“Não estamos perdidos. Pelo contrário, venceremos se não
tivermos desaprendido a
aprender”. Rosa Luxemburgo
Nós
Petistas, no encontro de gêneros, idades, origens, etnias, crenças, posições
sociais e profissionais e na sorte da diversidade que representa o Partido dos
Trabalhadores de Santana, trazemos para reflexão e principalmente para o
debate, nossa visão sobre a conjuntura e o Processo de Eleição Interna de nossa
legenda.
O
documento que apresentamos está calçado na certeza da necessidade do dialogo
franco e aberto sobre o momento atual e sobre o modelo de enfrentamento dessa
questão no Diretório de Santana.
Nesse
contexto, para o nosso agrupamento está claro que o desenrolar dos últimos
fatos que culminaram nas grandes Manifestações espontâneas de rua, não é uma
obra estática, um ponto fora da curva, um espasmo que se perderá no tempo. E
tão pouco é um ato sem potencial de dinâmica própria ou produto de uma massa
amorfa sem conexão com a realidade e sem capilaridade na camada mais popular da
sociedade.
Para nós,
essa suposta manifestação social repentina e vazia é um movimento em construção,
gestado durante os últimos anos e que, dentre outros fatores, tem suas raízes
no avanço tecnológico e principalmente na reestruturação da sociedade promovida
por nossos governos. Portanto, podemos dizer que esse momento é um filho
legitimo das melhores tradições de nosso Partido.
Nessa
perspectiva, entendemos que o legado desse período será o marco na
transformação social que estabelecerá novos paradigmas para a relação do
Partido com a sociedade.
Assim
sendo, a conjuntura em que vivemos nos impõe o desafio de entender os novos
valores, crenças e desejos que ora se metabolizam no meio social do País. E na nossa
visão, esse desafio nos é imposto somente agora, justamente porque não o
vivenciamos nem como regentes e nem na condição de agentes transformadores, que
sempre fomos.
A verdade
é que, na escalada do poder, de alguma maneira, nós enfraquecemos os laços com
nossas lutas históricas. Paulatinamente, nos distanciamos de nós mesmos; burocratizando
a interlocução com os movimentos sociais, maquinizando as relações com os
sindicatos, perdendo contato com a juventude e abrindo mão de refletir sobre a sociedade.
Enfim, nos desapaixonamos do ser humano e deixamos de sonhar... O Partido
trocou a tarefa maior de mudar o mundo pela facilidade comodista de
administrá-lo melhor do que o gerenciamento incompetente dos Capitalistas. E,
nesse sentido, não podemos negar que, todos nós, com maior ou menor
intensidade, nos acomodamos diante da historia e que ela nos pegou na praia, surpreendente,
feito onda inesperada.
Então,
esse é o resultado do desapego à nossa identidade petista; estamos hoje diante
de um quadro nebuloso que, muito embora turvo, ainda nos permite ver com nitidez,
para além de nossa paralisia, a Direita em conluio com a mídia, empenhada na
tentativa de cooptação dessas vontades populares, apostando na volta triunfante
ao passado nefasto da historia do País. Portanto, nosso entendimento é de que o
Partido dos Trabalhadores deve aceitar o desafio apostando no futuro vitorioso
do ideal Petista.
O Partido
dos Trabalhadores deve sim, tal qual essa nova sociedade que vem surgindo, marchar
em prol de suas lutas. E pode; assim como reinventamos o destino do Brasil com
a energia que criou o Partido dos Trabalhadores, aproveitar a força dessa
conjuntura e seguir mais a frente respaldados na experiência exitosa desses 10
anos de Gestão Lula/Dilma.
Então,
não podemos hesitar e nem compactuar com modelos de administração tradicionais,
avessos a radicalidade ou com medo de confrontos. Não podemos nos eximir de
enfrentar a disputa pelas consciências e fugir da responsabilidade de sermos
protagonistas de nossa própria historia. A grande história que o povo nos
confiou escrever.
Por essa
razão, nossa certeza é de que o PT de Santana não pode ser aquela casa
singelamente descrita por Vinicius de Morais, que não tinha nada; nem teto, nem
parede, nem bandeira, nem ideias. Não pode ser reduzido a um escritório de negociações
triviais, momentâneas e personalistas. Não pode ser um território mudo e sem
luz. Um canto sem solidariedade fraterna entre companheiros. Um coração sem
paixão revolucionaria. Um túmulo.
Esse coletivo entende que o PT de Santana tem a
missão de aprender e reaprender sempre;
Para
tanto nosso Diretório deve estar aberto ao dialogo com nós mesmos e com os
outros, com os iguais e com os diferentes. Deve estabelecer os laços com as
comunidades da região, com os movimentos sociais, com os sindicatos, com a sociedade
enfim. Deve ter o papel de protagonista na condução da administração local e na
construção da governabilidade. Não pode ser ator secundário na direção das
disputas eleitorais no âmbito de sua área de atuação. Deve radicalizar no
fortalecimento da democracia interna e agitar as cabeças, suscitando o debate
dos grandes temas e dos assuntos cotidianos, dando-lhes a importância que cada
um tem na vida das pessoas. Deve ter posição sobre questões emblemáticas e
tabus e não ter medo de coloca-la para dentro e para fora do Partido e,
principalmente, não pode ter medo de ser instrumento de ações transformadoras quando
buscam aquilo pelo que lutamos por toda nossa historia.
Nós abrimos
esse manifesto citando Rosa Luxemburgo. E o fizemos com a certeza de ser ela a melhor
bussola orientadora para discutir o caminhar de nosso Diretório. Sendo assim, fortalecidos
no compromisso revolucionário de sua reflexão, reconhecemos a conveniência de
trazê-la novamente para fechar este documento.
“POR UM MUNDO ONDE SEJAMOS SOCIALMENTE
IGUAIS, HUMANAMENTE DIFERENTES E TOTALMENTE LIVRES”.
Rosa Luxemburgo
PT SAUDAÇÕES!
In Memorium:
LUIS – CUT REGIONAL
DIMAS – PT IMIRIM
ORLANDO (CACIMBA) –
HOMENAGEANDO:
JOÃO FELICIO
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ELEIÇÃO: DOMINGO - 10 DE NOVEMBRO
HORARIO: 09:00HS AS 17:00HS
Locais de Votação
HORARIO: 09:00HS AS 17:00HS
Locais de Votação
Rua Darzan, 356 - Santana
Associação dos Sem Terra - Apuanã
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