A Dinamarca pediu explicações a Israel depois de um ativista pró-Palestina de nacionalidade dinamarquesa ter sido agredido na cara por um militar israelense. Israel apressou-se a criticar a ação do militar, que ficou documentada em vídeo.
Na gravação vê-se um militar israelense identificado como sendo o tenente-coronel Shalom Eisner - vice-comandante da brigada territorial do Vale do Jordão - dando com a sua metralhadora M16 em cheio na cara do activista. Nas imagens disponibilizadas não há motivo algum para o ataque, uma vez que o ativista – identificado como o dinamarquês Andreas Ias – não provoca o militar ou faz qualquer menção agressiva. Alguns amigos do coronel Eisner, segundo o The Guardian, querem fazer crer que o ativista teria quebrado a mão do militar, anteriormente às imagens. Mesmo que esteja nitido a inexistencia de problemas com a mão do Coronel.
O vídeo
Foi colocado no YouTube pelo International Solidarity Movement (ISM), cujos membros participam regularmente em protestos contra a ocupação israelita na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Depois de ser colocado online, o vídeo foi igualmente transmitido pelas televisões israelitas e palestinas, motivando diversas reações de indignação.
Andreas Ias, de 20 anos, pertencia a um grupo alargado de ativistas pró-Palestina que percorriam a zona de Jericó de bicicleta no sábado de manhã quando – de acordo com a mídia palestina – as Forças Armadas israelenses bloquearam os participantes.
Israel disse que os ativistas vencer o bloqueio da estrada. Nos incidentes que se seguiram, alguns ativistas ficaram feridos e foram levados para o hospital, ao passo que outros foram detidos.
Ias foi encaminhado para o hospital, onde levou alguns pontos nos lábios. Pouco depois afirmou que o evento em que participou não era violento e que não houve qualquer contato ou troca de palavras entre ele e o militar antes de ser atingido na cara.
Sabe-se que o soldado foi suspenso enquanto decorre o processo de inquérito.
Estes incidentes aconteceram numa altura em que Israel lançava uma operação de segurança para prevenir que centenas de ativistas pró-palestina entrassem no país pela Cisjordânia, alegando tratar-se de provocadores com o objetivo de lançarem atos de violência.
A embaixadora dinamarquesa em Israel, Liselotte Plesner, já pediu mais informações acerca do ataque ao activista e, num comunicado emitido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Villy Sovndal, pode ler-se:
“Não estamos a par de todas as circunstâncias que rodearam o incidente. A embaixadora dinamarquesa pediu às autoridades israelenses uma explicação imediata”, cita o The Guardian.
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“Este tipo de conduta não é típica dos soldados e dos comandantes do Exército israelita e não há lugar para ela no Exército nem no Estado de Israel.”
Por seu lado, o Presidente Shimon Peres afirmou estar “chocado” e o chefe de Estado-maior Benny Gantz descreveu o incidente como “grave” e “contrário aos valores das Forças Armadas Israelitas”, afirmando que ele será investigado de forma minuciosa.
Em 2003 e 2004 outros dois membros do International Solidarity Movement foram agredidos e acabaram por morrer.
Rachel Corrie morreu em 2003 após ter sido atropelada por um bulldozer. No ano seguinte o voluntário Tom Hurndall foi atingido na cabeça por um sniper do exército israelita. Acabou por morrer após nove meses em coma.
Rachel Corrie morreu em 2003 após ter sido atropelada por um bulldozer. No ano seguinte o voluntário Tom Hurndall foi atingido na cabeça por um sniper do exército israelita. Acabou por morrer após nove meses em coma.
Um comentário:
Essa imagem mostra a verdade ....
http://3.bp.blogspot.com/-MIE-b3yn_zA/T4vFr5qSwhI/AAAAAAAAGIs/ZUczN3AnTsw/s1600/Shalom%2BEisner2.jpg
O comandante de Israel foi atacado pelo ativista sim .
fonte ;
http://muqata.blogspot.com.br/2012/04/it-all-started-when-israeli-officer-hit.html
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