Pelo menos dez afegãos, na sua esmagadora maioria mulheres e crianças, morreram na sequência de um bombardeamento realizado pelas forças ocupantes na oriental província de Kunar.
O comandante das tropas da NATO, o norte-americano Joseph Dunford, declarou, secamente, que os acontecimentos estão a ser investigados, mas perante a pressão da comunicação social e a vaga de contestação que alastra no território, o general foi obrigado a garantir suspensão do apoio aéreo durante as operações militares levadas a cabo em zonas residenciais.
O massacre sucedeu após a divulgação de um relatório das Nações Unidas no qual se responsabiliza a NATO, e em particular os EUA, pela morte de centenas de crianças afegãs durante a ocupação do país, bem como pelo aumento das vítimas civis na sequência de ataques levados a cabo pela NATO no ano de 2011. O texto foi prontamente rechaçado pelos EUA e pela estrutura do bloco político-militar imperialista, que rejeitam a acusação de ausência de medidas de contingência para evitar a morte de populares, feita pela ONU.
Nos últimos dias, os afegãos retomaram os protestos de rua contra a ocupação do Afeganistão e os permanentes massacres resultantes de acções de patrulha da NATO, invasões de habitações ou execuções em postos de controlo espalhados pelas diversas províncias. Entre os casos relatados pela comunicação social, referentes a incidentes ocorridos a semana passada, conta-se a morte de um estudante universitário em Wardak e de um outro jovem estudante de medicina em Khost, e de outros cinco civis em Ghazni e Kandahar.
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