“A nossa homenagem a esses brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida”
Com a voz embargada e choro contido, a presidenta Dilma Rousseff prestou homenagem às vítimas do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em plena cerimônia que marcou 1 milhão de empreendedores inscritos no Programa Microempreendedor Individual: Formalização e Proteção Social, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma pediu um minuto de silêncio. Em rápido discurso, ela lembrou que a data ‘seria’ para comemorar avanços conquistados no país, como a inclusão de pessoas no mercado formal de trabalho.“Eu não vou fazer discurso porque nós hoje temos que lamentar. O fato que aconteceu em Realengo com crianças indefesas. Não era característica do país ocorrer esse tipo de crime. Por isso considero que todos nós estamos unidos no repúdio a esse tipo de violência, sobretudo com crianças indefesas. Por isso encerro o meu pronunciamento homenageando crianças inocentes que perderam a vida neste dia, lá em Realengo, e proponho um minuto de silêncio para que nós mostremos a nossa homenagem a esses brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida.”
Luto oficial de três dias pelas
vítimas da tragédia em escola no Rio
A presidenta Dilma Rousseff declarou, nesta quinta-feira (7/4), luto oficial de três dias em respeito às vítimas do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Após participar de cerimônia com 450 mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, a presidenta manifestou interesse em ir ao velório das vítimas. Ela informou que irá conversar com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para saber mais detalhes do velório.
Durante o discurso, a presidenta voltou a mencionar o ataque a alunos de escola pública em Realengo, no Rio, e reafirmou profundo pesar.
Nota MJ - O Ministério da Justiça emitiu nota oficial em que oferece apoio ao governo do estado do Rio de Janeiro e solidariedade aos familiares em nome do governo federal.
Leia abaixo íntegra da nota:
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assim que soube da tragédia, entrou em contato com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e com o prefeito, Eduardo Paes.
O ministro ofereceu apoio ao governo do estado e solidariedade aos familiares em nome do governo federal. Antes de iniciar palestra no Encontro Nacional de Combate às Organizações Criminosas, em João Pessoa, na Paraíba, o ministro solicitou um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia ocorrida no bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ).
Ministério da Justiça
Dilma deve comparecer ao velório
das vítimas da tragédia no Rio
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff deverá participar do velório das vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, no Rio de Janeiro. Pela segunda vez no dia, a presidenta pediu um minuto de silêncio em respeito às vítimas e às famílias. “Hoje é um dia muito triste para todos os brasileiros”, afirmou Dilma, após receber um grupo de mulheres vítimas de desabamentos e inundações.Ela disse que telefonará ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, para saber a hora exata do velório.
No fim da manhã, a presidenta decretou luto oficial de três dias. As bandeiras em frente ao Palácio do Planalto já estão hasteadas a meio-mastro. Antes, ela havia se emocionado ao citar o massacre no Rio. O Brasil não está acostumado com esse tipo de crime, afirmou a presidenta.
Ao participar da cerimônia em comemoração à marca de 1 milhão de empreendedores individuais formalizados, Dilma manifestou repúdio ao crime e pediu um minuto de silêncio ao público. Em seguida, encerrou o evento. Os últimos dados oficiais indicam que o crime provocou 12 mortes e ferimentos em 17 pessoas.
*Colaborou Renata Giraldi
Edição: Nádia Franco
Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo
Wellington Covarde deixa carta mostrando que premeditou o crime da escola de Realengo
O COVARDE |
Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Polícia Civil distribuiu a carta encontrada na mochila do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que atingiu hoje (7), com tiros de revólver, vários alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Escrita em computador e assinada por ele a mão, a carta, de uma página, traz um texto desconexo e com falhas de pontuação.
Na carta, ele fala em Deus e de pessoas impuras que não poderão tocar em seu corpo “sem usar luvas, somente os castos ou os que perderam sua castidade após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas”.
Em outro trecho, ele diz que, se possível “quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério de Murundu”.
Wellington pede que um “fiel seguidor de Deus ore diante de sua sepultura pelo menos uma vez pedindo o perdão de Deus pelo que eu fiz”, rogando para que, na sua vinda, “Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna”.
No documento, Wellington diz que deixou uma casa em Sepetiba, também na zona oeste e pede que seja doada para pessoas que cuidam de animais. “Eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos, que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se sustentar, os animais não podem pedir comida ou trabalhar para se alimentarem”.
A Escola Municipal Tasso da Silveira é um prédio de três andares, que atende a alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, com idades entre 6 e 15 anos. A escola funciona em dois turnos, sendo que, no período matutino, que foi quando o atirador entrou na escola, estudam cerca de 400 alunos.
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