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OBAMA FINALIZA SEU MANDATO COM RECORDE DE MORTOS

Nações Unidas lançam alerta

O número de civis vítimas da guerra no Afeganistão nunca foi tão elevado, advertiu, no dia 6, a ONU, que começou o recenseamento em 2009. 
Mesmo considerando que o número de mortos e feridos durante a invasão e ocupação militar do país pelos EUA/NATO, entre 2001 e 2009, pode, em determinados períodos, ter superado o atual, os indicadores avançados pelas Nações Unidas relativos ao ano de 2016 aí estão  lembrando que a população afegã prossegue como a principal vítima de uma guerra iniciada, entre outros, com o pretexto de derrubar de uma tirania assassina.
E confirmam, também, que campanhas militares, mesmo que chamadas de «guerra humanitária», como o foi a do Afeganistão, muito raramente resultam nos objetivos propagandeados, perdurando, afinal, o lastro de destruição e morte. Independentemente da situação do país já não merecer atenção privilegiada na chamada agenda mediática do PiG, o fato demonstrado pelos números da ONU é que o Afeganistão pós-agressão imperialista para criar amor e paz não está nem mais pacífico nem mais seguro.
De acordo com o representante especial do secretário-geral da ONU para o Afeganistão admitiu, aliás, que «este relatório revela a realidade cruel do conflito capitalista para os homens, as mulheres e as crianças afegãs, que ano após ano continuam a sofrer sem qualquer trégua». 
Catástrofe
Dizem as Nações Unidas que no ano passado foram registados 11.418 civis mortos ou feridos, dos quais aproximadamente um terço são crianças. Destes, 4.498 são mortos e 7.920 são feridos, cifras que representam um aumento em cerca de três por cento face a 2015.
No total, mais de 3.500 crianças foram vitimadas pela guerra em 2016, o que representa um aumento de 24 por cento face a 2015.
A proliferação de combates em zonas densamente povoadas contribuiu decisivamente para o atual cenário, afirma ainda a organização, que atribui aos embates entre forças governamentais  com o apoio dos EUA e grupos armados que se lhes opõem o essencial da catástrofe. 43 por cento das vítimas são da responsabilidade do contingente fiel a Cabul, adianta igualmente a ONU, que lamenta «o pior recorde de vítimas em operações aéreas desde 2009».
Nos últimos sete anos, 24.481 civis afegãos foram mortos e 45.347 ficaram feridos, segundo a mesma fonte. Acrescem as deslocações forçadas pelo conflito, movimentos migratórios internos e para outros países que, só o ano passado, envolveram 623 mil afegãos, ou seja: mais 30 por cento do que o registado em 2015.
No final de Janeiro, o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas estimou que a população afegã que necessita de ajuda de emergência vai aumentar 13 por cento em 2017, atribuindo o fato ao agravamento «sem precedentes de civis deslocados», bem como ao crescimento contínuo da pobreza extrema.
No total, calculou aquele organismo da ONU, 9,3 milhões de afegãos estão carentes de auxílio, dos quais cerca de 1,6 milhões de adultos e um milhão de crianças em desnutrição severa.

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