O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou, em entrevista ao programa “Diálogos com Mario Sergio Conti”, transmitido pela “GloboNews” nesta quinta-feira (13), que todos os filiados envolvidos com corrupção e apropriação de recurso público serão expulsos do partido. Ele informou ter pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) acesso às informações obtidas através dos acordos de delação em relação à Operação Lava Jato.

“Eu já fui ao STF e à PGR pedir acesso ao que possa existir sobre o PT nessas delações da Lava Jato. Se tiver qualquer filiado do PT envolvido em corrupção, malfeitos, apropriação de recurso público e em aproveitamento de propina, nós vamos aplicar o estatuto e vamos expulsá-los do partido”, garantiu Falcão.
Durante a entrevista, o presidente do PT defendeu a revisão da Lei da Anistia como uma forma de impedir que a história se repita no futuro.
“Eu não quero vingança, mas também não aceito perdão para torturador. Todos os códigos humanos consideram que a tortura é um crime imprescritível”, afirmou.
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Em entrevista, Rui Falcão garantiu que o modelo de governo vitorioso será seguido pela presidenta Dilma
/ Por Agência PT
“O que me move ao propor a revisão da anistia não é sentimento de vingança, mas é preciso passar essa história a limpo, para que nunca mais se repita o que ocorreu naqueles anos”, completou.
Ele contou ter participado de encontro da direção nacional do PCdoB com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também na quinta. Segundo o presidente do partido, Lula expressou uma grande expectativa com o segundo mandato de Dilma, que deverá ser marcado por mudanças e mais crescimento econômico.
“Lula está otimista quanto ao futuro do Brasil apesar dessa situação de crise mundial. Ele acha que as primeiras medidas a serem tomadas devem ser em relação à economia, fazer um compromisso de que o Brasil voltará a crescer, distribuindo renda, gerando empregos, controlando a inflação e caminhando para o final dos quatro anos como uma das maiores economias do mundo”, disse Falcão.
Reforma ministerial - Para ele, reeleita, a presidenta Dilma Rousseff terá a prerrogativa de escolher a equipe para os próximos quatro anos, principalmente em relação à área econômica. Ele acredita que, independente do novo ministro, o modelo de desenvolvimento será guiado pela presidenta.
“É importante que ela possa escolher alguém que tenha lealdade ao programa vitorioso, mas que também inspire confiança não só no chamado mercado, mas no conjunto da população”, afirmou.
Além disso, Falcão falou sobre a importância da reforma política para o Brasil e ressaltou ser preciso fazer com que os brasileiros não desacreditem do sistema político.
“Nós temos que impedir que o descrédito das pessoas passe para a política. Nós estamos muito empenhados em fazer um combate implacável à corrupção e tirar de cima do PT esse estigma de corrupção que colocaram sobre nós”, garantiu o presidente do partido.
Veja a entrevista completa AQUI.

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias