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POSSE DE DILMA ROUSSEFF - PRESIDENTA DO BRASIL PÁTRIA EDUCADORA


 

No Congresso Nacional, em cerimônia presidida pelo senador Renan Calheiros, Dilma fez o juramento à Constituição e discursou (trechos do discurso):
Volto a esta casa com a alma cheia de alegria, de responsabilidade e de esperança. 
Sinto alegria por ter vencido desafios e honrado o nome da mulher brasileira. 
Encarno outra alma coletiva que amplia ainda mais a minha responsabilidade e a minha esperança
O projeto de nação que é detentor do mais profundo e duradouro apoio popular da nossa história democrática.

Este projeto de nação triunfou e permanece, devido aos grandes resultados que conseguiu até agora este projeto de nação triunfou e permanece,  e porque o povo entendeu que este é um projeto coletivo de longo prazo. 
Resgatamos 36 milhões da extrema pobreza, 22 milhões apenas em meu primeiro governo. 
Nunca tantos brasileiros ascenderam às classes médias. Nunca tantos brasileiros conquistaram tantos empregos com carteira assinada.
Nunca tantos brasileiros se tornaram donos de suas próprias casas. Nunca tantos brasileiros tiveram acesso ao ensino técnico e à universidade.
Nunca o salário mínimo e os demais salários se valorizaram por tanto tempo e com tanto vigor. 
Nunca o Brasil viveu um período tão longo sem crises institucionais. 
Nunca as instituições foram tão fortalecidas e respeitadas, e nunca se apurou e puniu com tanta transparência a corrupção. 
Este ato de posse é, antes de tudo, uma cerimônia de reafirmação e ampliação de compromissos. 
É a inauguração de uma nova etapa neste processo histórico de mudanças sociais do Brasil. 
Faço questão, também, de renovar, nesta Casa, meu compromisso de defesa permanente e obstinada da Constituição das leis, das liberdades individuais, dos direitos democráticos, da mais ampla liberdade de expressão e dos direitos humanos.
Em meu primeiro mandato, o Brasil alcançou um feito histórico: superamos a extrema pobreza.
Sim, neste momento, em vez de simplesmente garantir o mínimo necessário, temos que lutar para oferecer o máximo possível.
Vamos precisar, governo e sociedade de paciência, coragem, persistência, equilíbrio e humildade para vencer os obstáculos. E venceremos.
O povo brasileiro quer democratizar, cada vez mais a renda, o conhecimento e o poder. 
O povo brasileiro quer educação, saúde, e segurança de mais qualidade. 
O povo brasileiro quer ainda mais transparência e mais combate a todos os tipos de crimes, especialmente a corrupção e quer que o braço da justiça alcance a todos de forma igualitária.
É hora de melhorar o que está bom, corrigir o que é preciso e fazer o que o povo espera de nós. 
Agora, é a hora de prosseguir com o nosso projeto, de perseguir novos objetivos.
Mas como eu disse – e sei que é expectativa de todos os brasileiros – o fim da miséria é só um começo.
No novo mandato vamos criar, por meio de ação firme e sóbria na economia, um ambiente ainda mais favorável aos negócios,  à atividade produtiva, ao investimento, à inovação, à competitividade e ao crescimento sustentável. Combateremos sem tréguas a burocracia. 
Tudo isso voltado para o que é mais importante e mais prioritário: a manutenção do emprego e a valorização do salário. 
Mais que ninguém sei que o Brasil precisa voltar a crescer. 

Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia.
Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados.
Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários.
Temos consciência que a ampliação e a sustentabilidade das políticas sociais exigem equidade e correção de distorções e eventuais excessos. 
Vamos, mais uma vez, derrotar a falsa tese que afirma existir um conflito entre estabilidade econômica e investimento social e em infraestrutura.
Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, direto e mobilizador: Nosso lema será: BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA!
Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero. 
Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis, para todos os segmentos da população.
Ao longo deste novo mandato, a educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos recursos do petróleo e pré-sal.
Ao bradarmos “BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA” estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades .
Tudo que estamos propondo converge para um grande objetivo: ampliar e fortalecer a democracia, democratizando verdadeiramente o poder.
Democratizar o poder significa lutar pela reforma política, ouvir com atenção a sociedade e os movimentos sociais e buscar a opinião do povo para reforçar a legitimidade das ações do Executivo. 
Na economia, temos com o quê nos preocupar, mas também temos o que comemorar.

O Brasil é hoje a 7ª economia do mundo, o 2º maior produtor e exportador agrícola, o 3º maior exportador de minérios, o 5º país que mais atrai investimentos estrangeiros, o 7º em acúmulo de reservas cambiais e o 3º maior usuário de internet.
Além disso, a dívida líquida do setor público é hoje menor do que no início do meu mandato. As reservas internacionais estão em patamar histórico, na casa dos 370 bilhões de dólares. Os investimentos estrangeiros diretos atingiram, nos últimos quatro anos, volumes recordes. Mais importante: a taxa de desemprego está nos menores patamares já vivenciados na história de nosso país. Geramos 5 milhões e 800 mil empregos formais em um período em que o mundo submergia em desemprego. Porém queremos avançar ainda mais e precisamos fazer mais e melhor!

Uma nação em que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades: de estudar, trabalhar, viver em condições dignas na cidade e no campo.
Um país que respeita e preserva o meio ambiente e onde todas as pessoas possam ter os mesmos direitos: à liberdade de informação e de opinião, à cultura, ao consumo, à dignidade, à igualdade independentemente de raça, credo, gênero ou sexualidade.
Assumo aqui um compromisso com o Brasil que produz e com o Brasil que trabalha. 
Já estive algumas vezes perto da morte e destas situações saí uma pessoa melhor e mais forte. 
Sou ex-opositora de um regime de força que provocou em mim dor e me deixou cicatrizes,  mas que jamais destruiu em mim o sonho de viver num país democrático e a vontade de lutar e construir este sonho.
Assinalo que, neste novo mandato, daremos especial atenção à infraestrutura que vai nos conduzir ao Brasil do futuro: a rede de internet em banda larga. Reitero aqui meu compromisso de, nos próximos quatro anos, promover a universalização do acesso a um serviço de internet em banda larga barato, rápido e seguro.
Quero reafirmar o compromisso de continuar reduzindo os desequilíbrios regionais, impulsionando políticas transversais e projetos estruturantes, especialmente no Nordeste e na região Amazônica. Foi decisivo mitigar o impacto desta prolongada seca no semi-árido nordestino, mas mais importante será a conclusão da nova e transformadora infraestrutura de recursos hídricos perenizando 1.000 km de rios, combinada com o importante investimento social em mais de um milhão de cisternas.
A Petrobras se tornou a maior empresa do mundo em capacitação técnica para a prospecção em águas profundas. Daí resultou a maior descoberta de petróleo deste início de século – as jazidas do pré-sal, cuja exploração, que já é realidade, vai tornar o Brasil um dos maiores produtores do planeta. Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobras de predadores internos e de seus inimigos externos.
Duas características que me aproximam do povo brasileiro – ele também, um sobrevivente e um vitorioso, que jamais abdica de seus sonhos.
Deus colocou em meu peito um coração cheio de amor pelas pessoas e por minha pátria. Mas antes de tudo um coração valente que não tem medo da luta. Um coração, sim, que dispara no peito com a energia do amor, do sonho e da esperança. Um coração tão cheio de fé no Brasil que não tem medo de proclamar: vamos vencer todas dificuldades, porque temos a chave para isso.
O impossível se faz já; só os milagres ficam para depois
Viva o Brasil! Viva o Povo Brasileiro!



Estiveram presentes novos ministros empossados hoje, políticos nacionais, o Presidente Lula e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

Presidenta chama povo brasileiro a lutar “de pé e com fé” contra recuos nos direitos conquistados

A presidenta Dilma Rousseff afirmou que fará ajustes na economia sem comprometer direitos conquistados pelo trabalhador. “Nós vamos fazer sim ajustes na economia mas isso sem revogar direitos conquistados ou trair nossos compromissos sociais. Fui reeleita para continuar mudando o Brasil e para continuar fazendo as mudanças que vocês desejam. E prometo: farei as mudanças”, disse Dilma, ao se dirigir ao povo brasileiro, em discurso de posse no Parlatório do Palácio do Planalto.

“Hoje, depois de 12 anos de governo popular e de grandes transformações, o povo brasileiro tem o direito de dizer, como uma orientação para o meu novo mandato: nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos e só o caminho à frente. Esse é meu compromisso sagrado perante vocês. Esse é o juramento que faço nessa praça”, enfatizou a presidenta.

A presidenta ressaltou a necessidade de um ajuste nas contas públicas para pavimentar a retomada do crescimento da economia brasileira. “Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados. Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários” E enfatizou a quebra do paradigma de coexistência entre estabilidade econômica e investimentos no social e infraestrutura.

“Temos consciência que a ampliação e a sustentabilidade das políticas sociais exige equidade e correção permanente de distorções e eventuais excessos. Vamos, mais uma vez derrotar a falsa tese que afirma existir um conflito entre a estabilidade econômica e o crescimento do investimento social, dos ganhos sociais e do investimento em infraestrutura”, disse.

Reformas
Dilma afirmou que assume seu segundo mandato mais esperançosa do que no primeiro, pois diz que caminhará “de pé e com fé” com os brasileiros para fazer o País avançar na melhoria dos serviços públicos. Nesse sentido, ela citou o acesso à educação de qualidade – da creche à pós graduação; a mudança na Constituição para garantir a segurança pública como responsabilidade federal; melhoria da saúde com acesso a consultas e especialistas; empregos de qualidade com expansão da economia e salários valorizados; e outros programa sociais como Minha Casa, Minha Vida, Prouni, Fies e Ciência Sem Fronteiras.
“Estamos juntos com a dignidade, estamos juntos de pé e com a força da imensa fé que temos no povo desse País. De pé e com fé, porque vamos juntos fazer a reforma política (…) De pé e com fé, porque o Brasil será a verdadeira pátria educadora e os brasileiros terão acesso à educação de qualidade – da creche à pós graduação. De pé e com a força da fé nesse País, porque vamos mudar a Constituição para permitir que o governo federal assuma a responsabilidade para melhorar a segurança pública”, conclamou.

A presidente disse acreditar firmemente que será possível alcançar essas metas em seu próximo mandato. “Somos capazes de fazer isso porque somos um povo que garantiu emprego e salário quando o mundo desempregava e arrochava. Somos capazes de fazer isso porque, nesses últimos 12 anos, nós mudamos o Brasil”.
Voz do povo
A presidenta agradeceu ainda a todos os que vieram para sua posse, de todos os cantos do País, “nessa marcha da esperança para dizerem sim ao futuro do Brasil. Agradeço a cada uma companheira e a cada um companheiro. Quero dizer para vocês que eu sinto imensa alegria por ter vencido os desafios e honrado o nome da mulher brasileira. Dessa mulher que nós sabemos que são milhões de guerreiras anônimas, que dão vida e carinho ao nosso País”.
“Escuto as vozes de vocês, vozes corajosas, a dizerem que estamos aqui, todos nós, de pé. E que todos nós temos fé no Brasil. Nós que estamos aqui, e todos os brasileiros, acreditarmos nessa terra porque nos últimos 12 anos aqui não se discrimina os pobres, não se esquece dos jovens, não se esquece dos negros, não se abandona as mulheres”, enfatizou.


Dilma Rousseff acrescentou que, não importam as dificuldades e os obstáculos, o povo brasileiro vencerá e construirá um Brasil próspero, justo e pleno de oportunidades. “Sempre estive e sempre estarei ao lado de vocês. E nada, absolutamente nada, ninguém, absolutamente ninguém vai me afastar desse compromisso”.

Na cerimônia representantes de 136 Estados e 14 organizações internacionais prestigiaram a posse da presidenta Dilma Rousseff.  
A cerimônia contou com a presença de líderes sulamericanos, entre eles Michelle Bachelet, a presidente do Chile, Nicolas Maduro, presidente da Venezuela,  José Mujica, presidente do Uruguai e Evo Morales, presidente da Bolívia.








Chefes de Estado ou de Governo: Os presidentes do Uruguai, José Mujica; do Chile, Michelle Bachelet; da Venezuela, Nicolás Maduro; do Paraguai, Horácio Cartes; da Guiné-Bissau, José Mario Vaz; da Costa Rica, Luis Guilkermo Rivera; de Gana, John Dramani Mahana; da Bolívia, Evo Morales; da Guiné Equatorial, Vicente Tomi; os primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, e de Curaçao, Ivar Asjes e o Chefe de Governo do Marrocos, Abdelilah Benkirane. Além de Mujica, o presidente eleito do Uruguai, Tabaré Vasquez, também representou a República Oriental do Uruguai na cerimônia. Entre os vice-chefes de Estado e de Governo compareceram os vice-presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden; da China, Li Yuanchao; do Conselho da Assembleia Federal da Rússia, Alexander Torshin; da Argentina, Amado Boudou; dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, José Ramon Ventura; de Angola, Manuel Domingos Vicente; da Colômbia, Germán Vargas Lheras e o vice-primeiro ministro de Portugal, Paulo Portas. Além dos países representados, importantes organizações internacionais também enviaram representantes. Entre os mais destacados estão os diretores-gerais da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo; a da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, primeira mulher eleita para o posto; e o da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano.

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