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DNA DA PAZ: O PT anunciou o cessar-fogo no Curdistao


O caminho da paz
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou oficialmente, 23 de fevereiro, o cessar-fogo com o Estado turco, dois dias após o apelo à paz lançado pelo líder encarcerado, Abdullah Ocalan.

A carta de Ocalan foi lida perante centenas de milhares de pessoas, durante as celebrações do Novo Ano curdo, dia 21, em Diyarbakir, principal cidade do Curdistão turco.
A missiva afirma que «chegámos a uma fase em que as armas devem calar-se (…) e os elementos armados devem retirar-se para lá das fronteiras da Turquia». «Digo-o perante os milhões de pessoas que escutam o meu apelo, hoje começa uma nova era em que a política deve prevalecer e não as armas», salientou ainda o líder curdo, considerando que «este não é um tempo de guerra e luta, mas de alianças e compromissos».
Detido na ilha prisão de Imrali desde 1999, Ocalan tem negociado com representantes turcos as condições para um processo de paz com o Estado.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, deu entretanto garantias de que o exército não atacará os guerrilheiros durante a sua retirada. Em resposta, Murat Karayilan, comandante da guerrilha curda, manifestou-se disposto a retirar do território sob administração da Turquia logo que o parlamento e governo deste país criem as condições para a deslocação dos efectivos.
Karayilan assegurou que o PKK não efetuará mais operações ofensivas, a menos que os seus homens sejam atacados, mas ressalvou que a libertação de Ocalam «é a condição prévia para uma paz real permanente».
Numa entrevista difundida pela internet, o chefe guerrilheiro insistiu em que devem ser dadas garantias à retirada das forças do PKK, designadamente mediante uma supervisão de uma comissão parlamentar.


Lembrou que o PKK declarou o cessar-fogo em ocasiões anteriores, tendo retirado da Turquia em 1999. Porém, todas essas experiências tiveram um final infeliz, pois a guerrilha foi atacada pelo exército turco. Karayilan não escondeu que, apesar de os dirigentes do PKK serem favoráveis à trégua, numerosos comandos intermédios estão cépticos sobre as vantagens de abandonar a luta armada.




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