Em
entrevista à rádio CBN, Fernando Haddad fez duras críticas à
Controlar . "A inspeção veicular foi um grande tiro no pé da cidade
de São Paulo, um equívoco de ponta a ponta, a começar por essa
empresa Controlar, que é, fazendo um paralelo com a Lei da Ficha Limpa, uma
empresa ficha suja, para dizer o mínimo". Haddad afirmou que do lado
da Controlar interessa obstinadamente manter esse caça-níquel. É uma vergonha o
que está acontecendo."
Na
entrevista, Haddad confirmou o que a Prefeitura havia anunciado na
segunda-feira (18), que vai abrir três processos administrativos contra a
Controlar. O primeiro é por contagem de prazo contratual - questão pela qual o
ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) vem respondendo a processo na Justiça. Para o
Ministério Público Estadual, que apresentou a denúncia contra Kassab, o
contrato foi assinado pela Prefeitura em 1996, ainda na gestão Paulo Maluf, e
tinha prazo de dez anos. Durante este tempo o serviço não foi realizado, mas o
contrato foi "ressuscitado" por Kassab em 2008, dois anos após o seu
término.
Em nota no
site da Prefeitura, Haddad disse que "há membros da Procuradoria do
Município que entendem que o contrato expirou porque, enquanto não havia
inspeção e a empresa tomava medidas para a sua implantação, já corria o prazo
de dez anos". "Por isso, abriremos um processo administrativo de
contagem de prazo."
O segundo
é sobre suposta fraude na integralização de capital da empresa. "Se for
constatada fraude, como os indícios realmente são muito eloqüentes nessa
direção, também é um segundo motivo para a caducidade do contrato".
Haddad
salientou que há um decreto da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) que proíbe a
cidade de manter contrato com quem tenha condenação de segunda instância.
Haddad
explicou que houve "decisão judicial sobre o embargo de declaração na Lei
de Improbidade contra o responsável por assinar o contrato". "Esta
pessoa e a Controlar foram condenadas em segunda instância, de maneira que
haverá mais um outro processo administrativo."
O prefeito
disse que, por causa da inspeção veicular, parte da frota de veículos de São
Paulo está sendo licenciada nas cidades vizinhas para os motoristas escaparem
do pagamento da taxa. "A previsão é de que a gente perca R$ 1 bilhão em
IPVA nos próximos quatro anos!
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