Dilma inicia sua campanha em SP com muito estilo, para mais de 5 mil pessoas, na praça da Sé.
No segundo dia de campanha, Dilma lota o centro de São PauloCom a praça da Sé completamente tomada de militantes do partido dos trabalhadores e da base aliada, Dilma discursou para mais de 5 mil pessoas, que acompanharam a caminhada que se iniciou na Praça do Patriarca, passando pela rua Direita, até o palanque montado em frente a Catedral da Sé.
Ao lado de seu vice Michel Temer, do futuro governador da cidade de São Paulo, Aloizio Mercadante, nossa Futura Senadora, Marta Suplicy, também futuro senador, Netinho de Paula, Dilma levantou e agitou com a militância petista presente no local. Em seu discurso, Dilma falou da reviravolta que o governo Lula fez no Brasil, um país antes estagnado pela falta de políticas públicas, dirigidas à população mais necessitada. Criticou o slagan criado da campanha adversária, dizendo que quando pudiam fazer alguma coisa, não fizeram. "É preciso ver como o Brasil mudou, em 2002 o Brasil não tinha emprego, andava de cabeça baixa" disse.
Mercadante, Marta e Netinho também deixaram seu recado, expondo idéias e planos de governo, capazes de fazer São Paulo sair da estagnação que já perdura há mais de 20 anos. Mercadante criticou a política de segurança pública dos tucanos e a forma que são tratados os professores em SP. Mercadante afirmou que em seu governo haverá mais diálogo e respeito com os professores, e não serão tratados à cassetetes e borrachadas. Enfatizou que antes de aumentar o efetivo policial, como foi sugerido pelo seu adversário, é preciso aumentar o salário dos militares, pois este é o salário mais baixo do Brasil. O começo DILMA vitória do povoComeça a campanha eleitoral, com o registro das candidaturas nos tribunais regionais e no TSE. O PT atingiu quase todas as metas que deliberamos em nosso 4º Congresso. A prioridade da eleição presidencial foi cumprida e a visão de ampla aliança com base na coalizão que sustenta o governo Lula foi materializada na coligação que apoia Dilma e Temer. Como diria um amigo nosso, nunca antes na história deste partido fomos tão amplos e tão bem sucedidos em nossa aliança. O PT soube ceder em vários estados, na composição das chapas majoritárias. Queremos crescer, como todo partido. Mas hoje temos a responsabilidade de crescer com os aliados e trabalhar para manter no comando da República o projeto que transforma o Brasil.
Nossa candidata, que, para muitos da oposição e até para alguns na base e no PT, era uma aposta arriscada, mostrou que tem “café no bule” e chega ao começo da campanha empatada com Serra, na pior das hipóteses e das pesquisas. Dilma está segura, tem um amplo apoio partidário, tem o suporte da maioria dos movimentos sociais e de grande parte do empresariado. Tem um programa de governo realista e ousado, baseado no sucesso dos oito anos de Lula, nos quais ela foi peça fundamental. Nossos adversários não tem programa de governo e ainda tem que explicar o governo FHC e o governo Serra em São Paulo, com seus pedágios, educação decadente e segurança pública em crise permanente.
Estamos bem, mas não ganhamos nada ainda. Temos que construir esta vitória nas ruas, com o povo, para vencer as eleições e consolidar politicamente o projeto que queremos para o Brasil.
O povo sabe, agora, que crescer é possível e que para crescer é necessário distribuir, é preciso ter uma nova visão do papel do Estado e uma nova inserção internacional. A campanha nacional do PT deve mostrar que isso será muito mais efetivo se a grande maioria das 27 unidades da federação estiver com o projeto nacional. Nós, de São Paulo, devemos ter competência para demonstrar que o estado que tem 25% da população e 40% do PIB é peça chave do projeto e é vital termos alguém alinhado no Palácio dos Bandeirantes. A vitória de Aloizio Mercadante pode ser uma alavanca fundamental para um sucesso ainda maior do governo Dilma. Agora é hora de trancar todos os saltos altos no armário e colocarmos os pés no chão, amassar o barro e conquistar a vitória de um sonho que mostrou ser viável. Às ruas, PT.
Ricardo Berzoini é deputado federal e foi presidente nacional do PT |
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