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GRÉCIA: PIRAEUS BANK PERDOARÁ DÍVIDAS DE CIDADÃOS NECESSITADOS

      
       

A iniciativa dirige-se aos cidadãos abrangidos pelo programa de apoios sociais lançado pelo Governo de Alexis Tsipras, de alívio da “crise humanitária”.
 (Prensa Latina) A entidade financeira grega Piraeus Bank anunciou hoje o perdão de todas as dívidas inferiores a 20 mil euros dos cidadãos que cumprirem os requisitos do programa de ajuda humanitária implementado pelo governo.
O plano entrou em funcionamento nesta semana e seus objetivos são oferecer eletricidade e alimentos gratuitos às pessoas necessitadas e ajudas para o aluguel de moradia.

Agora Piraeus Bank, a quarta entidade do país, ofereceu cancelar os empréstimos pessoais e dívidas de cartões de crédito, inferiores a 20 mil euros, a todos os beneficiários do plano governamental.

Ademais, a entidade brindou-se a congelar os pagamentos dos empréstimos hipotecários e a estudar "uma redução da dívida ou uma reestruturação preferente, dirigida aos clientes financeiramente mais débeis", segundo indicou em seu comunicado.

Os duros programas de austeridade impostos a Grécia desde 2010 conduziram a um drástico aumento do desemprego, deixando cerca de uma quarta parte da população sob a margem da pobreza e uma importante maioria com graves limitações econômicas.
Para lutar “contra a crise humanitária na Grécia”, o Banco do Pireu vai perdoar dívidas até 20 mil euros aos clientes que contraíram empréstimos ao consumo e que estão em dificuldades financeiras. A iniciativa dirige-se aos cidadãos abrangidos pelo programa de apoios sociais lançado pelo Governo de Alexis Tsipras, de alívio da “crise humanitária”.
O Banco do Pireu é a instituição que em 2013 comprou a antiga filial do BCP na Grécia (o Millennium Bank Grécia).
 
O plano agora anunciado pela administração passa também pelo “congelamento” do pagamento de hipotecas e pelo corte nos juros aos clientes que cumprem as condições de acesso ao pacote social lançado pelo executivo para ajudar os mais atingidos pela crise. No caso dos empréstimos ao consumo e de cartões de crédito, o perdão incide sobre 100% da dívida, desde que esta não ultrapasse os 20 mil euros.
 
A instituição helénica assume como seu o princípio do programa social do Governo do Syriza e dos Gregos Independentes. A justificação assume contornos quase políticos: “A decisão do Banco do Pireu de responder à crise humanitária reflete a mobilização geral do banco face às necessidades da economia e da sociedade grega, perante a alteração das condições [sociais] causada pela crise, sinalizando o nosso compromisso para com um novo começo”.
 
O programa de resposta à crise social, uma das prioridades que o Syriza inscreveu no programa eleitoral, foi a primeira lei que o executivo de coligação de Alexis Tsipras fez passar no Parlamento, a 18 de Março. Para além do Syriza e dos Gregos Independentes, parceiros de coligação, o pacote “4320/2015” – o número da lei aprovada – recebeu os votos favoráveis dos conservadores da Nova Democracia, o partido que esteve no Governo antes do Syriza, e dos socialistas do Pasok.
 
O programa do Governo inclui o fornecimento de eletricidade gratuita às famílias que não conseguem pagar este serviço, prevê um plano de ajuda alimentar dirigido a 300 mil pessoas e inclui ajudas ao arrendamento. As candidaturas, escreve a AFP, já chegaram à mesa das autoridades que vão avaliar quem é elegível para o programa, estando previsto para Junho as primeiras entregas de apoios.

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