OS SENHORES DA BANCA
Que a imprensa tradicional, com o advento da Internet mais conhecida como “velha mídia”, sempre defendeu a entrega do patrimônio e riquezas nacionais aos grandes grupos da banca internacional, não é novidade. Nem que para isto tenha que atentar contra a democracia. É fato e é histórico.
Da mesma forma que todos conhecem, por exemplo, as fortes ligações financeiras da Rede Globo com empresas multinacionais de petróleo. Donde se compreende o teor das análises de comentaristas da emissora, como Miriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg e Arnaldo Jabor, apenas para citar alguns.
Se assim é, imagine-se o papel deste e demais conglomerados midiáticos no esquema que você vai ler no fascinante primeiro capítulo de quatro ainda não disponíveis na Web. Ideologias à parte, alguma dúvida sobre a que tipo de senhores a “grande” imprensa serve para fazer a sua, a nossa cabeça?
O CARTEL DO FEDERAL RESERVE: AS OITO FAMÍLIAS
Os Quatro Cavaleiros da banca (Bank of America, JP Morgan Chase, Citigroup e Wells Fargo) são os donos dos Quatro Cavaleiros do Petróleo (Exxon Mobil, Royal Dutch/Shell, BP e Chevron Texaco); em sintonia com o Deutsche Bank, o BNP, o Barclays e outros monstros europeus das velhas fortunas. Mas o seu monopólio sobre a economia global não se esgota no xadrez do petróleo.
Por Dean Henderson *
De acordo com o relatório 10-K para a SEC, os Quatro Cavaleiros da Banca estão entre os dez maiores acionistas de praticamente todas as empresas da Fortune 500. Trata-se da publicação anual da revista Fortune que lista as maiores 500 empresas norte-americanas.
Então quem são os acionistas destes centros bancários de dinheiro?
Esta informação é um segredo muito bem guardado. As minhas indagações junto às agências reguladoras da banca, no que se refere aos proprietários das ações dos 25 maiores bancos norte-americanos que possuem companhias, foram respondidas sob o amparo da Lei da Liberdade de Informação, antes de serem posteriormente recusadas com base na “segurança nacional”.
O que é bastante ridículo, na medida em que muitos dos acionistas da banca residem na Europa.
Um importante repositório da riqueza da oligarquia global que é dona destas companhias na posse da banca é a US Trust Corporation – fundada em 1853 e atualmente propriedade do Bank of America.
Um recente diretor e curador honorário da US Trust Corporate foi Walter Rothschild. Outros diretores incluíram Daniel Davison do JP Morgan Chase, Richard Tucker da Exxon Mobil, Daniel Roberts do Citigroup e Marshall Schwartz do Morgan Stanley.
J. W. McCallister, da indústria petrolífera e estreitas ligações com a Casa de Saud, escreveu no The Grim Reaper que informações que obteve de banqueiros sauditas davam conta de que 80% do Federal Reserve Bank de Nova York – de longe o ramo mais poderoso do Fed – estavam na posse de apenas oito famílias, quatro das quais residentes nos EUA.
São elas os Goldman Sach, os Rockefeller, os Lehman e os Kuhn Loeb de Nova York; os Rothschild de Paris e de Londres; os Warburg de Hamburgo; os Lazard de Paris; e os Israel Moses Seif de Roma.
O CPA Thomas D. Schauf confirma as afirmações de McCallister, acrescentando que dez bancos controlam todos os doze ramos do Federal Reserve Bank.
Menciona o N.M. Rothschild de Londres, o Rothschild Bank de Berlim, o Warburg Bank de Hamburgo, o Warburg Bank de Amesterdã, o Lehman Brothers de Nova York, o Lazard Brothers de Paris, o Kuhn Loeb Bank de Nova York, o Israel Moses Seif Bank de Itália, o Goldman Sachs de Nova York e o JP Morgan Chase Bank de Nova York.
Schauf lista William Rockefeller, Paul Warburg, Jacob Schiff e James Stillman como indivíduos que possuem grande quantidade de ações do Fed. Os Schiff são preponderantes no Kuhn Loeb. Os Stillman no Citigroup, casaram-se no clã Rockefeller no início do século.
Eustace Mullins chegou às mesmas conclusões no seu livro The Secrets of the Federal Reserve , em que exibe gráficos ligando o Fed e os bancos seus membros às famílias Rothschild, Warburg, Rockefeller e outras.
O controle que estas famílias de banqueiros exercem sobre a economia global não pode ser subestimado e é intencionalmente um segredo bem guardado. O seu braço na mídia empresarial é rápido na hora de desacreditar qualquer informação que divulgue este cartel privado de banqueiros centrais como uma ‘teoria da conspiração’. Mas os fatos subsistem.
A CASA DE MORGAN
O Federal Reserve Bank nasceu em 1913, no mesmo ano em que morreu J. Pierpoint Morgan, descendente de banqueiro, e em que se formou a Fundação Rockefeller. A Casa de Morgan presidiu a finança americana a partir da esquina de Wall Street e Broad Street, praticamente como uma espécie de banco central dos EUA desde 1838, quando George Peabody a fundou em Londres.
Peabody era sócio de negócios dos Rothschild. Em 1952, o investigador do Fed, Eustace Mullins, avançou com a suposição de que os Morgan não eram mais do que agentes dos Rothschild. Mullins escreveu que os Rothschild “… preferiam operar anonimamente nos EUA por detrás da fachada de J.P. Morgan & Company”.
O autor Gabriel Kolko afirmou que “as atividades de Morgan em 1895-1896 na venda de títulos do Tesouro dos EUA na Europa basearam-se numa aliança com a Casa de Rothschild.”
Os tentáculos do polvo financeiro de Morgan envolveram rapidamente todo o globo. Morgan Grenfell operava em Londres. Morgan et Ce dominava Paris. Os primos Lambert de Rothschild criaram a Drexel & Company na Filadélfia.
A Casa de Morgan assistia aos Astors, aos DuPont, aos Guggenheim, aos Vanderbilt e aos Rockefeller. Financiou o lançamento da AT&T, da General Motors, da General Electric e da DuPont. Tal como os bancos Rothschild e Barings com sede em Londres, o Morgan tornou-se parte da estrutura do poder em muitos países.
Em 1890, a Casa de Morgan emprestava dinheiro ao banco central do Egito, financiava ferrovias russas, títulos do governo provincial brasileiro e projetos de obras públicas argentinas.
Uma recessão em 1893 reforçou o poder de Morgan. Nesse ano Morgan salvou o governo dos EUA de um pânico bancário, formando uma união para escorar as reservas governamentais com uma injeção de 62 milhões de dólares em ouro Rothschild.
Morgan foi a força motriz por detrás da expansão para oeste nos EUA, financiando e controlando as vias-férreas por intermédio de fundos fiduciários. Em 1879 a Ferrovia Central de Nova Iorque, de Cornelius Vanderbilt, financiada por Morgan, concedeu taxas preferenciais ao monopólio nascente da Standard Oil, de John D. Rockefeller, cimentando a relação Rockefeller/Morgan.
A Casa Morgan passou depois para o controle da família Rothschild e Rockefeller. Um título do jornal New York Herald dizia, “Reis do caminho-de-ferro formam monopólio gigantesco”. J. Pierpont Morgan, que em tempos anteriores afirmara, “a competição é um pecado”, passou a opinar alegremente: “Pensem nisso. Toda a concorrência do tráfego ferroviário a oeste de St. Louis colocada sob o controle de cerca de trinta homens”.
Morgan e o banqueiro Kuhn Loeb de Edward Harriman detinham o monopólio sobre os caminhos-de-ferro, enquanto as dinastias banqueiras Lehman, Goldman Sachs e Lazard se juntaram aos Rockefeller para controlarem a base industrial dos EUA.
Em 1903, as Oito Famílias fundaram o Banker’s Trust. Benjamin Strong do Banker’s Trust foi o primeiro governador do Federal Reserve Bank de Nova York.
A criação do Fed em 1913 fundiu o poder das Oito Famílias com o poder militar e diplomático do governo dos EUA. Se os seus empréstimos no estrangeiro não fossem pagos, os oligarcas podiam contar com os Marines dos EUA para cobrar as dívidas. O Morgan, o Chase e o Citibank formaram uma união de empréstimos internacionais.
A Casa de Morgan era íntima da Casa Britânica de Windsor e da Casa Italiana de Sabóia. Os Kuhn Loeb, os Warburg, os Lehman, os Lazard, os Israel Moses Seif e os Goldman Sachs também tinham ligações estreitas com a realeza europeia.
Em 1895 Morgan controlava o fluxo do ouro dentro e fora dos EUA. A primeira vaga de fusões americanas estava na sua infância e estava a ser promovida pelos banqueiros.
Em 1897 houve sessenta e nove fusões industriais. Em 1899 houve mil e duzentas. Em 1904, John Moody – fundador do Moody’s Investor Services – disse que era impossível falar dos interesses de Rockefeller e Morgan em separado.
Surgiu a desconfiança do público em relação a este conluio. Muita gente considerava-os como traidores a trabalhar para as antigas fortunas da Europa.
A Standard Oil de Rockefeller, a US Steel de Andrew Carnegie e os caminhos-de-ferro de Edward Harriman foram todos financiados pelo banqueiro Jacob Schiff do Kuhn Loeb, que trabalhava em estreita colaboração com os Rothschild europeus.
Vários estados do oeste proibiram a entrada dos banqueiros.
O pregador populista William Jennings Bryan foi por três vezes o candidato Democrata para presidente entre 1896 e 1908. O tema central da sua campanha anti-imperialista era que a América estava a cair numa ratoeira de “servidão financeira para com o capital britânico”.
Teddy Roosevelt derrotou Bryan em 1908 mas, por causa deste incêndio populista que se alastrava, foi forçado a promulgar a Lei Sherman Anti-Monopólio. Depois, perseguiu o Monopólio da Standard Oil.
Em 1912, realizaram-se as auditorias Pujo, que trataram da concentração do poder em Wall Street.
Nesse mesmo ano, a esposa de Edward Harriman vendeu as suas substanciais ações do Guaranty Trust Bank de Nova York a J.P. Morgan, criando o Morgan Guaranty Trust.
O juiz Louis Brandeis convenceu o presidente Woodrow Wilson a tentar pôr fim às diretorias interligadas. Em 1914 foi aprovada a Lei Clayton Anti-Monopólio.
Jack Morgan – filho e sucessor de J. Pierpont – reagiu convidando os seus clientes Remington e Winchester a aumentar a produção de armas. Argumentou que os EUA precisavam de entrar na I Guerra Mundial. Incitado pela Fundação Carnegie e por outras frentes oligárquicas, Woodrow Wilson cedeu.
Como escreveu Charles Tansill em America Goes to War, “ainda antes do início do conflito, a firma francesa Rothschild Frères enviou um telegrama a Morgan & Company de Nova Iorque sugerindo o financiamento de um empréstimo de 100 milhões de dólares, grande parte do qual ficaria nos EUA para pagar as compras francesas dos produtos americanos”.
A Casa Morgan financiou metade do esforço de guerra dos EUA, enquanto recebia comissões para contratar fornecedores como a GE, a DuPont, a US Steel, a Kennecott e a ASARCO. Todos eles eram clientes Morgan.
A Morgan também financiou a Guerra britânica dos Bóeres na África do Sul e a Guerra Franco-Prussiana. A Conferência de Paz de Paris, em 1919, foi presidida por Morgan, que liderou os esforços de reconstrução tanto dos alemães quanto dos aliados.
Na década de 1930 reapareceu o populismo na América depois que o Goldman Sachs, o Lehman Bank e outros terem beneficiado da Queda da Bolsa de 1929.
O presidente da Comissão Bancária do Congresso, Louis McFadden (Democrata de NY) disse sobre a Grande Depressão: “Não foi um acidente. Foi uma ocorrência cuidadosamente planejada… Os banqueiros internacionais pensaram criar uma situação de desespero aqui para poderem surgir como dominadores de todos nós”.
O senador democrata Gerald Nye, em 1936, presidiu a uma investigação sobre munições. Nye concluiu que a Casa de Morgan tinha feito os EUA mergulharem na I Guerra Mundial para proteger empréstimos e criar uma explosão na indústria de armamento.
Nye produziu mais tarde um documento intitulado The Next War, que se referia cinicamente à “fraude contra a velha deusa da democracia”, através da qual o Japão podia ser utilizado para atrair os EUA para a II Guerra Mundial.
Em 1937, o secretário do Interior, Harold Ickes, alertou para a influência das “60 Famílias da América”. O historiador Ferdinand Lundberg posteriormente escreveu um livro exatamente com o mesmo título. O juiz do Supremo Tribunal, William O. Douglas, condenou, “a influência de Morgan… a mais perniciosa na indústria e na finança de hoje”.
Jack Morgan respondeu empurrando os EUA para a II Guerra Mundial.
Morgan tinha estreitas relações com as famílias Iwasaki e Dan – dois dos clãs mais ricos do Japão – que são donos da Mitsubishi e da Mitsui, respectivamente, visto que estas empresas saíram dos xogunatos do século XVII. Quando o Japão invadiu a Mandchuria, chacinando camponeses chineses em Nanking, Morgan minimizou o incidente.
Morgan também tinha relações estreitas com o fascista italiano Benito Mussolini, enquanto que o nazista alemão Dr. Hjalmer Schacht foi uma ligação do Morgan Bank durante a II Guerra Mundial.
Depois da guerra, representantes do Morgan encontraram-se com Schacht no Banco de Compensações Internacionais (BIS) em Basileia, na Suíça.
A CASA DE ROCKEFELLER
O BIS é o banco mais poderoso do mundo, um banco central global das Oito Famílias que controlam os bancos centrais privados de quase todos os países ocidentais e em desenvolvimento.
O primeiro presidente do BIS foi o banqueiro Gates McGarrah de Rockefeller – funcionário do Chase Manhattan e do Federal Reserve. McGarrah era avô do antigo director da CIA, Richard Helms.
Os Rockefeller – tal como os Morgan – tinham estreitas ligações com Londres. David Icke escreve em Children of the Matrix, que os Rockefeller e os Morgan eram apenas ‘mandaretes’ dos Rothschild europeus.
O BIS é propriedade do Federal Reserve, do Banco de Inglaterra, do Banco da Itália, do Banco do Canadá, do Banco Nacional Suíço, do Banco da Holanda, do Bundesbank e do Banco da França.
O historiador Carroll Quigley escreveu no seu livro épico Tragedy and Hope que o BIS foi produto de um plano, “para criar um sistema mundial de controle financeiro em mãos privadas capaz de dominar o sistema político de cada país e a economia do mundo no seu todo… para ser controlado de modo feudal pelos bancos centrais mundiais, atuando concertadamente através de acordos secretos”.
O governo dos EUA tinha uma desconfiança histórica com o BIS, e esforçou-se em vão pela sua destruição na Conferência Bretton Woods em 1944, após a II Guerra Mundial.
Pelo contrário, o poder das Oito Famílias saiu reforçado, com a criação em Bretton Woods do FMI e do Banco Mundial. O Federal Reserve dos EUA só adquiriu ações no BIS em Setembro de 1994.
O BIS detém pelo menos 10% das reservas monetárias de pelo menos 80 bancos centrais mundiais, do FMI e de outras instituições multilaterais. Funciona como agente financeiro de acordos internacionais, reúne informações sobre a economia global e serve de prestamista de último recurso para impedir um colapso financeiro global.
O BIS promove um programa capitalista-fascista de monopólio.
Concedeu um empréstimo a curto prazo à Hungria nos anos 90 para garantir a privatização da economia daquele país. Serviu de canal para as Oito Famílias financiarem Adolf Hitler – dirigido por J. Henry Schroeder, dos Warburg, e pelo Banco Mendelsohn, de Amesterdã.
Muitos investigadores afirmam que o BIS está no centro da lavagem de dinheiro da droga global.
Não é por acaso que o BIS tem a sua sede na Suíça, esconderijo preferido para a riqueza da aristocracia global e sede da Loja Alpina P-2 da Maçonaria italiana e da Internacional Nazi.
Outras instituições que as Oito Famílias controlam incluem o Fórum Econômico Mundial, a Conferência Monetária Internacional e a Organização Mundial do Comércio.
Bretton Woods foi uma bênção para as Oito Famílias. O FMI e o Banco Mundial foram fundamentais para esta “nova ordem mundial”.
Em 1944, as primeiras ações do Banco Mundial foram lançadas por Morgan Stanley e First Boston. A família francesa Lazard passou a estar mais envolvida nos interesses da Casa de Morgan.
Os Lazard Frères – o maior banco de investimentos da França – é propriedade das famílias Lazard e David-Weill – descendentes dos antigos banqueiros genoveses representados por Michelle Davive. Um recente presidente e diretor executivo do Citigroup foi Sanford Weill.
Em 1968 a Morgan Guaranty lançou o Euro-Clear, um banco de compensação com sede em Bruxelas, para valores em eurodólares. Foi a primeira experiência automatizada do gênero. Houve quem chamasse o Euro-Clear de “A Besta”.
Bruxelas é a sede do novo Banco Central Europeu e da NATO.
Em 1973, funcionários do Morgan reuniram-se secretamente nas Bermudas para ressuscitar ilegalmente a velha Casa de Morgan, vinte anos antes da revogação da Lei Glass Steagal.
Morgan e os Rockefeller apoiaram financeiramente a Merrill Lynch, atirando-a para o grupo dos 5 Grandes da banca de investimentos norte-americana. Merrill faz atualmente parte do Bank of America.
John D. Rockefeller utilizou a sua riqueza petrolífera para comprar a Equitable Trust, que tinha absorvido vários grandes bancos e empresas nos anos 20.
A Grande Depressão ajudou a consolidar o poder de Rockefeller. O seu Chase Bank fundiu-se com o Manhattan Bank de Kuhn Loeb para formar o Chase Manhattan, consolidando uma antiga relação familiar.
Os Kuhn-Loeb tinham financiado – juntamente com os Rothschild – a tentativa de Rockefeller para ser o rei do petróleo. O National City Bank de Cleveland forneceu a John D. o dinheiro necessário para entrar nesta monopolização da indústria petrolífera dos EUA.
O banco foi identificado nas auditorias do Congresso como uma das três instituições financeiras de propriedade dos Rothschild nos EUA durante a década de 1870, quando Rockefeller começou por incorporar a Standard Oil de Ohio.
Um dos sócios de Rockefeller na Standard Oil era Edward Harkness, cuja família veio a controlar o Chemical Bank. Um outro era James Stillman, cuja família controlava o Manufacturers Hanover Trust. Estes dois bancos fundiram-se sob a égide de JP Morgan Chase.
Duas das filhas de James Stillman casaram-se com dois dos filhos de William Rockefeller. As duas famílias também controlam uma enorme fatia do Citigroup.
Na área dos seguros, os Rockefeller controlam o Metropolitan Life, a Equitable Life, a Prudential e a New York Life.
Os bancos Rockefeller controlam 25% do ativo dos 50 maiores bancos comerciais norte-americanos e 30% do ativo das 50 maiores companhias de seguros.
As companhias de seguros – a primeira nos EUA foi fundada por maçons através da Woodman’s of America – desempenham um papel chave na lavagem do dinheiro da droga nas Bermudas.
As empresas sob controle de Rockefeller incluem a Exxon Mobil, a Chevron Texaco, a BP Amoco, a Marathon Oil, a Freeport McMoran, a Quaker Oats, a ASARCO, a United, a Delta, a Northwest, a ITT, a International Harvester, a Xerox, a Boeing, a Westinghouse, a Hewlett-Packard, a Honeywell, a International Paper, a Pfizer, a Motorola, a Monsanto, a Union Carbide e a General Foods.
A Fundação Rockefeller tem ligações financeiras estreitas com as Fundações Ford e Carnegie.
Outras iniciativas filantrópicas da família incluem o Rockefeller Brothers Fund, o Instituto Rockefeller de Pesquisa Médica, o Conselho Geral da Educação, a Universidade Rockefeller e a Universidade de Chicago – que tem preparado um fluxo permanente de economistas neoliberais de extrema-direita como defensores do capital internacional, incluindo Milton Friedman.
A família possui o edifício Rockefeller Plaza, nº 30, onde todos os anos se ilumina a árvore de Natal nacional e o Rockefeller Center.
David Rockefeller foi fundamental na construção das torres do World Trade Center.
A principal casa da família Rockefeller é um deselegante complexo ao norte do estado de Nova York, conhecido por Pocantico Hills.
Também possuem um duplex de 32 quartos na 5ª Avenida em Manhattan, uma mansão em Washington, DC, o Rancho Monte Sacro na Venezuela, plantações de café no Equador, várias fazendas no Brasil, uma propriedade em Seal Harbour, no Maine e casas de férias nas Caraíbas, no Havaí e em Porto Rico.
As famílias Dulles e Rockefeller são primas. Allen Dulles criou a CIA, deu assistência aos nazistas, encobriu o assassinato de Kennedy à Comissão Warren e fechou um acordo com a Irmandade Muçulmana para criar homens-bomba controlados psicologicamente.
O irmão John Foster Dulles presidiu as garantias falsificadas da Goldman Sachs antes da queda da Bolsa em 1929 e ajudou o irmão a derrubar governos no Irã e na Guatemala. Eram ambos membros da Skull & Bones, do Council on Foreign Relations (CFR) e maçons do 33º grau.
Os Rockefeller foram decisivos na formação do Clube de Roma, orientado para a redução da população mundial, na propriedade da família em Bellagio, Itália.
Criaram a Comissão Trilateral na sua propriedade Pocantico Hills. A família é um dos principais financiadores do movimento de eugenia que gerou Hitler, a clonagem humana e a atual obsessão pelo DNA na comunidade científica norte-americana.
John Rockefeller Jr. chefiou o Conselho da População até à sua morte. O seu filho homônimo é senador pela Virginia Ocidental. O irmão Winthrop Rockefeller foi vice-governador do Arcansas e continua a ser o homem mais poderoso daquele estado.
Numa entrevista em Outubro de 1975 à revista Playboy, o vice-presidente Nelson Rockefeller – que também foi governador de Nova York – articulou a perspectiva paternalista da sua família: “Acredito plenamente no planejamento – no campo econômico, social, político e militar, no mundo inteiro”.
Mas de todos os irmãos Rockefeller, foi David, o fundador da Comissão Trilateral (TC) e presidente do Chase Manhattan, quem levou a agenda fascista da família a uma escala global.
Defendeu o Xá do Irã, o regime apartheid da África do Sul e a junta chilena de Pinochet.
Foi o maior financiador do CFR, do TC e (durante a Guerra do Vietnam) da Comissão para uma Paz Efetiva e Duradoura na Ásia – um contrato de bonança para os que não estavam envolvidos no conflito.
Nixon convidou-o para secretário do Tesouro, mas Rockefeller recusou o cargo, sabendo que o seu poder era muito maior ao leme do Chase.
O autor Gary Allen escreve em The Rockefeller File que, em 1973, “David Rockefeller reuniu-se com 27 chefes de estado, incluindo os governantes da União Soviética e da China Vermelha”.
Após o golpe do Nugan Hand Bank e da CIA, de 1975, contra o primeiro-ministro australiano Gough Whitlam, o seu sucessor designado pela Coroa britânica, Malcolm Fraser, correu aos EUA, onde se encontrou com o presidente Gerald Ford depois de ter conferenciado com David Rockefeller.
A verdade sobre os Bancos Centrais
O poder dos 'moneychangers' e a crise econômica mundial de 2008
Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis.
Mayer Amschel [Bauer] Rothschild
Todo aquele que controla o volume de dinheiro de qualquer país é o senhor absoluto de toda a indústria e o comércio e quando percebemos que a totalidade do sistema é facilmente controlada, de uma forma ou de outra, por um punhado de gente poderosa no topo, não precisaremos que nos expliquem como se originam os períodos de inflação e depressão.
Declaração do pres. americano James Garfield, 1881
Poucas semanas após proferir estas palavras (da segunda citação), dirigidas aos moneychangers, o presidente Garfield foi assassinado. E não foi o único presidente norte-americano morto por eles, como veremos adiante.
Para podermos entender melhor quem são os moneychangers (ou argentários), é necessário retornar no tempo até cerca de 200 A.C., quando pela primeira vez tem-se registro da «usura» (entre as várias definições do Aurélio para usura encontramos «juro exorbitante, exagerado, lucro exagerado, mesquinharia»).
Dois imperadores romanos foram assassinados por terem pretendido implantar leis de reforma limitando a propriedade privada de terras ao máximo de 500 acres e liberando a cunhagem de moedas, que era feita pelos especuladores. Em 48 A.C., Júlio César recuperou o poder de emitir moeda, tornando-o disponível para qualquer um que possuísse ouro ou prata. Também acabou assassinado. Em seguida, as pessoas comuns perderam suas casas e seus bens, da mesma forma como temos assistido acontecer na crise estadunidense das hipotecas sub-prime.
Na época de Jesus, há dois mil anos, o Sanhedrin (a Suprema Corte da antiga Israel) controlava o povo através da cobrança de taxas representadas pelo pagamento de meio shekel. Vários historiadores estimam que os cofres dessa corte continham o equivalente a vários milhões de dólares em dinheiro de hoje. O povo judeu, totalmente oprimido e controlado pelo Sanhedrin, vivia escravizado pelos dogmas da religião imposta por esses líderes.
Como todos sabemos, Jesus foi o primeiro a ousar desafiar esse poder e expor a conduta sacrílega de Israel e também acabou morto na cruz.
Nos séculos seguintes, os moneychangers continuaram a expandir a arte da usura em todos os segmentos da vida, criando expansões e contrações financeiras, de geração em geração, enfrentando monarcas e líderes políticos que queriam erradicá-la. Sempre em vão. A cada bem-sucedida (e rara) tentativa de eliminá-la, a usura voltava com mais força ainda, respaldada pela ganância e o poder dos fortes e ricos contra os fracos e pobres.
Na Idade Média, o Vaticano proibiu a cobrança de juros sobre os empréstimos, com base nos ensinamentos e na doutrina eclesiástica de Aristóteles e São Tomás de Aquino. Afirmou que «o propósito do dinheiro é servir à sociedade e facilitar a troca de bens necessária à condução da vida». De nada adiantou, eis que a própria Igreja conspirava com o Estado para acumular dinheiro e poder através dos séculos e controlar os oprimidos com os «castigos» e as «bênçãos» do Todo-Poderoso. Os argentários usavam os juros para praticar a usura, que hoje é consagrada por lei através da prática bancária. Já naquela época, vários religiosos e teólogos condenavam a escravização econômica resultante da usura, mas como podemos observar a situação mudou muito pouco nos últimos 500 anos.
Na medida em que a usura foi se instalando em todas as camadas sociais, os moneychangers foram ficando cada vez mais ousados em suas manipulações financeiras e foi assim que surgiu o famigerado conceito do fractional reserve lending, ou «empréstimo baseado em reserva fracional» ou «empréstimo sem cobertura ou lastro».
Embora de enunciado complexo, a prática é muito simples.
Significa emprestar mais dinheiro do que se tem em caixa e transformou-se na maior fraude de todos os tempos, principal responsável pela vasta pobreza que assola o mundo até hoje e pela redução sistemática do valor do dinheiro. A descrição dos economistas sobre os chamados «ciclos econômicos», nada mais é do que a identificação dos períodos de expansão e retração determinados pelos bancos em todo o mundo, através do fractional reserve lending.
Eles simplesmente adotaram as regras do passado e continuaram a praticá-las até hoje.
A prática do «empréstimo sem lastro» continuou se expandindo antes mesmo do surgimento dos bancos, alimentada pelos ourives e mercadores de ouro e prata, que guardavam os metais nobres da população em custódia para não serem roubados. Logo esses negociantes – na realidade meros agiotas – perceberam que a maioria das pessoas morria ainda relativamente jovem e ninguém voltava para buscar seus bens, legando-os à herança familiar.
Foi quando começaram a emprestar dinheiro a juros, geralmente em quantias muito superiores ao ouro e prata que possuíam guardados em custódia. O recibo da custódia foi provavelmente o primeiro embrião do dinheiro de papel que temos hoje, pois com ele, a pessoa podia adquirir mercadorias e bens no grande mercado. Com a contínua expansão desse negócio ilícito e usurário, logo os moneychangers puderam abrir lojas específicas para empréstimos, advindo daí a origem dos bancos modernos.
O primeiro banco central de um país a praticar o fractional reserve lending, ou FRL foi o Bank of England (Banco da Inglaterra), constituído em 1694 e de natureza privada. Era controlado por acionistas fraudulentos e mal-intencionados que utilizaram o mote «people's bank» (banco do povo), para praticar toda a sorte de fraudes visando unicamente o lucro.
As dívidas com o Banco da Inglaterra de centenas de gerações posteriores, representadas ou pela própria monarquia inglesa ou pelo governo, foram asseguradas através da criação de taxas impostas à população, que viriam a se transformar no Imposto de Renda como hoje o conhecemos.
O modelo do Banco da Inglaterra rapidamente se transformou no modelo para os bancos centrais de todos os países no mundo atual. Os agiotas descobriram que é muito mais lucrativo emprestar para monarcas e governos do que para cidadãos comuns. Através da dívida, tornavam-se literalmente credores e soberanos de nações inteiras.
Em suma: os argentários colocavam um banco privado a cargo de todas as finanças e operações econômicas de um país, o que equivale a entregar a nação a uma organização mafiosa que controla a economia com a finalidade de lucro e assim mantém a população totalmente refém de suas políticas financeiras.
No início do século XVIII, cerca de 50 anos depois que o Banco da Inglaterra já estava operando, um alemão chamado Amshel Moses Bauer (1), ourives e agiota que vivia em Frankfurt, na Alemanha, começou um negócio a que denominou de Rothschild, pois a insígnia na porta da loja era uma águia romana sobre um escudo vermelho. Rothschild significa «escudo vermelho» em alemão. O negócio prosperou e em 1743 ele mudou seu próprio nome para Amshel Moses Rothschild. Ele tinha cinco filhos e, ao atingirem a maioridade, ele enviou cada um a uma capital comercial da Europa para emprestar dinheiro a juros, principalmente às monarquias e reinos. O mais velho, Amshel, ficou em Frankfurt; Solomon foi para Viena; Nathan para Londres, Jacob para Paris e Carl para Nápoles.
Assim foram plantadas as sementes que permitiram à mais poderosa e rica família da história do mundo reinar nos séculos seguintes da evolução da humanidade, com o único propósito de lucro e poder, seja qual fosse o custo. Gerações seguidas dos Rothschild e seus correligionários exercem – e continuam exercendo – poder sobre a sociedade mundial, utilizando-se da antiga prática da usura e do fractional reserve lending.
Já donos de uma fortuna incalculável obtida com os empréstimos a todos os países europeus, os Rothschild se envolveram vigorosamente nos financiamentos ao governo inglês para as colônias da América, acabando por indiretamente causar a independência americana quando restringiram o crédito e aumentaram salgadamente as taxas cobradas aos pilgrims. Mesmo após a independência, logo implantaram o modelo de banco central no Novo Continente, para expandir ainda mais os seus lucros.
Durante a primeira metade do século XIX nos Estados Unidos, pelo menos três vezes os opositores do sistema agiotário lograram êxito em fechar o banco, entre eles os presidentes James Madison e Andrew Jackson, mas ele sempre ressurgia.
Foi durante a Guerra Civil americana que os conspiradores lançaram o seu mais bem-sucedido esforço nesse sentido.
Judah Benjamin, principal assessor de Jefferson Davis (na época presidente dos Estados Confederados da América), era um agente dos Rothschild. A família plantou assessores no gabinete do presidente Abraham Lincoln e tentou vender-lhe a idéia de negociar com a Casa de Rothschild. Lincoln desconfiou de suas intenções e rejeitou a oferta, tornando-se inimigo figadal da família e acabou assassinado a tiros num teatro. Investigações sobre o crime revelaram que o assassino era membro de uma sociedade secreta cujo nome jamais foi revelado pois vários altos funcionários do governo americano eram membros.
O fim da guerra civil abortou temporariamente as chances dos Rothschild de colocarem as mãos no sistema monetário dos Estados Unidos, como já faziam com a Inglaterra e todos os países da Europa. Mas apenas temporariamente.
Anos depois, um jovem imigrante, Jacob H. Schiff, chegou a Nova Iorque. Nascido em uma das casas dos Rothschild em Frankfurt, ele chegou à América com um objetivo definido: comprar ações de um grande banco para gradualmente adquirir o controle sobre o sistema financeiro americano. Schiff comprou quotas de participação numa empresa chamada Kuhn & Loeb, uma famosa casa privada de financiamentos. Entretanto, para cumprir sua missão, ele precisaria obter a cooperação de «peixes grandes» do segmento bancário norte-americano. Tarefa difícil para o humilde jovem alemão oriundo dos subúrbios de Frankfurt.
Mas Schiff tinha trunfos: ele era enviado dos Rothschild e ofereceu ações européias de alto valor para distribuição no mercado americano.
Foi no período pós-guerra civil que a indústria americana efetivamente começou a florescer para se transformar no colosso da atualidade. Com a decretação da paz e a expansão para o Oeste, havia estradas-de-ferro para construir, ligando as duas costas continentais do país, além da nascente prospecção petrolífera, das siderúrgicas e das empresas têxteis, para citar apenas algumas. Tudo requeria financiamento e não havia dinheiro suficiente no jovem país do Norte. A Casa de Rothschild ponteava no cenário europeu e tinha recursos abundantes, resultado da vigorosa especulação financeira empreendida em todos os centros comerciais da Europa nos 150 anos anteriores, emprestando dinheiro a monarcas, governos e parlamentares.
O jovem Schiff rapidamente se tornou padrinho de homens como John D. Rockefeller, Andrew Carnegie e Edward Harriman.
Com o dinheiro dos Rothschild, ele financiou a Standard Oil Company (hoje a poderosa ESSO, acrônimo das duas letras que formavam a abreviação da empresa em inglês: S.O. – leia-se ESS-O), as ferrovias Union Pacific Railroad e Southern Pacific Railroad e o império do aço de Carnegie, com sua Carnegie Steel Company, que consagrou a cidade de Pittsburgh, no estado americano da Pennsylvania como a capital mundial do aço.
Foi apenas uma questão de tempo para Jacob Schiff deter o controle da comunidade bancária de Wall Street, em Nova Iorque, que já incluía os Lehman Brothers (2), Goldman-Sachs e outros grupos internacionais até hoje atuantes no mercado financeiro, todos eles desde aquela época controlados pelos Rothschild.
É possível resumir a situação de forma bem simples: Schiff era o «chefe» do mercado financeiro de Nova Iorque e controlava o dinheiro dos Estados Unidos. Assim foi preparado o bote sobre o sistema financeiro americano. Com seus cinco filhos firmemente encastelados em todos os centros financeiros da Europa, a família Rothschild logo ascendeu à posição de mais rica família do planeta. Esta situação persiste até hoje, embora eles professem uma postura de discrição, avessa à mídia e à divulgação. Nenhuma família ou grupo empresarial possui tanto poder e controle financeiro em todos os países do mundo como os Rothschild. E isto há 250 anos.
Sua fabulosa fortuna foi conseguida através da prática do fractional reserve lending (rememorando: empréstimo sem lastro!), que consistia em multiplicar o dinheiro a partir das vastas somas de dinheiro depositadas pelas pessoas em suas casas de custódia (brokerage and escrow houses) espalhadas pela Europa através do empréstimo de dinheiro de papel a monarcas e governos. Uma de suas práticas mais determinadas era a de financiar os dois lados de uma guerra, garantindo assim, no mínimo, a duplicação de seus lucros com os juros cobrados, vencesse quem vencesse (3).
Os moneychangers não se aliavam a determinado partido ou tendência política; para eles só existia a finalidade do lucro. Em algum tempo, a família Rothschild tomou conta de todos os bancos centrais do mundo – voltados unicamente para o lucro e não para a administração da economia dos seus respectivos países – e, com a inteligente operação de sua inesgotável fortuna, tornaram-se agentes determinantes na criação dos Estados Unidos da América, que viria a se tornar o país mais rico e poderoso do mundo.
Não se trata de mera coincidência, pois foi a opressão inglesa sobre o Novo Mundo com a cobrança de taxas pelo Banco da Inglaterra que acabou por desencadear a revolução que criou os EUA.
Benjamim Franklin, inventor, cientista, político e diplomata do século XVIII, artífice da aliança com a França que auxiliou a independência americana, afirmou o seguinte ao Banco da Inglaterra, que tencionava financiar a nova república americana através da estratégia da usura (fractional reserve lending): «É muito simples. Aqui nas colônias nós emitimos nossa própria moeda, que se chama Colonial Script (4). Emitimo-la na exata proporção das necessidades do comércio e da indústria, para tornar os produtos mais móveis entre os produtores e os consumidores. Desta forma, criando nosso próprio dinheiro de papel, controlamos o seu poder de compra e não precisamos pagar juros a ninguém».
O controle do sistema monetário dos EUA está totalmente investido no Congresso Americano, eis porque Jacob Schiff seduziu os parlamentares a elaborar a Carta Magna estadunidense e passar seu controle aos moneychangers.
Para que essa transição fosse integralmente bem-sucedida e a população do país não pudesse fazer nada a respeito, seria necessário que o congresso americano promulgasse uma peça de lei específica. Como conseguir isso? Através de um presidente sem moral e sem escrúpulos, que assinasse o projeto de lei.
Nos quase 200 anos que se passaram entre a independência americana e a criação do Federal Reserve Bank (Banco Central dos Estados Unidos), popularmente conhecido como «FED», várias vezes a família Rothschild tentou controlar a emissão de moeda nos EUA. Em cada tentativa, eles procuraram estabelecer um banco central privado, operando apenas com a finalidade de lucro e não para administrar ou proteger a economia americana.
Cada uma dessas tentativas até 1913 recebeu firme oposição de políticos decentes e honestos, a maioria dos quais acabou assassinada por encomenda dos moneychangers.
O FED começou a operar com cerca de 300 pessoas e outros bancos que adquiriram quotas de 100 dólares (a empresa é fechada, não negocia ações em bolsa) e se tornaram proprietários do Federal Reserve System. Criaram uma mastodôntica estrutura financeira internacional com ativos incalculáveis, na casa dos trilhões de dólares.
O sistema FED arrecada bilhões de dólares em juros anualmente e distribui os lucros aos seus acionistas. Some-se a isso o fato de que o congresso americano concedeu ao FED o direito de emitir moeda através do Tesouro Americano (Dept. of the Treasury) sem cobrança de juros. O FED imprime dinheiro sem lastro, sem qualquer cobertura, e empresta-o a todas as pessoas através da rede de bancos afiliados, cobrando juros por isso. A instituição também compra dívidas governamentais com dinheiro impresso sem lastro e cobra juros ao governo americano que acabam incidindo sobre as contas do cidadão comum pagador de impostos.
O Federal Reserve Bank (Banco Central Americano) é, na realidade, a ponta-líder de um conglomerado de bancos internacionais e pessoas físicas unicamente dedicados a perseguir o lucro, todos a seguir identificados, o que constituiu a revelação de um dos maiores segredos dos últimos 100 anos:
- Rothschild Bank of London
- Warburg Bank of Hamburg
- Rothschild Bank of Berlin
- Lehman Brothers of New York *
- Lazard Brothers of Paris
- Kuhn Loeb Bank of New York
- Israel Moses Seif Banks of Italy
- Goldman Sachs of New York
- Warburg Bank of Amsterdam
- Chase Manhattan Bank of New York
- First National Bank of New York
- James Stillman
- National City Bank of New York
- Mary W. Harnman
- National Bank of Commerce, New York
- A.D. Jiullard
- Hanover National Bank, New York
- Jacob Schiff
- Chase National Bank, New York
- Thomas F. Ryan
- Paul Warburg
- William Rockefeller
- Levi P. Morton
- M.T. Pyne
- George F. Baker
- Percy Pyne
- Mrs. G.F. St. George
- J.W. Sterling
- Katherine St. George
- H.P. Davidson
- J.P. Morgan (Equitable Life/Mutual Life)
- Edith Brevour
- T. Baker
* A empresa Lehman Brothers foi uma das primeiras grandes a quebrar na atual crise financeira.
Veio o século XX e os moneychangers, sempre representados pelos Rothschilds e seus áulicos, já estavam firmemente estabelecidos com seus bancos centrais e sua prática do fractional reserve lending (empréstimo sem lastro) em todas as grandes capitais européias.
Era a hora de devotar atenção total aos Estados Unidos da América, a nova nação emergente do mundo. Ainda não existia um banco central americano, pois as várias tentativas de estabelecê-lo ao longo do século XIX foram infrutíferas.
Finalmente, em 23.12.1913, durante um recesso de Natal do congresso em que apenas três senadores retornaram à capital, Washington, para votar, foi perpetrado um dos maiores atos de vilipêndio contra o povo americano de que se tem notícia.
Sob a presidência de Woodrow Wilson, um democrata que chegou ao cargo alardeando a bandeira de nunca permitir a criação de um banco central, foi promulgado o Federal Reserve Act (Ato da Reserva Federal), que instituiu um banco central privado, «disfarçado», não apenas para dominar a emissão de moeda mas também para cobrar juros sobre essa emissão. Nada mais do que a milenar prática da usura.
Uma verdadeira quadrilha estava em ação naquela época, dedicada a alimentar o sucesso da prática do empréstimo sem lastro, que incluía J.P. Morgan (John Pierpont Morgan) (5) e que serviria de fundamento para a passagem tranqüila da legislação que criou o Federal Reserve Bank, o banco central dos Estados Unidos. Todos foram escolhidos a dedo pelos Rothschild e preparados para esse desfecho em 1913.
Já famoso e muito rico, J.P. Morgan, que circulava com desenvoltura em todos os altos escalões do governo americano, começou a procurar um futuro presidente que apoiasse as idéias dos moneychangers de criar um banco central privado, com a finalidade primígena de lucro. Foi assim que conheceu Woodrow Wilson, então reitor da Universidade de Princeton, no estado de Nova Jérsei.
O Federal Reserve System foi o desdobramento direto dessa aproximação de Morgan com Woodrow Wilson, mesmo diante das várias e infrutíferas tentativas de criar um banco central nos EUA ao longo do século XIX e que resultaram em pelo menos dois presidentes assassinados por oporem-se a essa idéia.
O simples apoio de Wilson às idéias dos moneychangers constituiu um ato de alta traição. Um dos comentários públicos de Wilson sobre o assunto teria sido o seguinte: «Todos os nossos problemas econômicos seriam solucionados se apontássemos um comitê de seis ou sete figuras públicas e homens espirituosos como J.P. Morgan para cuidar dos assuntos de nosso país». Essa assertiva confirmou as circunstâncias da verdadeira usurpação que os moneychangers estavam prestes a praticar para adquirir o controle fiscal e monetário dos Estados Unidos.
O deputado republicano Charles A. Lindbergh, do estado de Minnesota, declarou: «Aqueles que não simpatizam com o poder financeiro dessa turma serão banidos dos negócios e a população será atemorizada com as mudanças nas leis bancárias e monetárias».
Os inocentes cidadãos americanos foram mais uma vez tragados para a noção da criação de um banco central e a conseqüente escravização econômica.
O senador Nelson Aldrich, de Rhode Island, se tornou o líder da National Monetary Commission, composta de moneychangers fiéis a J.P. Morgan. A finalidade desta comissão era estudar e recomendar ao congresso americano mudanças no sistema bancário do país para eliminar quaisquer problemas que surgissem da oposição à intenção primordial de lucro financeiro.
O senador Aldrich era o porta-voz das mais abastadas famílias da América, estabelecidas na costa leste. Sua filha casou-se com John D. Rockefeller Junior e deles nasceram cinco filhos: John, Nelson (que se tornou vice-presidente em 1974), Lawrence, Winthrop e David, depois dono e chairman do Chase Manhattan Bank. Assim que a comissão foi instalada, o senador Aldrich embarcou num tour de dois anos pela Europa, para consultas com os bancos centrais do velho continente (Inglaterra, França e Alemanha). Somente a viagem custou aos cofres públicos americanos cerca de US$ 300 mil, uma soma fabulosa para aqueles tempos.
Logo após seu retorno em 1910, Aldrich reuniu-se com alguns dos mais ricos e poderosos homens americanos em seu vagão ferroviário privativo e todos partiram secretamente para uma ilha na costa do estado da Geórgia, Jekyll Island.
Junto com eles viajou um certo Paul Warburg, que recebia um salário de US$ 500 mil anuais pagos pela empresa Kuhn, Loeb & Co. para conseguir a aprovação da lei de criação do banco central americano e era sócio de ninguém menos do que o alemão Jacob Schiff, neto do homem que se associou à família Rothschild em Frankfurt. Na época, Schiff estava envolvido na derrubada do czar russo, empreitada que custou uns US$ 20 milhões e iniciou a revolução bolchevique que desaguaria na União Soviética.
Essas três famílias financeiras européias, os Rothschild, os Schiff e os Warburg estavam todas ligadas pelo matrimônio ao longo dos anos, assim como os Rockefeller, Morgan e Aldrich nos EUA. O segredo desta reunião insular na Geórgia foi tão grande que os participantes foram instruídos a usar somente seus primeiros nomes para evitar que serviçais e criados descobrissem suas verdadeiras identidades.
Anos depois, um dos participantes dessa secretíssima reunião, Frank Vanderlip, presidente do National City Bank of New York, representante e protegido da família Rockefeller, confirmou a realização do evento. Citado numa reportagem do jornal Saturday Evening Post de 09.02.1935 ele disse: «Eu me portei secretamente e furtivamente como qualquer conspirador. Nós sabíamos que se vazasse qualquer informação de que estávamos impondo ao congresso americano uma nova legislação bancária não teríamos a menor chance de sua aprovação».
A idéia principal da reunião em Jekyll Island era desdobrar a intenção principal de reintroduzir um banco central privado para controlar o dinheiro dos Estados Unidos. Não para o povo americano, mas para os moneychangers da Europa e de Nova Iorque. A atração do fractional reserve lending (empréstimo sem lastro) era simplesmente irresistível para os gananciosos argentários.
Essa conspiração dos banqueiros privados americanos para seqüestrar a economia americana se tornava cada vez mais importante diante da competição dos pequenos bancos estatais do país. Como o próprio senador Aldrich diria anos depois: «Antes da promulgação do Federal Reserve Act (em 1913) os banqueiros novaiorquinos dominavam apenas as reservas monetárias de Nova Iorque. Agora controlamos as reservas do país inteiro.» John Rockefeller disse a respeito: «A competição é um pecado, temos que demovê-lo».
O crescimento da economia americana prosperou e as grandes corporações do país começaram a se expandir a partir de seus fabulosos lucros. Como os moneychangers não possuíam voz ativa sobre essa expansão, que se processava em nível corporativo longe de seus tentáculos pois a indústria estava se tornando independente deles, algo tinha que ser feito para mudar a situação.
O nome do banco central americano consagrado naquela reunião secreta de Jekyll Island, na Geórgia, Federal Reserve Bank, foi escolhido para dar a impressão de que a instituição era pública, sem fins lucrativos e para administrar a economia americana em nome dos cidadãos contribuintes.
Ledo engano. O nome foi apenas uma cortina de fumaça para esconder a intenção monopolista e opositora à concorrência da nova instituição, que tinha a exclusividade de imprimir as cédulas do dinheiro americano, criando dinheiro do nada, sem qualquer tipo de lastro ou reservas e emprestando-o às pessoas sob juros.
Mas como é mesmo que o FED cria dinheiro do nada? Comecemos com os bonds, ou Letras do Tesouro. São promessas de pagamento (ou IOUs, no acrônimo em inglês, originado de I owe you, «eu devo a você»). As pessoas compram esses títulos para garantir uma taxa de juros segura no resgate futuro. Ao final do prazo do papel, o governo repaga o valor principal mais juros e o título é destruído. Atualmente existem cerca de US$ 5 trilhões desses papéis em poder do público.
Agora, eis os quatro passos adotados pelo banco central americano para criar dinheiro do nada:
O Federal Open Market Committee (Comitê Federal do Mercado Aberto) aprova a compra de letras do Tesouro Americano no mercado aberto. Esses títulos são comprados pelo banco central americano, o Federal Reserve Bank. O FED paga pelos títulos com créditos eletrônicos emitidos em favor do banco vendedor. Esses créditos não têm origem, não possuem qualquer lastro. O FED simplesmente os cria e os bancos utilizam esses depósitos como reservas. Como segundo a prática do fractional reserve banking (6), ou FRB, os bancos podem emprestar dez vezes mais do que o valor efetivo de suas reservas e sempre a juros, rapidamente eles conseguem produzir dinheiro do nada quando os tomadores começam a pagar os seus empréstimos. Que por sua vez surgiram do nada. O sistema FRB permite aos bancos não ter lastro em caixa equivalente aos depósitos dos clientes, vale dizer, se todos os correntistas resolvessem sacar o seu dinheiro o banco não teria como pagá-los, como aconteceu no crash da bolsa de Wall Street em 1929, do qual os moneychangers foram os únicos beneficiários e retomaram todas as propriedades e os bens do povo americano para revendê-los nos anos seguintes com grande lucro. O presente lembra alguma coisa?
Desta forma, se o FED adquirir, digamos, US$ 1 milhão em títulos, este valor se transformará automaticamente em US$ 10 milhões, do nada, sem qualquer lastro ou cobertura. O FED simplesmente aciona sua gráfica e «imprime» os outros US$ 9 milhões e começa a emprestar o dinheiro a juros no mercado, através da rede bancária comercial. Assim, o BC americano cria 10% do total desse dinheiro novo e os demais bancos criam os 90% restantes. Isto expande a quantidade de dinheiro em circulação e amplia o crédito e o consumo, levando as pessoas a comprarem mais e gastarem mais, inflando as estatísticas de crescimento nacional.
Mas a verdadeira intenção desta operação é mais sinistra. Pretende o controle absoluto sobre a economia. Para reduzir a quantidade de moeda circulante e provocar uma recessão, o processo é simplesmente revertido. O FED vende os títulos ao público e o dinheiro sai dos bancos dos adquirentes. Os empréstimos têm que ser reduzidos em dez vezes o valor da venda porque, como vimos, o FED criou US$ 9 milhões do nada.
Mas a dúvida persiste: como estas operações deliberadas de inflação e deflação beneficiaram os grandes banqueiros privados que se reuniram secretamente em Jekyll Island para planejar a monopolização do sistema monetário americano e dominar a emissão de moeda?
Simples. Modificou radicalmente a reforma bancária realmente necessária para criar um sistema de financiamento público livre de dívidas, como os greenbacks (7) do pres. Abraham Lincoln, representados por papel-moeda impresso e emitido pelo governo americano durante a Guerra Civil americana (1861-1865), um conflito entre os estados do norte contra os do sul.
Lincoln, tal como seus antecessores Jackson (8) e Madison (9), era radicalmente contra o estabelecimento de um banco central, pois já conhecia a estratégia dos moneychangers. Ele favorecia a emissão da moeda nacional diretamente pelo Tesouro, um departamento cuja função era exatamente essa, a de atuar como administrador da corrência do país. Quando o Tesouro emite moeda, cada dólar impresso vale exatamente isso: um dólar, pois nasce consagrado pela confiança da população e pela certeza de que o dinheiro está sendo emitido sem especulação, sem incidência de juros.
O dinheiro emitido pelo Federal Reserve, por outro lado, é exatamente o oposto. Traz embutidos juros e tem a intenção firme de lucrar ao ser «emprestado» ao governo, pois é isso o que o banco central faz: empresta dinheiro ao governo americano a juros.
Em outras palavras, a tão propalada missão de «guardião da moeda», e «banco do povo», conceitos consagrados lá atrás através da criação do Banco da Inglaterra, nada mais é do que lucrar a qualquer custo e ainda controlar a emissão de moeda de um país. A estrutura do banco central favorece a centralização da oferta de moeda nas mãos de algumas poucas pessoas, com pouquíssmo controle político exercido pelo governo estabelecido.
Desde a proclamação da independência americana que políticos sérios e comprometidos com o desenvolvimento e o bem-estar da população da América se insurgiram contra os moneychangers. Em carta dirigida ao secretário do Tesouro, Thomas Jefferson disse em 1802: «Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que exércitos armados. Se o povo americano autorizar bancos privados a controlar a emissão de sua moeda, primeiro através da inflação e depois pela deflação, os bancos e as grandes corporações que crescerão em volta deles gradualmente controlarão a vida econômica das pessoas, privando-as de todo o seu patrimônio até o dia em que seus filhos acordem sem-teto, no continente que seus pais e avós conquistaram». O que acontece agora não é exatamente isso?
Basta examinarmos o sistema de indicação política do presidente do FED, (atualmente Paul Bernanke). O chefe do FED é indicado pelo presidente da república mas tem mandato de 14 anos, separado da autoridade eleita pelo povo, muitas vezes perpetuando-se no cargo. Notórios presidentes do banco como Paul Volcker e Alan Greenspan constituem os verdadeiros «xerifes» da economia americana, e, por conseguinte, exercem influência planetária. São conhecidos no meio financista como «Oráculos».
A criação do Federal Reserve Bank em 1913, consolidou definitivamente o controle dos moneychangers sobre o sistema financeiro americano, impedindo o retorno de uma política monetária de financiamento público livre de dívidas como os greenbacks de Lincoln e permitindo aos banqueiros criar 90% do dinheiro dos Estados Unidos baseado apenas no conceito de fractional reserves (reservas fracionais, sem lastro que garantisse a totalidade dos recursos) e emprestá-lo a juros.
Menos de duas décadas após sua criação, a grande contração de crédito realizada pelo FED no início dos anos 30 do século XX causaria a Grande Depressão de 1929. A independência do Banco Central americano só aumentou desde então, através da promulgação de inúmeras novas leis.
A estratégia para enganar o público e fazê-lo pensar que o FED era controlado pelo governo foi a criação de uma junta governante (board of governors) apontada pelo presidente do país e aprovada pelo senado. Os banqueiros tinham apenas que garantir que seus correligionários fossem os escolhidos para a junta, o que não era difícil, já que os banqueiros tinham dinheiro e dinheiro e dinheiro para comprar a necessária influência política em qualquer lugar do mundo.
Logo após a reunião secreta de Jekyll Island, teve lugar uma verdadeira blitz de relações públicas. Os grandes banqueiros de Nova Iorque criaram um fundo educacional de US$ 5 milhões para financiar professores em universidades americanas importantes, em troca de apoio ao novo banco central. O primeiro a ser cooptado foi justamente Woodrow Wilson, de Princeton, que viria a ser tornar presidente dos EUA.
Uma das primeiras ações legislativas dos moneychangers com o novo FED foi uma lei conhecida como Aldrich Bill («lei Aldrich») que logo foi apelidada pelo público como Banker's Bill, pois beneficiava apenas as grandes instituições financeiras.
O congressista Lindbergh, pai do famoso aviador Charles Lindbergh que pela primeira vez cruzou o Atlântico sem escalas em 1927 voando num monomotor, disse: «O plano de Aldrich é o plano de Wall Street. Significa novo pânico financeiro, se necessário, para intimidar a população. O político Aldrich, pago pelo governo americano para representar o povo no congresso, em vez disso, está propondo um plano para o grande capital».
A lei não foi aprovada. Os moneychangers então, através dos banqueiros novaiorquinos, financiaram Woodrow Wilson como o candidato democrata à presidência dos EUA. Coube ao filantropo e financista Bernard Baruch a tarefa de «doutrinar» Wilson nesse sentido, em 1912.
Tudo estava pronto para o ataque final dos moneychangers europeus ao sistema financeiro do Novo Mundo. Essa luta já vinha desde os tempos da presidência de Andrew Jackson, ferrenho opositor da idéia de um banco central privado. Mas a capacidade de manobra do dinheiro logo se revelaria determinante, quando William Jennings Bryan, assessor de Jackson e vigoroso obstáculo entre os moneychangers e seu objetivo, sem saber da doutrinação empreendida por Baruch, apoiou a candidatura democrata de Wilson. Logo seriam traídos.
Durante a campanha presidencial, os democratas tiveram o cuidado de «fingir» que oposicionavam a lei Aldrich. Vinte anos depois, o congressista Louis McFadden, democrata da Pennsylvania, diria: «A lei Aldrich foi abandonada no nascedouro quando Woodrow Wilson foi nomeado candidato à presidência americana». Os líderes democratas prometeram à população que se fossem guindados ao poder não estabeleceriam um banco central para controlar as finanças da nação. Treze meses depois esta promessa foi quebrada e a nova administração do presidente eleito Wilson, sob a égide das sinistras figuras de Wall Street, estabeleceu a monárquica instituição do «banco do rei», nos mesmos moldes do Banco da Inglaterra, para controlar integralmente o sistema monetário dos Estados Unidos da América.
Após a eleição de Wilson, os magnatas J.P. Morgan, Warburg e Baruch apresentaram um novo projeto de lei, que Warburg denominou de Federal Reserve System. O partido democrata ovacionou o projeto, apontando-o como radicalmente diferente da lei Aldrich. Na realidade, a lei era praticamente idêntica em quase todos os seus aspectos.
E foi assim que, no dia 22 de dezembro de 1913, às 11h da manhã, com um quorum ínfimo de apenas três senadores e apoiada pelo próprio presidente Woodrow Wilson, o Federal Reserve Act foi aprovado sem dissidências. Naquele mesmo dia, o congressista Lindbergh alertara: «Essa lei estabelece um mastodôntico feudo monetário (money trust) na Terra. Quando o presidente assiná-la, um governo invisível representado pelo poder monetário será legalizado em nosso país. As pessoas podem não perceber imediatamente, mas a verdade virá à tona no futuro. O pior crime legislativo da História está sendo perpetrado por essa lei dos banqueiros».
Esse verdadeiro ato de ganância e traição ao povo americano foi o resultado de uma longa batalha entre os moneychangers da Europa e os políticos americanos honestos. O sistema de fractional reserve lending (empréstimo sem lastro) seria para sempre o desejo dos mercadores, agiotas e usurários e efetivamente nunca mudou desde o início do Renascimento quando começou a ser praticado.
Outro ingrediente fundamental dessa equação era a taxação do povo e que foi consagrada na nova lei. A constituição americana, tal como foi redigida, não apenas precluía o governo de editar quaisquer leis (essa prerrogativa cabia somente ao congresso) como também vetava a imposição de quaisquer taxas sobre a população. Apenas os estados podiam criar taxas e emolumentos, como fora o desejo dos founding fathers.
A curiosa coincidência é que apenas semanas antes da promulgação do Federal Reserve Act, o congresso havia aprovado uma lei criando o imposto de renda. Até hoje historiadores e estudiosos têm dúvidas se esta lei foi adequadamente ratificada antes de entrar em vigor.
O modelo de banco central criado pelos moneychangers nos Estados Unidos, com fundamento no pioneiro Bank of England, ganharia o mundo no século XX e hoje todos os países do planeta possuem um banco central igual ou similar, baseado num sistema de impostos como garantia do dinheiro que emprestam, a juros, aos governos de seus próprios países, literalmente mantendo esses governos e a população reféns de suas gananciosas políticas monetárias, expandindo e contraindo o crédito como melhor lhes apraz. O líder inconteste dessa atividade é o FED americano, que «dita as regras» para seus congêneres em redor do mundo, mas o mecanismo é exatamente esse.
Como o FED é um banco privado, sua intenção primordial é criar grandes dívidas junto ao governo e aplicar juros sobre elas e, como garantia de pagamento, precisa de um sistema de impostos à prova de erros!
Desde os primórdios das atividades da família Rothschild na Europa que os moneychangers sabiam que a única garantia real de recuperar os seus empréstimos a reis, monarcas e governos era o direito do devedor de taxar a população.
Em 1895 a Suprema Corte americana considerou inconstitucional uma forma similar de taxação do público. Mais uma vez o senador Aldrich veio em socorro dos moneychangers e empreendeu vigoroso lobby no congresso para provar que a nova taxação era necessária. E sucedeu. Seus colegas congressistas acederam, sem se dar conta de que haviam votado o «elo perdido» do tabuleiro de xadrez dos moneychangers em sua jornada para dominar os Estados Unidos da América no século seguinte, bem como o resto do mundo com seu conceito de «bancos centrais independentes».
Em outubro de 1913 o senador Aldrich apresentou novo projeto de lei fiscal no congresso, dando ao governo federal o direito de cobrar impostos, o que era apenas permitido aos estados da união. Para os moneychangers era essencial que o governo federal pudesse taxar a população, sob pena de não conseguirem dar seguimento à estratégia de criação de dívidas crescentes com aplicação de juros. Essa estratégia foi repetida em todos os países do mundo durante o século XX até que todos se tornassem devedores de seus bancos centrais e garantissem os empréstimos através da cobrança de impostos ao público.
Revendo a história do século XX e a dos Estados Unidos em particular, podemos observar claramente como a sombra gananciosa e sinistra dos poderosos moneychangers manipula a agenda planetária até hoje. A prática de financiar os dois lados de um conflito, por exemplo, tornou-se uma de suas atividades regulares, opondo o capitalismo ao comunismo e este ao socialismo, religiões contra religiões e raças contra raças.
Durante todo o século passado, e até este momento, os moneychangers, que não têm país, bandeira, hino ou deus, tiveram o controle em suas mãos.
Eles financiavam um dos lados até que estivesse suficientemente forte e pronto para uma guerra, depois financiavam o lado oposto e deixavam ambos se destruírem até ficarem sem recursos. A solução para ambos os oponentes saírem do fundo do poço em que se haviam atirado era criar mais e mais impostos para satisfazer a ganância e a usura dos argentários (10).
Não é difícil pintar o quadro real desta fraude. O risco que os moneychangers corriam era mínimo, pois os empréstimos que faziam eram apenas constituídos de cédulas de papel criadas do nada, através do sistema do fractional reserve lending (empréstimo sem lastro). A prática se tornou até mais fácil com o advento dos computadores, que simplesmente adicionaram mais zeros às operações. Os cidadãos dos países devedores eram a garantia dos empréstimos enquanto continuavam a pagar seus impostos e estavam submetidos às diretrizes de seus governos estabelecidos.
Foi assim que os moneychangers europeus ganharam controle sobre as inocentes massas da civilização do planeta e continuam a detê-lo na atualidade.
Para termos uma idéia da ativa participação dos moneychangers na Primeira Grande Guerra (1914-1918) é preciso entender que o conflito era essencialmente entre a Rússia e a Alemanha. A França e a Inglaterra foram partícipes involuntários. Entretanto, ambos os países tinham membros da família Rothschild no controle de seus bancos centrais, mantendo-os reféns econômicos juntamente com suas colônias ultramarinas. Os moneychangers insuflaram a guerra sob o pretexto da defesa nacional, financiando todos os lados envolvidos até a exaustão física e material. Depois de quatro anos de derramamento de sangue, os argentários reuniram-se com todos os envolvidos e desenvolveram um sistema de taxação para pagar as dívidas de guerra, que acabaria por desencadear o surgimento do nazismo e a eclosão da II Guerra Mundial, que funcionou da mesma forma.
A grande restrição creditícia imposta pelo FED no início dos anos 30 causou a quebra da bolsa novaiorquina de 1929, com impacto em todo o mundo. O presidente Roosevelt acabou por falir a economia americana ao ceder a todos os mandamentos dos moneychangers, inclusive confiscando todo o ouro em poder do público e aplicando severas sanções a quem não o entregasse. Foi assim que surgiu Fort Knox, um dos grandes embustes americanos, famoso na literatura e no cinema por guardar uma imensa fortuna em barras de ouro, mas, que, na realidade, nunca foi auditado desde sua criação há mais de seis décadas e suspeita-se que tenha pouco ou nenhum ouro guardado atualmente, que teria sido enviado aos bancos europeus como garantia de empréstimos feitos pelos argentários ao governo dos EUA.
Dez anos depois do crash, em 1939, todos os players de um lado e de outro do Atlântico estavam tão depauperados que uma nova guerra tornou-se iminente. Os moneychangers, principalmente através do FED americano, financiaram todos os lados e aguardaram a eclosão do conflito. Até os nazistas receberam dinheiro deles.
O projeto Manhattan, que deu aos Estados Unidos a bomba atômica, foi o coup de gras dos especuladores, viabilizando a emergência dos americanos como primeira potência mundial, mas também criou as condições essenciais para a Guerra Fria entre os americanos e a União Soviética, mais um projeto de alta lucratividade para os moneychangers nas décadas seguintes com a corrida armamentista bipolar.
As guerras da Coréia (1950-1953) e do Vietnam (1959-1975) são exemplos das práticas do fractional reserve lending arquitetadas pelos bancos centrais para prover os governos de recursos para custear os conflitos, então já sob o controle global dos moneychangers.
O assassinato do presidente Kennedy em Dallas, Texas, em 1963, é uma repetição das circunstâncias envolvendo a era de Jesus há 2.000 anos. No dia 30.06.1963, Kennedy promulgou a Ordem Executiva número 11.110, retirando do FED o poder de emprestar dinheiro a juros ao governo federal norte-americano. Com uma canetada, o pres. Kennedy criou as condições para encerrar as atividades do Banco Central americano. Essa ordem restaurou ao Depto. do Tesouro o poder de emitir dinheiro sem passar pelo FED e, portanto, sem cobrança de juros. O dólar deixou de ser nomeado Federal Reserve Note e passou a ser emitido como United States Note e não seria mais emprestado ao governo, seria impresso por ele, sem juros.
Essa lei foi sua sentença de morte. Cinco meses depois, em 22.11.63, Kennedy foi assassinado em Dallas por Lee Oswald, que por sua vez foi morto a tiros por Jack Ruby no dia em que daria seu primeiro depoimento público sobre o caso. Jesus também confrontou os moneychangers e o tribunal Sanhedrin do templo judeu revelando sua ganância monetária e acabou morto.
Diante da possibilidade de perder o controle das massas e o direito de cobrar taxas e impostos, os moneychangers agem rápida e violentamente.
Alguém ainda tem dúvida sobre a origem da atual crise econômica que assola o planeta, iniciada com a retomada dos imóveis da categoria sub-prime e depois com o desmantelamento da «bolha» de investimentos de Wall Street, cujos efeitos irão impactar severamente todos os países do mundo, lamentavelmente os mais pobres com mais crueldade?
Fica fácil compreender o papel dos bancos centrais mundiais, liderados pelo FED em todas essas crises.
Quem é mesmo que está emprestando cerca de US$ 850 bilhões ao mercado nos EUA, injetando dinheiro nas empresas e nos bancos? Ele mesmo, o FED.
Desta forma, expandindo e contraindo o dinheiro em circulação no mercado, os bancos maiores retomam ativos e o patrimônio das pessoas por uma bagatela e os revendem a preços usurários. Milhões de pessoas e negócios vão à falência, perdem suas casas e até a roupa do corpo, enquanto os moneychangers continuam sua opulenta trajetória de acumulação de dinheiro e poder.
Desconhecidas pela grande maioria das pessoas no planeta, essas informações estão a clamar uma decisão séria e definitiva da população diante desse cruel sistema de ganância e poder exercido por um pequeno grupo há mais de 300 anos, em contrapartida aos ensinamentos de amor ao próximo, irmandade e temor a Deus professados pela religião.
Será que somos suficientemente civilizados para tomar esta decisão de forma adequada, quer individual ou coletivamente, para as futuras gerações? Ou também nós, diante do dinheiro e de todas as oportunidades e do poder que ele oferece, seremos tomados pela ganância e pela usura?
Uma coisa é certa. A civilização contemporânea, tal como está estabelecida, não subsistirá por muito mais tempo. Os problemas gerados pela cultura do dinheiro, do lucro, da ganância e do individualismo já estão destruindo a natureza do planeta de forma irreversível para os nossos descendentes. Aí reside o cerne da delicada decisão que nossa civilização terá que adotar, mais cedo ou mais tarde.
Se não enfrentarmos vigorosamente o embate milenar entre fortes × fracos e ricos × pobres, buscando ascender a uma consciência coletiva mais humana e amorosa e suprimindo os valores argentários, estaremos certamente acelerando nosso caminho para o fim.
É preciso que alcancemos sabedoria através de um renascimento espiritual, se quisermos deitar o pavimento para a sobrevivência das gerações futuras.
Todas as citações deste artigo, quer no texto principal, quer nos rodapés, podem ser conferidas em livros e matérias atuais e da época ou diretamente pela Internet, através de ferramentas de busca como o Google e outros.
NOTAS DE RODAPÉ E REFERÊNCIAS
(1) Pai de Mayer Amschel Rothschild, autor da afirmação que abre o texto (acima).
(2) Pela primeira vez em sua história, a empresa Lehman Brothers viu-se enredada em problemas especulativos e pediu concordata no início de setembro/2008 para evitar a falência.
(3) A respeito, veja a história do conflito de Waterloo no Google, utilizando as palavras chave «Waterloo» + «Nathan Rothschild». É importante realizar a pesquisa com as aspas e o sinal de mais para atingir o resultado esperado.
(4) Veja no Google, sempre entre aspas para «focar» a pesquisa.
(5) Banqueiro, financista e colecionador de arte americano que dominou o financiamento corporativo e a consolidação industrial no século XIX, ele articulou a fusão das empresas Edison General Electric e Thompson-Houston Electric Company que se transformou na General Electric, a conhecida GE. Também participou ativamente da criação da United States Steel Corporation, fruto da união da Federal Steel Company com a Carnegie Steel Company, que se tornou uma das grandes siderúrgicas americanas. Doou grande parte de sua fabulosa coleção de arte ao Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.
(6) Fractional Reserve Banking = Sistema Bancário de Reserva Fracional, em que apenas uma pequena fração (às vezes até nenhuma, zero) dos depósitos bancários tem lastro em moeda corrente disponível para saque dos depositantes.
(7) Greenback = verso verde. Os dólares impressos por determinação do presidente Abraham Lincoln tinham o verso em cor verde, para diferenciá-los das demais cédulas da moeda americana.
(8) Do presidente Andrew Jackson, ao expulsar uma delegação de banqueiros internacionais do Salão Oval da Casa Branca: «Vocês são um ninho de vespas e ladrões cuja única intenção é acampar em torno da administração federal americana com sua aristocracia monetária perigosa para as liberdades do país».
(9) Do presidente James Madison (quarto presidente americano): «A história registra que os moneychangers se utilizaram de toda sorte de abusos, intrigas e de todos os meios violentos possíveis para manter o controle sobre governos através da emissão de moeda».
(10) A propósito, leia sobre «A República de Weimar», período de inflação galopante na Alemanha entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, em que o poder de compra do marco alemão foi completamente pulverizado pela altas taxas cobradas dos países aliados vencedores do conflito.
* Sobre o autor:
Nehemias Gueiros, Jr. – Advogado especializado em Direito Autoral e CyberLaw Prof. da Fundação Getúlio Vargas/RJ. Professor da pós-graduação da Escola Superior de Advocacia da OAB/RJ e Consultor Jurídico do site CONJUR, Rio de Janeiro, BRASIL.
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