Não há responsáveis em Washington
pelo Fiasco na Síria
por Thierry Meyssan
Na hora da sua retirada, a secretária de Estado Hillary Clinton defendeu o seu trabalho numa entrevista dada ao New York Times. [1] Circunstancialmente, ela acrescentou em «off» algumas confidencias aos jornalistas que as introduziram num artigo em separado. [2]


Ter-se-ia tratado de retomar as coisas em mão já que estavam mal orientadas pela França, pelo Reino-Unido e pelos Estados do Golfo. Estes, ainda por cima, apoiados em repulsivos jihadistas.
Pelo contrário, a secretária de Estado trabalharia para «criar uma oposição legitima que teria servido, através de negociações, para deslegitimar o presidente el-Assad». Afim de reparar os erros dos outros (França, R. Unido e C.C.Golfo), ela teria pois proposto que os Estados-Unidos armassem e enquadrassem diretamente os grupos combatentes. Durante a sua audição pela Comissão das Forças armadas do Senado, o chefe de Estado-maior Martin Dempsey confirmou a existência deste plano. Ele acrescentou que o secretário da Defesa Leon Panetta e ele próprio apoiavam tal plano.

Tornando público que ela apresentou um plano de intervenção ao presidente Obama em Junho, ela admite que sempre se opôs ao Protocolo de Genebra. E tudo leva a crer que foi realmente ela e David Petraeus quem o sabotaram na altura. Contrariamente ao que ela declara, as preocupações eleitorais de Barack Obama não o pressionaram a rejeitar o plano, mas sim a não sancionar imediatamente os que sabotaram o Protocolo anunciado pelo comunicado de Genebra.
A Casa-Branca esperou, pois, pelo dia seguinte à vitoria eleitoral para forçar o general Petraeus à demissão. Talvez também tenha (a Casa-Branca) tomado a iniciativa que se impunha para neutralizar Hillary Clinton e a manter um longo mês longe do seu gabinete.

Seja como for, o fato que os dirigentes cessantes em Washington procurem justificar-se confirma o voltar da página. Obama muda de equipe e de política.
[1] « Interview With Hillary Clinton » par Michael R. Gordon et Mark Lander, The New York Times, 2 février 2012.
[2] « Backstage Glimpses of Clinton as Dogged Diplomat, Win or Lose » par Michael R. Gordon et Mark Lander, The New York Times, 2 février 2012.
Um comentário:
Hello there children.
Pleasant internet site. Employ a great evening!
Postar um comentário