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Ministro de Minas e Energia defende Graça Foster e afirma que a energia elétrica ficará mais barata

Não há uma prova sequer contra Graça, diz  Ministro Eduardo Braga



O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defende a presidente da Petrobras, Graça Foster, e membros da atual diretoria, isentou-os de envolvimento com os escândalos de corrupção envolvendo a estatal e disse estar "otimista" com os rumos da empresa.

O ministro analisa que a companhia enfrenta uma "convergência de fatores negativos" e seu maior problema é que as empresas contratadas para fazer parte de seus investimentos estão "envolvidas" na Operação Lava Jato.

"Até hoje, não há uma prova sequer contra Graça Foster. Até hoje, não há uma prova sequer contra esses diretores que aí estão. Não seria justo, vendo o esforço que a Petrobras está fazendo com seus técnicos e sua diretoria, de recuperação de gestão e eficiência, puni-los sem dar a chance para que apresentem os resultados que a Petrobras aponta que apresentará", afirmou Braga, ressaltando que mudanças no conselho de administração já estão em estudo pelo governo.

A fala do ministro é uma resposta indireta às manifestações do advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, que considerou arbitrária a prisão do executivo e chegou a dizer que, se ele foi preso, Graça Foster também deveria ser. Cerveró foi detido a pedido do Ministério Público Federal, que o acusou de ter realizado transações financeiras para ocultar seus bens.

Braga justificou seu "otimismo" com os rumos da estatal alegando que há "duas Petrobras", uma que está "sob investigação" e outra que é uma "instituição brasileira", responsável por parte do planejamento do setor energético.

Preço do barril

A convergência de fatores negativos, afirmou Braga, "atropelou" a Petrobras.

"Teve a Lava Jato e veio a queda do preço do barril de petróleo", disse.

"A queda do preço do barril, se por um lado ajuda a Petrobras porque facilita o fluxo de caixa, por outro lado faz com que os desafios para os estudos econômicos dos investimentos no pré-sal sejam cada vez mais desafiadores", completou Braga, lembrando que, há seis meses, ninguém imaginava que a cotação do barril de petróleo poderia estar abaixo de US$ 60,00.

Investimentos

Braga refutou queda nos investimentos da estatal neste ano, afirmando que a Petrobras tomará todas as medidas necessárias para preservar o caixa da empresa.

"Os investimentos deste ano estão em curso. O que tem problema nos investimentos é que as empresas que estavam contratadas estão enroladas na Lava Jato. E isso precisa ter uma saída jurídica. Isso traria um prejuízo para o país incalculável", disse.

O ministro ponderou que a contratação de companhias substitutas depende de licitação e que há outros caminhos, como as prestadoras de serviços envolvidas nos escândalos de corrupção firmarem acordos de leniência ou termos de ajustamento de conduta com o Ministério Público.

"Talvez o melhor caminho não seja anular os contratos e trazer empresas estrangeiras. Elas virão por que preço? Como vai ser a licitação? Isso que atrasaria os investimentos. O problema da Petrobras é a captação de recursos para a contratação de futuros investimentos", completou o ministro.



Novo ministro quer energia mais barata


Eduardo Braga promete projetos em parceria com o setor privado


As primeiras ações do Ministério de Minas e Energia serão para tornar a energia elétrica mais barata. A ideia criar mais 7.120 quilômetros de linhas de transmissão, além de realizar leilões de energia. 


De acordo com Braga, o Ministério vai acompanhar de perto à tramitação no Congresso Nacional sobre a nova legislação do Setor Mineral Brasileiro. Ele pretende, ainda, revisar o chamado contrato de Cessão Onerosa do Pré-Sal, pelo qual a Petrobras paga um valor pré-determinado para ter direito à exploração de até 5 bilhões barris de petróleo e gás natural.


“Quero manter um diálogo construtivo com os representantes do setor privado, em especial os investidores, em todas as áreas sob nossa jurisdição, com o propósito de construir um ambiente propício aos investimentos. Precisamos valorizar cada vez mais a parceria entre o Governo e os empresários”, disse.



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