Justiça aceita nova denúncia sobre cartel nas licitações do metrô de SP
A Justiça aceitou uma nova denúncia do Ministério Público sobre a formação de cartel nas licitações de trens do Metrô de São Paulo. Seis funcionários de quatro empresas irão responder criminalmente por suspeita de participação na fraude.
O promotor Marcelo Mendroni denunciou seis funcionários que representavam as empresas Alstom, Temoinsa, Tejofran e MPE. Eles são acusados de agir em nome das companhias para formação de um cartel para reformar 98 trens das linhas mais movimentadas do Metrô de São Paulo.
O Ministério Público diz que a concorrência que aconteceu entre os anos de 2008 e 2009, durante governo do PSDB, foi fraudada.
A juíza Cynthia Maria da Silva diz na decisão que "a documentação reunida pelo MP revela o envolvimento dos réus nos fatos criminosos sob apuração". Já na denúncia oferecida pelo promotor Marcelo Mendroni são apresentadas como provas tabelas feitas pelas empresas acertando a divisão dos contratos.
A juíza negou o pedido feito pelo MP de prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon, que, segundo o MP, está fora do país. Na decisão, a juíza argumentou que o fato dele estar no exterior, não demonstra perigo para as investigações.
Desde agosto de 2013, quando o Ministério Público começou a investigar o caso do cartel do Metrô e dos trens de São Paulo, sete denúncias criminais foram feitas. A Justiça aceitou seis.
O Ministério Público está recorrendo da única decisão que foi negativa e o promotor Marcelo Mendroni disse que ainda prepara, pelo menos, outras duas denúncias contra os suspeitos.
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