Cortes mortais na Grã-Bretanha
Uma investigação sobre a elevada mortalidade em 14 agrupamentos hospitalares britânicos revelou que mais de 20 mil mortes poderiam ter sido evitadas nos últimos dez anos, caso o governo não tivesse ignorado sistematicamente os persistentes sinais de alarme.
Em declarações à BBC, dia 16, Brian Jarman, antigo presidente da Associação Médica Britânica e responsável pela investigação acusou o antigo governo trabalhista de menosprezar os altos índices de mortalidade que se verificaram em várias unidades hospitalares.A investigação já tinha apurado que só no agrupamento de hospitais de Mid Staffordshire, no período de 2005 a 2008, morreram entre 400 e 1200 pacientes por falta de cuidados adequados.
Em causa estão os critérios de gestão «eficiente» que levaram os gestores a diminuir drasticamente o número de enfermeiros e médicos e a exercer pressões com vista a reduzir os gastos, mesmo quando tal colocava em risco a saúde dos pacientes.
Para atingir as metas estabelecidas, o pessoal médico era estimulado a tratar doentes ligeiros em detrimento de outros que se encontravam em estado de maior gravidade. O relatório dá conta de casos de pacientes abandonados em camas sujas que passaram fome e sede.Três destes gestores já foram chamados a comparecer perante o Conselho Geral Médico, podendo agora ser sujeitos a medidas disciplinares pela sua atuação nas unidades do Mid Staffordshire, que servem cerca de 250 mil pacientes por ano.
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