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EMBAIXADOR BRASILEIRO VIOLOU A CONVENÇÃO DE CARACAS - COLABOROU COM A FUGA DE UM CONDENADO BOLIVIANO

Esta é a última foto tirada de Roger Pinto antes de deixar a Embaixada do Brasil em La Paz, com destino a Brasília. 

Roger Pinto Molina, estava há quinze meses refugiado na Embaixada do Brasil, após ter sido acusado de corrupção e condenado a um ano de prisão.
O governo Boliviano informou que o Brasil violou a Convenção Internacional sobre Asilo Territorial pois permitiu asilo a um boliviano condenado pela justiça boliviana e anunciou que entregará uma nota para a delegação diplomática manifestando preocupação com a "transgressão do princípio da reciprocidade e cortesia de cooperação entre os Estados ".  
O anúncio foi feito pelo chanceler David Choquehuanca, horas depois do encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Savoia, confirmar que Roger Pinto deixou a Bolívia com a sua ajuda e usando veículos diplomáticos.

"Nós vamos entregar para a representação do Brasil uma nota diplomática em que expressamos nossa profunda preocupação com a violação do princípio da reciprocidade e cortesia internacional.  Esse homem é um boliviano acusado e condenado pela justiça de cometer crimes, fato que também foi relatado pelo governo brasileiro.
"Foram violados os mecanismos de cooperação diplomática entre os Estados, estabelecidos na Convenção Americana da Organização dos Estados Americanos e a Convenção das Nações Unidas", acrescentou.
Ele disse que o Brasil violou a Convenção de 1954 Caracas (asilo territorial) para conceder asilo a Roger Pinto Molina que na Bolívia tem processos judiciais a crimes comuns.
"O Brasil violou a Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático de 1954, no terceiro artigo estabelece que é ilícito conceder asilo a pessoas que estão indiciadas ou julgadas perante os tribunais competentes por crimes ou condenados por tais crimes", disse o Chanceler.
Por todos esses fatos, o governo boliviano exige a explicação oficial brasileira diplomática sobre este caso, que deixa uma história negativa para a comunidade internacional. Inclusive poderia levar drogas, armas ou outros carregamentos ilegais levando-se em conta a maneira sorrateira e protegida que este condenado da justiça saiu do país"Pode ser um mau precedente, não só para a Bolívia, mas para a comunidade internacional, se bandidos forem protegidos pela imunidade diplomática", disse ele.
"Solicitamos formalmente as autoridades. Eles têm que explicar ... precisamos que o Brasil explique este fato oficialmente ", disse.
Ele saiu com a ajuda do encarregado de negócios da Embaixada do Brasil
Roger Pinto Molina deixou a Bolívia com a ajuda do encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Savoia, em veículo de missão diplomática, passando pela fronteira, cruzando cinco postos de controle da polícia até que foi recebido no Brasil pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado no Brasil, Ricardo Ferraço.
Savoia admitiu que foi o responsável por esta decisão. Decidiu ajudar Roger Pinto Molina a escapar" porque (segundo ele) havia um risco  iminente à vida e à dignidade". "Roger Pinto passou  452 dias em um cubículo ao lado de minha mesa. (...)  e Roger teve um problema de depressão, que estava piorando. "
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Patriota, foi demitido por Dilma Rousseff.
Antonio Patriota será substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil nas Nações Unidas, e anteriormente coordenador da cúpula ambiental ‘Rio+20’

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