Greve geral Belga no dia 15 de Março |
Cerca de 40 mil trabalhadores dos vários setores responderam ao apelo dos sindicatos belgas, manifestando-se, dia 21, em Bruxelas, contras as medidas de austeridade para 2013.
«A política de austeridade cria a crise. Se eles não o compreenderem, então convidar-vos-ei para uma greve geral no dia 15 de Março». O aviso foi lançado por Yves Hellendorf, secretário permanente da Central Nacional dos Empregados, uma das estruturas sindicais promotoras do protesto massivo, que juntou trabalhadores do privado e do público.
Em tom semelhante interveio Anne Demelenne, da Federação Geral do Trabalho da Bélgica (FGTB): «O governo não se deve enganar no alvo. Não são os trabalhadores que devem pagar a crise. Senhores e senhoras ministros tenham conta, peso e medida, ou a paz social estará comprometida».
O desfile massivo, encabeçado pelos operários da ArcelorMittal de Liège e da Ford de Genk, implicou greves parciais em vários setores, com efeitos mais visíveis na indústria e nos transportes públicos da região da capital.
A dimensão da mobilização superou largamente as perspectivas mais optimistas dos sindicatos, revelando uma forte disposição de luta que já se tinha observado na greve dos funcionários federais no passado dia 8.
Foi uma poderosa resposta, a lembrar a greve geral de Janeiro de 2012, ao orçamento do Estado aprovado este mês que prevê cortes de três mil milhões de euros para manter o défice público em 2,15 por cento.
Em cima da mesa está o congelamento dos salários por dois anos e a sua desindexação da inflação. Os sindicatos denunciam ainda planos para a desregulamentação laboral, com a facilitação dos despedimentos, o aumento da jornada de trabalho e a destruição do estatuto dos funcionários públicos.
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