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O GOLPE NA IMPRENSA ESTRANGEIRA

Imprensa estrangeira destaca
'última batalha' de Dilma
por BBC Brasil em Washington (EUA)
O discurso que Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira no Senado para se defender de acusações que podem afastá-la definitivamente da Presidência foi destaque em agências de notícias estrangeiras e especialmente em veículos de América Latina, Espanha e Portugal.
O jornal português Público escolheu como título a declaração de Dilma de que "estamos a um passo do golpe de Estado".
Para o diário, a presidente "não poupou as palavras (...) no julgamento em que deverá ser destituída do cargo".
"Dilma Roussef, com pouca esperança de rebater o ataque cerrado de que está a ser alvo, passou ela própria ao ataque, identificando os inimigos num terreno que lhe é hostil", diz a reportagem, que citou as menções de Dilma ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e à "grande mídia brasileira, a quem acusou de conivência com a direita".
Público citou a presença do cantor Chico Buarque e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os apoiadores de Dilma no plenário do Senado.

'Governo usurpador'

"Dilma denuncia golpe para dar lugar a um 'governo usurpador'", diz o jornal argentino Clarín no título de uma reportagem sobre a fala da presidente. Segundo o jornal, a presidente falou aos senadores com um "gesto de inocultável incômodo".
"A presidenta enfrenta agora sua última batalha, na sucessão de crises que enfrenta desde que iniciou seu segundo mandado", afirma o texto.
O diário espanhol El País tratou a defesa de Dilma como o tema mais importante de seu site internacional e transmitiu a sessão do Senado ao vivo. A fala da presidente afastada foi comentada em tempo real por repórteres do jornal.
El País diz que Dilma "repetiu que o processo é um golpe contra a democracia e assegurou que se manteve dentro da legalidade".
O americano USA Today publicou uma reportagem da agência Associated Press segundo a qual Dilma discursou "lutando para salvar seu emprego".
O texto diz que a fala da presidente ocorre no quarto dia de um julgamento que teve "palavrões, gritos e uma declaração do presidente do Senado, Renan Calheiros, de que a 'burrice não tem limites'".
USA Today afirma que "a líder esquerdista é acusada de violar regras fiscais para esconder problemas no orçamento federal", mas que ela rejeita as acusações. Os seus inimigos estão conduzindo "um golpe de Estado".

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