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TRABALHADORES UNIDOS CONTRA A AIR FRANCE-KLM

Trabalhadores rejeitam plano caracu
Trabalhadores do conjunto das actividades da companhia aérea Air France-KLM manifestaram-se na segunda-feira, 5, contra o plano de reestruturação que prevê a supressão de 2900 postos de trabalho.

Com veementes protestos à porta da reunião do comité da empresa, o conselho de administração deixou claro que  pretende despedir 300 pilotos, 900 comissarios de bordo e 1700 trabalhadores em terra.

Os principais sindicatos (CGT, FO, Unsa e Solidaires) convocaram o protesto, apelando aos trabalhadores de todos os sectores a rejeitarem o plano da administração.

A concretizar-se, o projeto implicaria a eliminação de cinco rotas e a retirada de cinco aviões de longo curso até ao Verão de 2016, e de outros nove até 2017.

A reunião do comité de empresa foi interrompida ao início da tarde, depois de alguns elementos mais exaltados terem assaltado as instalações.

Ainda durante a tarde, 2500 trabalhadores desfilaram entre a sede da companhia e os terminais do aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle. Na acção, pessoal de terra e de bordo caminharam ombro a ombro com os pilotos.

Além da destruição massiva de postos de trabalho, a administração da Air France quer impor o aumento dos tempos de trabalho e a redução dos períodos de descanso nas escalas para o pessoal de bordo. Os pilotos teriam um aumento de cem horas de voo por ano, o que corresponde quase a dois meses de trabalho, sem qualquer compensação remuneratória.


camisa do vice-presidente da divisão de Orly Air France,
Pierre Plissonnier, foi retalhada por manifestantes
 que invadiram os escritórios da Air France
O governo francês, que controla 17,6 por cento das ações da companhia, apoia os planos da administração, mas face à agudização do conflito já apelou ao reinício das negociações, em particular com os pilotos.

A transportadora aérea afirma que metade das suas rotas de longa distância são deficitárias, alegando que para recuperar a competitividade é necessário aumentar a produtividade em 17 por cento. Os trabalhadores, cujos salários estão congelados há quatro anos, lutam contra o aumento da exploração e retirada de direitos.

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