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USP VAI PERDER 300 VAGAS E O CURSO DE OBSTETRICIA. É O XÓKI DE JESTÃO TUCANO

USP Leste pode fechar mais de 300 vagas

Inaugurado em 2005, o campus Leste da Universidade de São Paulo (USP) pode perder até 330 das 1.020 vagas oferecidas atualmente. O iG teve acesso ao relatório de conclusão do grupo de trabalho da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) que estudou a revisão dos cursos da unidade por conta de baixa demanda. A proposta pede a diminuição de pelo menos 10 vagas em cada carreira. Segundo o relatório, as salas de aulada unidade foram feitas inicialmente para atender turmas de 50 alunos, mas os vestibulares ofertaram 60 vagas por ano em cada uma e, com as repetências, há algumas turmas com 65 a 70 estudantes, o que comprometeria o aprendizado. Além disso, seguindo as diretrizes apontadas pela reitoria da USP no ano passado, todos os cursos com baixa demanda foram reavaliados e, em alguns casos, a sugestão é que as vagas sejam reduzidas de 120 para 40. O relatório também aponta a intenção de tornar a seleção mais rigorosa: “Esta redução sugerida teria um efeito imediato no aumento da relação candidato-vaga, já que a procura por alguns dos cursos da Each é bastante reduzida. Enfim, de modo geral, teríamos um aumento na nota de corte e, certamente, uma elevação na qualidade dos alunos ingressantes, algo desejado por toda a universidade”, diz o documento assinado por um grupo de trabalho formado pelo ex-reitor da instituição durante a criação da USP Leste, Adolpho José Melfi, e professores tanto da Each quanto de outras unidades. Em alguns cursos a redução de vagas seria bem maior. A proposta é reduzir pela metade as 60 vagas de Ciências da Atividade Física, de 120 para 80 as de Gestão Ambiental e cortar uma turma de Licenciatura de Ciências da Natureza, reduzindo de 120 para 40 ou 50 vagas. O pior caso seria o de Obstetrícia que poderia ser fundido com o curso da Escola de Enfermagem, perdendo todas as 60 vagas atuais.

Curso de obstetrícia é descredibilizado

 por Leonardo Martin
Oferecido desde 2005, o curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades tem enfrentado desconhecimento e forte oposição de organizações e profissionais da saúde. Os questionamentos se abatem sobre aspectos que se estendem da empregabilidade dos profissionais formados à sua competência para atuar na área. Somente por força de decisão judicial, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) tem concedido registro profissional aos egressos.
Alegando que o curso não atende às exigências do Ministério da Educação para a formação de enfermeiros, o Coren-SP se negou a registrar os profissionais formados em Obstetrícia. A professora Lucia Cristina Florentino, coordenadora do curso, observa, porém, que o intuito dos egressos jamais foi serem reconhecidos como enfermeiros obstétricos, mas como obstetrizes. A Lei n.º 7.498/86, que regulamenta o exercício profissional de enfermagem, prevê e distingue essas duas categorias. Segundo a professora, a recusa do Coren-SP violava a lei, tendo sido determinante na conquista do direito dos egressos ao registro profissional.
Apesar da decisão, os questionamentos não cessaram. Em sua revista mensal, o Coren-SP afirmou não reconhecer a formação dos obstetrizes. Alertou ainda para o risco de responsabilização de instituições de saúde e supervisores de estágio que os admitirem por erros advindos da inaptidão desses profissionais. “Como podem nos chamar de incompetentes se nem viram nossa atuação?”, questiona Natasha Gaeta, formada em 2009. Para Lucia Cristina, a conquista das primeiras posições em concursos públicos é uma prova da competência dos egressos.
No ano passado, alunos que estagiavam no Hospital Universitário (HU) deixaram de assumir tarefas que exigiam maior cautela. Embora, à época, não tenha havido nenhum impedimento formal e os alunos dispusessem de autorização oficial para atuar, Lucia Cristina relata que foi, no início deste ano, convidada pelo HU a rediscutir os termos do estágio. Ela observa que, mesmo após os esclarecimentos, a nova autorização do HU só chegou quando os campos de estágio deste semestre já estavam definidos.
Os prejuízos não se limitaram aos estágios. Diversos egressos relataram ter perdido suas vagas em concursos públicos ou seus empregos depois da pressão exercida pelo Coren-SP. Muitos deles se queixam da passividade da USP diante do que vem ocorrendo. Natasha conta que foi obrigada a assinar um documento desistindo da vaga que conquistara e que tenta reavê-la na Justiça. “A USP nos pariu e depois nos abandonou no mercado de trabalho em meio ao descaso e desconhecimento da sociedade quanto ao que é o profissional que estaria sendo formado”, afirma ela, que hoje atua como gerente no comércio de livros.

O Relatório com nome pomposo para defenestrar alunos e vagas da Instituição
Clique aqui para acessar ao relatorio

Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.
Relatório final apresentado pelo Grupo de Trabalho designado pelo Prof. Dr Jorge Boueri, Diretor da EACH, pela Portaria EACH 26/10 de 17 de junho de 2010, para Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.


INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta os resultados das reuniões do Grupo de Trabalho para Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, criado pelo Prof. Dr. Jorge Boueri, Diretor da EACH, por meio da Portaria EACH 26/10 de 17 de junho de 2010. Por determinação da Portaria, competia ao GT:
1 – Realizar estudos sobre a potencialidade de áreas, revisão dos cursos existentes no tocante à sua dinâmica com a inserção na sociedade e no mercado de trabalho e a criação de novos cursos na EACH
2 – Preparar relatórios e pareceres para uso do Diretor sobre possíveis remanejamentos de vagas nos cursos da Escola.
3 – Apreciar, em caráter não deliberativo, outras matérias que lhe forem submetidas pelo Diretor.
A citada Portaria deixa claro que o GT não tem caráter deliberativo, devendo apresentar sugestões que serão posteriormente apreciadas pelos órgãos deliberativos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades.
A carta dos alunos de obstetrícia da USP

Pedido de apoio à Graduação de
Obstetrícia na Universidade de São Paulo

A saúde da mulher encontra no Brasil números alarmantes. A OMS recomenda que o número de cirurgias cesáreas não ultrapasse 15%, porém, na rede pública brasileira este número alcança a marca de 48% e na rede particular de 70% a 90%. Apesar do incentivo do Ministério da Saúde do Brasil pelo parto normal e pela humanização dos mesmos, as taxas permanecem altas. Sendo assim, em resposta a este quadro, o curso de Obstetrícia foi reaberto na Universidade de São Paulo em 2005, 34 anos depois de sua extinção na mesma universidade.
Ressurgiu determinado a formar profissionais da saúde, capacitados para prestar uma assistência humanizada à população brasileira no que se refere assistência pré-natal, parto e pós parto, compreendendo a saúde da mulher, família e comunidade.
Acreditamos que uma atenção humanizada não é uma especificidade da obstetrícia, certamente profissionais médicos e enfermeiros podem e devem humanizar seu olhar e suas práticas. Contudo, a formação específica de Obstetrícia capacita os profissionais para praticar uma atenção individualizada à mulher e à família, compreendendo-a em seus processos de gestação, parto e amamentação como fisiológico, mas também e igualmente importantes, como processos emocionais, sociais, culturais, espirituais e como sementes para um mundo melhor.
No entanto, apesar de se propor a colaborar com a melhora da atenção a saúde da mulher, desde a sua reabertura, o curso enfrenta muitas dificuldades, dentre elas o impasse em relação a regularização da profissão de obstetriz. No diálogo com as instituições que poderiam regulamentar os profissionais formados nesse curso, viu-se a necessidade de ampliar a formação dos mesmos, o que gerou uma reformulação em sua grade curricular, que a partir de 2011 passa a ser realizado em 4 anos e meio em período integral. Assim, o curso foi tratando de dar respostas, aprender e recordar sempre qual a sua função e a importância que representa na possibilidade de contribuir na melhoria da atenção a saúde no Brasil.
A esses impasses soma-se o fato do curso de Obstetrícia estar situado em um campus recente da USP. Sendo um campus novo, os cursos situados nele têm pouca divulgação e consequentemente menor procura do que cursos tradicionais. Devido a isso, hoje a Obstetrícia enfrenta um problema ainda mais grave do que a regularização de seus profissionais: corre o risco de ter seu vestibular suspenso, o que abre a possibilidade do fechamento do mesmo. Além disso, há também a possibilidade de redução das vagas para acesso ao curso (hoje 60 vagas são disponibilizadas por ano). Entendemos, no entanto, que a realidade da assistência obstétrica no Brasil justifica a manutenção das 60 vagas atuais, permitindo a formação de um maior número de profissionais capacitados na assistência humanizada à saúde da mulher.
Como consequência indireta e não menos importante, a suspensão do vestibular e possível fechamento do curso diminui as chances das pessoas que vivem na Zona Leste de São Paulo, região caracterizada por população de menor poder aquisitivo e, dado o quadro das universidades do Brasil, com menor chances de cursar uma faculdade pública, em geral com maior prestígio no país.
Enfim, estamos falando da possível extinção da profissão Obstetriz e de sua capacidade de mudar a realidade obstétrica brasileira. Hoje os alunos formados podem trabalhar mediante uma ação judicial, porém enfrentam uma oposição das instiuições reguladoras que dificulta o ingresso destes profissionais no mercado de trabalho.
Pedimos, então, o seu apoio para evitar que a Obstetrícia tenha seu vestibular suspenso e sua formação ameaçada. Para isso você deve assinar o texto abaixo, podendo acrescentar comentários pessoais, e depois enviar para o email ajudeaobstetricia@gmail.com

CLIQUE AQUI E ASSINE O ABAIXO ASSINADO EM APOIO A CONTINUIDADE DA OBSTETRICIA NA USP 

Deputado Simão Pedro Chama reunião pela Universidade Federal da Zona Lestegoogle fotos

Sociedade civil e autoridades irão participar de reunião para implantação da  Universidade Federal da Zona Leste, no próximo dia 26 de março. Serão discutidos a efetivação da compra do imóvel da Gazarra, o cronograma de implantação da universidade, inclusive metas e prazos, recursos para a Universidade Federal e organização do ato de posse no terreno da Universidade a ser realizado no mês de maio. Simão Pedro já confirmou presença e ressaltou que a participação popular será fundamental na definição dos cursos com qualidade.
Foram convidados o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o Ministro da Educação Fernando Haddad, parlamentares, lideranças e o povo da zona leste. Já foram realizadas diversas reuniões onde definiram projetos/cursos de extensão como: cursinho pré-vestibular, prevenção/assistência a dependentes químicos, trabalho com a população idosa, observatório de políticas públicas, jovens-primeiro emprego, arte e teatro, prevenção de violência contra a mulher, o idoso e a criança, controle/qualidade dos alimentos, capacitação para membros de Conselhos Tutelares, plataforma de tecnologia social, trabalho com deficientes, economia solidária, capacitação professores ensino fundamental/médio, comunicação, esportes e meio ambiente.
A reunião será no dia 26 de março, às 9h. Local: Salão da Igreja Nossa Senhora do Carmo – Rua Flores do Piaui, 170, Itaquera, zona leste de São Paulo.

2 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

a USP É DE TODO MUNDO nós temos de defende-la todos juntos!

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