A JUSTIÇA CONTRA A BARBÁRIE
Entrevista com a professora Beatriz Vargas, anticandidata ao STF em oposição à nefasta indicação de Alexandre de Moraes
A LAVA JATO CONTRA A JUSTIÇA
Não conheço ninguém a favor da corrupção. Conheço gente que sabe que corrupção se controla com ações preventivas, de transparência e acompanhamento dos atos dos gestores públicos, e com ações repressivas, de responsabilização.
Sou a favor da Lava-Jato com esse foco e não com a missão de contribuir para a derrocada da Democracia e dos Direitos.
A Lava-Jato, para mim, não é o símbolo da firmeza contra a corrupção, mas a própria corrupção dos meios e dos fins do Direito. A Lava-Jato poderia ter entrado para a História como uma ação eficaz, equilibrada e inteligente de controle da corrupção, mas, infelizmente, tomou o caminho da "fulanização" dos corruptos.
A Lava-Jato não deve acabar.
Deve entrar na linha, acertar o foco. Sem sensacionalismos e sem espetáculos midiáticos que apenas servem aos interesses políticos de certas personagens "anti-povo" que não respeitam as regras do jogo democrático.
Não precisamos de juízes, policiais, promotores de justiça ou procuradores "heróis". Precisamos de servidores públicos que entendam e traduzam a boa norma jurídica, sem excessos e sem paixões. Precisamos de juízes que não abusem do poder e não façam "uso criativo" da norma, ao trilharem o caminho da exceção, ao invés de aplicarem a regra.
No Estado Democrático de Direito ninguém está acima da lei. Por uma Lava-Jato obediente à lei e à Constituição da República!
Será que é pedir demais?
Talvez agora, depois da deposição do governo eleito, a Lava-Jato termine ou entre nos trilhos. Vamos observando
Movimentos sociais entregam à CCJ manifesto com 'anticandidatura' para o Supremo
Representantes de movimentos sociais entregaram nesta quarta-feira (15) à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) um manifesto com a indicação de uma candidatura alternativa à de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O nome sugerido é o de Beatriz Vargas Ramos, professora de Direito da Universidade de Brasília (UnB).
Moraes será sabatinado pelos membros da CCJ na próxima terça-feira (21). Segundo os organizadores do manifesto, o documento, com o que denominam de “anticandidatura”, foi lançado por integrantes do movimento feminista como uma forma de protesto à indicação de “pessoas que representem retrocesso nos direitos humanos e sociais arduamente conquistados, que desrespeitem o direito à não discriminação e à igualdade substantiva que a Constituição assegura a todas as pessoas".
O presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), recebeu o manifesto e reiterou que a indicação de ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) é prerrogativa constitucional do presidente da República e deve ser validada pelo Senado. Mas Lobão afirmou que a opinião pública deve ser considerada e que dará o devido encaminhamento ao manifesto.
— Recebo com respeito para que em uma oportunidade se possa examinar a possibilidade de alteração constitucional, a fim de que seja contemplada a iniciativa dos senhores e senhoras — afirmou Lobão.
O documento propondo a candidatura alternativa também foi encaminhado à presidência do Senado.
Com informações da Agência Brasil de Comunicação
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza na próxima terça-feira (21) a sabatina de Alexandre de Moraes, indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. A partir das 10h, a sabatina será transmitida ao vivo pelo canal da TV Senado no YouTube. Quem quiser enviar perguntas ou comentários pode já acessar o portal e-Cidadania pelo endereço eletrônico https://www.senado.leg.br/ecidadania.
O ORIGINAL CONTRA O PLAGIO
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