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PRESIDENTA DILMA NA VII CÚPULA DAS AMÉRICAS - Áudio com a íntegra do discurso.




 


A presidenta Dilma Roussef discursou neste sábado na sessão plenária da Cúpula das Américas, realizada na Cidade do Panamá.

Dilma defende maior abertura comercial nas Américas

Presidenta afirmou também que país tem um claro compromisso em fazer um acordo dentro do Mercosul com a União Europeia
A presidenta Dilma Rousseff afirmou durante o Foro Empresarial das Américas, que o Brasil está pronto para fazer um acordo, dentro do Mercosul, com a União Europeia. E defendeu uma maior integração econômica regional, “com maior abertura comercial e, também, uma abertura grande aos investimentos inter-regionais”.
“O Brasil, dentro do Mercosul, tem hoje um claro compromisso para fazer um acordo dentro do Mercosul com a União Europeia. Nós estamos prontos para esse acordo”, disse.
Ela lembrou também a importância das relações com os Estados Unidos. “Recentemente, assinamos um memorando de entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento brasileiro e o Departamento de Comércio americano, que eu considero muito importante, porque vai facilitar o comércio e fazer com que o nosso Portal Único de Exportações dialogue com a Single Window, do sistema de comércio dos Estados Unidos”.
A presidenta cumprimentou também o presidente do México Peña Nieto, pela renovação do acordo automotivo com o Brasil. “Considero que todas essas iniciativas, elas contribuem para que nós tenhamos um horizonte de crescimento maior”.


Venezuela e Estados UnidosSobre a relação dos Estados Unidos com a Venezuela, a presidenta disse acreditar ser essa uma questão em que existem todas as condições de construir também um caminho de diálogo e “voltar aos bons tempos”.
Porque é uma posição da Unasul, como um todo, não é só do Brasil. A Venezuela não é ameaça para os Estados Unidos. Acho que esse é um texto antigo, que foi usado neste caso. Você pode discordar disso, disso e daquilo, mas não pode concordar em tratar a Venezuela como um inimigo dessa proporção porque eles não são
Dilma Rousseff lembrou que existe uma comissão de chanceleres na Unasul, integrada por Brasil, Colômbia e Equador, que está tratando do assunto. Essa comissão de chanceleres, que representa diretamente os presidentes dos países, e que tiveram também a participação de um representante do Vaticano, tem o objetivo de construir um diálogo entre o governo e a oposição.
Para que não haja ruptura democrática na Venezuela, que não vai beneficiar ninguém no continente, se beneficiar alguém não é alguém que mora aqui. Porque vai ser uma guerra ou vai ser qualquer outra forma de conflito que rompe com a democracia”.
A presidenta acrescentou que é preciso que os dois lados se sentem e façam acordos, mesmo que haja diferenças. “E é possível que se transite respeitando todos os processos democráticos. E cada vez que houver eleição, você tem que respeitar o resultado da eleição. Não pode reabrir tudo outra vez. (…). Todos os países da Unasul estão empenhados em assegurar um clima de democracia cada vez maior nesta relação entre o governo e a oposição”. 
 
Dilma participou de reuniões bilaterais com presidentes da Holanda e da Argentina Cúpula das Américas 2015
Em uma agenda paralela ao segundo dia da Cúpula das Américas, que aconteceu no Panamá, a presidenta Dilma Rousseff participou de reunião bilateral com o presidente da Holanda, Mark Rutte.
 
No encontro, eles abordaram a importância da educação para a promoção do desenvolvimento.
Rutte elogiou o programa brasileiro Ciência sem Fronteiras, que nos últimos anos levou centenas de estudantes brasileiros ao exterior, e reconheceu a posição pioneira do Brasil com a aprovação do Marco Civil da Internet e nas discussões sobre as mudanças climáticas.
Dilma e o presidente holandês, Mark Rutte, conversaram sobre a Conferência Internacional de Segurança Cibernética, que acontece na próxima semana, em Amsterdã; e sobre a compra da BG, empresa de energia britânica que explora petróleo do pré-sal, pela holandesa Shell.
Após o encontro com o presidente da Holanda, Dilma também se reuniu com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, onde abordaram a situação política e econômica da América Latina.

Presidenta critica xenofobia crescente no mundo
Cúpula das Américas 2015 O século XXI requer também um novo enfoque sobre migração, que deve ser centrada nos direitos humanos dos migrantes, ser sensível ao crescimento dos fluxos migratórios entre países em desenvolvimento; favorecer o trabalho decente; e prevenir e mitigar os efeitos de desastres socioambientais, defendeu a presidenta Dilma Rousseff neste sábado (11), no Panamá perante os representantes dos países participantes da 7ª Cúpula das Américas. “Sigamos no sentido oposto ao da xenofobia e da intolerância, ascendentes em diversas partes do mundo. Temos que impedir que isso se caracterize como a tendência dominante aqui na América Latina. Não podemos aceitar nem a xenofobia nem a intolerância”, enfatizou.

Agenda global do clima precisa equilibrar crescimento e combate à pobreza, diz presidenta Cúpula das Américas 2015 A presidenta Dilma Rousseff defendeu neste sábado (11), no Panamá que os países devem se esforçar para chegar a um acordo durante a 21ª Conferência do Clima de 2015 (Paris 2015), em dezembro próximo, para que seja pactuado um equilíbrio entre o crescimento da economia, a diminuição da desigualdade social e a proteção ao meio ambiente. “Com base nos debates realizados em Lima [no Peru, onde foi realizada a na COP 20], é fundamental que a próxima Conferência das Partes, em Paris, produza um acordo ambicioso, equilibrado e legalmente vinculante, firmemente ancorado no marco da Convenção do Clima”, disse ela durante a primeira sessão plenária da 7ª Cúpula das Américas. “Nossos países – e aqui eu queria emprestar a minha solidariedade à presidente Michelle Bachelet [do Chile], pelos desastres naturais que ela tem enfrentado – vêm enfrentando uma série de problemas. Como é o fato, por exemplo, de o Brasil ter enfrentado nos últimos anos a maior seca da sua história. Não na região tradicionalmente afetada pela seca, mas no Sudeste do País, a região mais rica, até então jamais afetada por uma seca das dimensões do presente”, alertou. Segundo a presidenta brasileira, o combate à mudança do clima “que afeta nossa economias, que afeta nossas sociedades, que atribui penalidades para as populações de nossos países,exige, sim, o equilíbrio entre o crescimento da economia, a diminuição da desigualdade social e a proteção ao meio ambiente”. Ela destacou que o Brasil reafirma seu engajamento nesse tema, “refletido em compromissos voluntários audaciosos. Reafirmamos e adotamos as conclusões da Conferência Rio+20 de que é possível, sim, conservar, preservar, incluir, crescer e se desenvolver”. Durante a COP 20, realizada no Peru em dezembro do ano passado, delegações de 196 países aprovaram o “rascunho zero” de um futuro acordo global do clima, a ser assinado na reunião de Paris, em dezembro de 2015, deve definir metas para as emissões de carbono dos países, inclusive das nações desenvolvidas, e substituirá o Protocolo de Kyoto, criado em 1997.

Presidenta Dilma anuncia parceria do governo brasileiro com o Facebook Cúpula das Américas 2015
Após encontro com Mark Zuckerberg, nesta sexta-feira (10) a presidenta Dilma Rousseff anunciou parceria do governo brasileiro com o Facebook. A reunião com o fundador da rede social mais famosa do mundo ocorreu na cidade do Panamá, onde se realiza a 7ª Cúpula das Américas. 
Durante a conversa, ela foi presenteada com um casaco contendo a logo do Facebook e a bandeira do Brasil.
Para a presidenta, Facebook é uma das principais ferramentas da revolução digital.
 
“Nós, a partir de agora, vamos fazer estudos em comum até que, quando chegar em junho, nós possamos desenhar um projeto comum cujo objetivo fundamental é a inclusão digital. Mas não é a inclusão digital pela inclusão digital. É a inclusão digital porque ela pode garantir acesso à educação, acesso à saúde, à cultura, à tecnologia. Enfim, olhar [essa rede social] como um instrumento”, avaliou a presidenta.
 
Dilma acrescentou que considera o Facebook um dos grandes produtos que geraram a revolução digital. E comparou revolução com o que ocorreu com a energia elétrica, “quando o mundo foi iluminado”. Agora, comparou, o mundo é iluminado pelo acesso ao conhecimento, pelo acesso a serviços. “Um dos mais importantes [conhecimentos] é o acesso a serviços de saúde, acesso a serviços de educação”, exemplificou.
A presidenta salientou as dificuldades encontradas atualmente para ampliar o acesso à internet e promover a inclusão digital. “Vocês sabem que nós temos áreas que são áreas de difícil acesso. A Amazônia toda, é uma. Tem áreas também no Centro-Oeste que esses problemas existem. Existem áreas no Nordeste. Enfim, todas as regiões no Brasil.
Então, é muito importante essa parceria que nós, hoje, estamos encaminhando e que significa, basicamente, garantir o acesso à serviços, os mais variados, via internet”, acrescentou. A presidenta lembrou que já existe uma parceria desse tipo em Heliópolis, em São Paulo. “Esse é um exemplo de um modelo que nós pretendemos utilizar”, comentou. Em sua página no Facebook, Zuckerberg elogiou o encontro, dizendo que foi “uma boa conversa”, para aumentar a conectividade das pessoas e da internet no Brasil.  
Cúpula das Américas 2015
Após reunião com o presidente americano, Barack Obama, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que foi acertada visita de governo do Brasil aos Estados Unidos. O compromisso está marcado para 30 de junho, em Washington.
No encontro bilateral, que foi realizado neste sábado (11), no contexto da Cúpula das Américas, os presidentes conversaram sobre cooperação nas áreas de ciência, tecnologia, inovação e defesa. Dilma e Obama ainda discutiram sobre céus abertos na aviação civil, construção de mais democracia no continente americano, mudança do clima e fontes alternativas de energia.
Em entrevista coletiva, a presidenta voltou a elogiar a coragem dos governos de Cuba e Estados Unidos por colocarem um ponto final na Guerra Fria.“Nós cumprimentamos os Estados Unidos e estamos também cumprimentado o presidente Raúl Castro pelo acordo que eles fizeram”.
"Quando ele quiser saber de qualquer coisa, ele liga para mim", contou Dilma sobre compromisso de Obama. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“Quando ele quiser saber de qualquer coisa, ele liga para mim”, contou Dilma sobre compromisso de Obama. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
 
A presidenta explicou que preferiu fazer uma visita de governo, e não de Estado, porque essa última só poderia ser realizada no próximo ano, quando serão realizadas eleições nos EUA.
 
 “Então o Brasil, nós preferimos fazer esse ano. Vai ser no final de junho. Os temas da nossa discussão bilateral, que teve curso há pouco, focamos em mudança do clima, energia, energias alternativas, energia solar, baterias. Discutimos também etanol e uma cooperação muito forte na área de ciência, tecnologia e inovação e também na área de defesa”.
 
Para Dilma, o encontro que se encerra neste sábado no Panamá indica o caminho para a construção de uma relação entre os países da região em outros patamares, mesmo considerando que há diferenças ideológicas, culturais, políticas entre eles. “Os governos não pensam igual. [Mas] nós conseguimos cooperar e construir uma relação em um continente que tinha uma tradição de não se relacionar, cada uma das partes do continente olhava para o resto do mundo”.
 
Agora, segundo ela, o continente está olhando mais para si mesmo e construindo uma relação de respeito entre os países vizinhos. “Aqui [na cúpula] tem 35 países, na Celac também tem 33. Na Unasul, tem todos os países do nosso continente. Então, não se busca uma visão fundamentalista, de que tem que estar tudo pronto. Se busca construir uma forma de cooperação [em que] eu tenho que respeitar cada um dos países”.
 
E acrescentou que todos têm de contribuir para que haja “mais democracia, mais respeito aos direitos humanos, sim, mas tem também de contribuir para esse continente, que é o mais desigual de todos, continue se caracterizando por duas coisas: Inclusão social, melhoria no padrão de vida, de toda população e educação, educação e educação”.

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