Libra, uma das bacias do pré-sal, é a mais importante reserva petrolífera já descoberta no Brasil e a estimativa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) é que possa produzir em dez anos até 1,4 milhão de barris de petróleo por dia – mais de metade de toda a produção atual brasileira."O governo está muito satisfeito com o leilão de Libra.O leilão foi um sucesso. É o maior do gênero que já tivemos nos país"
A oferta de repasse de 41,65% da produção à União, "não deixou o governo menos feliz porque é 41,65% dos lucro obtidos com essa exploração. Como sabemos que esse reservatório é muito rentável, então é 41,65% de um bolo grande.
Mantega empolgado com o futuro do país salientou que “no futuro haverá mais leilões com consórcios entre empresas e a Petrobras”. Mantega afirmou que o governo não cogita mudar o formato do leilão, "não vejo razão para uma mudança no modelo, principalmente agora que nós vimos que funciona".
Ministro Mantega lembrou que a exploração do campo ajudará a balança comercial deste ano e acelerará consideravelmente o desenvolvimento do país nos próximos anos.
Ministro Mantega lembrou que a exploração do campo ajudará a balança comercial deste ano e acelerará consideravelmente o desenvolvimento do país nos próximos anos.
Grupo com Petrobras, Shell, Total e chineses vence 1º leilão do pré-sal
A Petrobras ficou com 41,6% de participação, portanto maior que o percentual obrigatório por lei, que seria de 30%.
CONSÓRCIO VENCEDOR DO LEILÃO DO CAMPO DE LIBRA
Empresa | Participação | País |
Petrobras | 42% | Brasil |
Shell | 19% | Anglo-Holandesa |
Total | 19% | Francesa |
CNPC | 10% | China |
CNOOC | 10% | China |
O leilão do Campo de Libra, na Bacia de Campos, foi a primeira rodada de disputas realizada para conceder, sob o regime de partilha de produção, áreas para exploração de petróleo e gás natural na região brasileira do pré-sal. Cinco anos após a descoberta, o governo coloca em marcha a exploração do petróleo de acordo com o novo regime de partilha. O primeiro leilão foi do Rio de Janeiro e nele foi ofertado o gigantesco campo de Libra, cujo potencial de óleo recuperável pode se aproximar dos 12 bilhões de barris.
A rodada arrecadou quase o dobro do que já foi pago em todas os leilões realizados no país até hoje. O bônus de assinatura de Libra custará R$ 15 bilhões, contra R$ 8,9 bilhões acumulados desde a primeira rodada, em 1999. Com mais de 1,5 mil quilômetros quadrados, a área de Libra é a maior descoberta de petróleo do Brasil. Estima-se que poderá ter pico de produção de 1,4 milhão de barris por dia. Para efeito de comparação, hoje a produção nacional soma hoje cerca 2 milhões.
O campo deverá demandar de 12 a 18 plataformas e de 60 a 90 barcos de apoio. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a exploração vai movimentar investimentos totais de aproximadamente US$ 180 bilhões. Por lei, a Petrobrás terá participação mínima de 30% no consórcio que irá explorar a área.
As novas regras substituem o sistema de concessões pelo chamado "regime de produção compartilhada" e vêm sendo criticadas por analistas de orientação liberal por, supostamente, abrir espaço para um excesso de intervenção estatal que inibiria investimentos privados no setor.
Sindicatos, movimentos sociais e alguns acadêmicos também têm protestado contra o leilão por ver no novo modelo o problema oposto. Paradoxalmente, para eles, ao invés de aceitar uma estatal que tem capital 100% nacional, a Petrobras, que tem 49% de seu capital privatizado por FHC, deveria explorar o pré-sal sozinha, alegando que, ao fazer parcerias com estrangeiros, o governo estaria "privatizando" uma das maiores riquezas brasileiras.
Pelas novas regras, a Petrobras terá um mínimo de 30% de participação e será a operadora de todos os projetos – decidindo desde o ritmo até a tecnologia usada na exploração dos poços. O Estado terá amplos retornos financeiros e uma agência estatal será criada para supervisionar a exploração do pré-sal, a PPSA.
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