em 02/73. Denuncia mortes de presos políticos aos Bispos do Brasil. Documento apreendido pelo DOPS em poder de Ronaldo Mouth Queiroz.
Ficha pessoal
Documento do IML/SP, de 03/06/70, com os dados do óbito.
Documento pessoal
Matrícula no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Santo André, de 24/10/69. Possui dados pessoais e foto.
Laudo de exame de corpo delito
Laudo de exame do IML/SP, de 15/05/70, realizado por Geraldo Rebello e Paulo Augusto de Queiroz Rocha.
Requisição de exame de cadáver
Requisição de exame ao IML/SP, solicitada pelo DOPS/SP em 09/05/70. Indica que o corpo Olavo foi encontrado morto, próximo ao Hospital Militar do Exército, em São Paulo, SP.
Depoimento
"A morte de Olavo Hansen". Trechos do discurso do deputado federal Oscar Pedroso Horta, na Câmara, na sessão de 31/07/70. O deputado fez o discurso questionando o que de fato teria acontecido a Olavo Hansen. Ele foi preso e, segundo testemunhas, foi torturado e voltou a sua cela inconsciente e vomitando sangue, onde ficou por dias até ser encaminhado ao Hospital Central do Exército, onde faleceu. Sua causa mortis indica suicídio por envenamento pelo inseticida Paration. No entanto, ao ser preso Olavo não carregava nada parecido com isso e a autópsia indicou que sua traquéia, esôfago e estômago estavam limpos, descartando a hipótese de que ele teria ingerido o veneno. Talvez alguém tenha injetado o veneno na sua corrente sangüínea, que se alojou nos rins provocando pielonefrite aguda e como não teve tratamento, Olavo morreu. O deputado, diante disso, chama atenção para que haja justiça, punindo-se os culpados por esse crime.
Legislação
Comissão Especial de Desaparecidos Políticos. Diário Oficial, Brasília, n. 45, 6 mar. 1996. p. 3711. Apresenta os nomes de pessoas reconhecidas pela Comissão Especial da Lei 9.140/95. Esta lei reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, entre 02/09/61 a 15/08/79.
Parte de livro
Teles, Janaína (org.). Mortos e desaparecidos políticos: reparação ou impunidade? São Paulo: Humanitas - FFLCH/USP, 2000. p.172-176. Lista de nomes dos presos políticos cujas famílias receberam indenização do governo por este ter assumido a responsabilidade pela morte ou desaparecimento dos mesmos.
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