Novo crime imperialista no Iémen
HOSPITAL BOMBARDEADO
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) exigem que a aliada americana, Arábia Saudita, assuma que destruiu um centro de cuidados médicos da organização humanitária no Norte do Iémen e «se comprometa a facilitar a ajuda humanitária».
O hospital situado na cidade de Haydan foi bombardeado seis vezes a 26 de Outubro pela única força capaz de o fazer, sustenta a organização humanitária, que denuncia que apesar de não haver vítimas mortais a lamentar, a infra-estrutura ficou completamente arrasada e o ataque provocou vários feridos.
Num primeiro momento, a Arábia Saudita, que lidera a coligação responsável pela campanha militar em curso no Iémen, acusou a MSF de ter fornecido ao comando militar saudita coordenadas erradas. Posteriormente, os agressores negaram a autoria da ofensiva e é essa a versão que mantêm.
As Nações Unidas, por seu lado, que através da Unicef também operavam na unidade de saúde visada pelos raides aéreos, corrobora a acusação da MSF. Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, insistiu que «quem controla os céus do Iémen» é que tem de explicar a razão pela qual alvejou uma instalação humanitária, violando o Direito Internacional.
No início de Outubro, um bombardeamento imperialista atingiu outro hospital da MSF, em Kunduz, no Afeganistão, provocando 30 vítimas mortais e dezenas de feridos.
Não deu na Globo, mas a agressão saudita no Iémen, iniciada em Março deste ano, já matou mais de 2300 civis, entre os quais mais de 500 menores, acusam as Nações Unidas. Um dos mais graves crimes ocorridos matou 135 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, que se encontravam numa festa de casamento na província de Taiz.
A barbárie no Iémen deve, no entanto, agravar-se, uma vez que de acordo com informações avançadas pelas forças armadas sírias, aviões da Turquia, Catar e Emirados Árabes Unidos estarão a transportar mercenários do Estado Islâmico, em debandada da Síria, para o Iémen, onde, acrescenta a mesma fonte, servirão de suporte terrestre à operação saudita no território africano.
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