O presidente Lula fechou acordo sobre a questão da energia nuclear do Irã. Durante reunião de que participou com presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, em Teerã, ficou decidido, entre outras questões, que o Irã entregará 1.200 quilos de urânio à Turquia e receberá 120 quilos do produto enriquecido com monitoramento de organismos internacionais.
Há um milhão de razões para a gente ter argumento para construir a paz
“O Brasil teve um papel importante, sobretudo a afinidade existente entre o ministro Celso Amorim, o ministro da Turquia e o próprio ministro das Relações Exteriores do Irã, e foi uma coisa extraordinária. Eu acho que a diplomacia sai vencedora hoje. Eu acho que foi uma resposta de que é possível, com diálogo, a gente construir a paz, construir desenvolvimento. Mas eu acho que nós precisamos fazer justiça, e acho que até numa homenagem ao ministro Celso Amorim que está aqui do meu lado, porque ontem nós nos reunimos muitas vezes, mas ele ficou reunido até quase 1h da manhã, até concluir o acordo, e assinamos a declaração agora há pouco”, afirmou Lula.
Parceria com o Irã é altamente benéfica para o Brasil
O Irã é um dos maiores produtores de petróleo do mundo (mais de 4 milhões de barris diários), tem tecnologia avançada em exploração de jazidas em águas ultraprofundas e distantes da costa e precisa de equipamentos e serviços de engenharia para desenvolver sua indústria. O Brasil tem esses equipamentos e empresas de serviços de engenharia e está se credenciando para se tornar um dos principais produtores de petróleo do mundo graças às jazidas encontradas na região do Pré-sal, que vão demandar investimentos cada vez maiores e especializados. Uma parceria entre os dois países é mais do que natural e foi com isso em vista que o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, veio a Teerã esta semana para se encontrar com representantes da indústria petrolífera iraniana e as perspectivas são animadoras.
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