Rússia descreve O GOLPE como interferência estrangeira
Zajárova: A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova declarou que a relação com o nosso país fica crítica. Brasil tem fundamental importância na geopolítica. O governo russo declarou que tudo foi orquestrado e financiado a partir dos Estados Unidos.
"É uma interferência política externa inaceitável"
Ela afirmou que todos os processos políticos golpistas em curso nos países sul-americanos decorrerem no quadro constitucional.
Zajárova reiterou que Moscou está interessado em um Brasil democrático e estável, que se desenvolva de forma dinâmica e desempenhe seu papel importante na arena internacional - por Ria Novosti.
A composição política poderia criar um modelo perigoso que ameaça a base social da nação e que motiva a reflexão dos movimentos sociais, de acordo com o analista, que também disse que "vindo não são apenas 180 dias sem Rousseff, mas muitos mais poderia ser dada a agenda doméstica que visa promover um atraso durante impeachment ".
Comunicado da Rússia - "O Brasil é um país importante tanto na América Latina como parceiro estrangeiro mundo". O golpe parlamentar contra a presidenta foi orquestrado e financiado pela operação Washington. "O golpe parlamentar é uma operação muito sofisticada e não é apenas no Brasil, é uma ação internacional e orquestrada a partir dos Estados Unidos."
Esta tese foi comprovada inclusive com a viagem que fez o senador Aloysio Nunes fez a Washington depois que a Câmara aprovou o julgamento de Dilma. Nunes viajou para os EUA para a realização de reuniões com diversas autoridades dos EUA e assessores próximos a Hillary Clinton.
PLANTÃO BRASIL
Uruguai, Chile, Bolívia, Venezuela, Equador, El Salvador, Nicarágua não reconhecem Temer como presidente
O ministro das Relações Exteriores e chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, fez questão de se posicionar mais uma vez em relação ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) e garantiu que o governo do país cisplatino não tem intenções de reconhecer Michel Temer (PMDB) como presidente do país.
“O Uruguai se manifestou politicamente, já disse o que tinha que dizer. (...) A posição do nosso governo está clara, pois nós já nos posicionamos a respeito disso”, disse Nin Novoa em entrevista a jornalistas na última quinta (12), data do primeiro dia de mandato do presidente em exercício.
Perguntado se irá entrar em contato com Temer ou com alguém de seu gabinete, o chanceler foi direto: “Não [haverá nenhum tipo de comunicação]. Já dissemos o que deveríamos ter dito, de maneira que não temos mais nada a agregar.”
Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou mais cedo que a direita brasileira quer dar um golpe na presidente Dilma Rousseff e "castigar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não volte à presidência.
Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, garantiu nesta sexta-feira que a crise política do Brasil faz parte de um "novo plano Condor" contra os governos progressistas da região.
Venezuela
Na quinta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia manifestado apoio a Dilma e Lula, chamando a crise política no Brasil de "golpe de estado midiático e judicial".
"Você acha que isso é casualidade? É o novo plano Condor (aplicado na década dos 70 pelas ditaduras militares do Cone Sul para coordenar o extermínio de opositores) contra os governos progressistas", declarou o mandatário em uma entrevista na rede televisão oficial. A Venezuela fechou sua embaixada no Brasil.
Nicarágua e El Salvador
O presidente de El Salvador, Sánchez Cerén, declarou que há um golpe acontecendo no Brasil e que o próximo passo será chamar a embaixadora de volta ao país e fechar a embaixada no Brasil.
Rússia e China
A Ministra das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, afirmou que “é inaceitável a interferência externa na atual situação política do Brasil” e que Moscou espera um país “estável e democrático”. A China tem a mesma posição. Ambos fazem parte dos BRICS, ao lado de Brasil, Índia e África do Sul.
Chile
De acordo com o portal da TeleSur, o governo do Chile também manifestou sua preocupação com as circunstâncias em que Dilma foi afastada. “Nos preocupamos com a nossa nação irmã, que tem gerado incerteza em nível internacional”, alegou institucionalmente em comunicado. O país não pretende manter contato com o governo Temer.
Outras legendas e órgãos, como o Die Linke, da Alemanha, e o PSUV, da Venezuela, bem como a Unasur (União das Nações Sul-Americanas), também criticaram duramente o processo.
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