Luta na Argentina e Brasil
Os professores argentinos da província de Buenos Aires cumpriram, no dia 13, a quinta jornada de paralisação em defesa de melhorias salariais e nas condições de trabalho, e do carater público e universal do sistema de ensino.
O protesto convocado por seis organizações sindicais sucedeu a grande manifestação realizada pela docência no passado dia 6 de Março em defesa de reivindicações pecuniárias e da escola pública, e antecedeu a convocatória sindical para uma paralisação nacional docente, agendada para ontem e para hoje.
A luta dos professores na Argentina sinaliza a intensificação de protestos mais amplos por parte dos demais setores do Trabalho. No dia 7 de Março, centenas de milhares de trabalhadores marcharam na «capital pampa» culminando mais de um ano de poderosas lutas, incluindo com expressão de massas, contra as políticas antisociais e antilaborais impostas pelo governo de Maurício Macri. A iniciativa colocou as várias estruturas sindicais perante uma conjuntura madura para a convocação de uma greve geral, asseguram, embora admitam a inexistência de consenso sobre se a jornada se realizará no final deste mês ou no início do próximo.
Já no Brasil, a paralisação docente e não-docente convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, a qual congrega 48 estruturas sindicais, com início, no dia 15, e com duração prevista de dez dias, estava a ser projectada com uma adesão garantida de cerca de um milhão de profissionais do sector da educação.
Também para ontem, 15, e tendo como alvo os ataques a direitos sociais e laborais e rendimentos dos trabalhadores brasileiros, as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo previam a mobilização de centenas de milhares de pessoas em acções de protesto marcadas para 19 estados do país.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil reiterou que perante a ofensiva lançada pelo governo golpista de Michel Temer contra Previdência e a Legislação do Trabalho, a palavra de ordem não pode ser outra senão «Resistir a todo custo contra a retirada dos direitos».
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