Nesta terça-feira (25), a Polícia Federal iniciou a Operação Krull com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas. O grupo criminoso era chefiado por um dos principais fornecedores de drogas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Cerca de 100 policiais cumprem 16 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.
A PF investigava a organização criminosa há um ano e meio. O líder da quadrilha, que cumpria pena em regime aberto em Juiz de Fora (MG), articulava, desde Iturama (MG), todos os movimentos do grupo. Nessa cidade, ele se apresentava como pecuarista.
A PF também identificou outro membro do grupo que desempenhava importante papel na organização criminosa. Ele ficou conhecido pelo envolvimento no furto ao Banco Central de Fortaleza em 2005 e atualmente controlava o tráfico de drogas na segunda maior favela paulista.
Conforme as investigações, a droga era armazenada e transportada posteriormente em veículos com compartimentos ocultos até os compradores finais em São Paulo e Rio de Janeiro. O pagamento era feito por envio ou coleta de dinheiro, em reais ou dólares, depósitos em contas bancárias próprias ou de terceiros, ou, ainda, por remessa de dólares por meio de casas de câmbio.
Os presos durante a ação responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e organização criminosa, que pode resultar em até 23 anos de prisão. Pelo menos duas pessoas ainda são procuradas, entre elas um dos pilotos da quadrilha.
Atuação da quadrilha
A quadrilha adquiria cocaína na Bolívia e a trazia para o território brasileiro por meio de aeronaves, utilizando pistas geralmente localizadas na zona rural, nas divisas entre os estados de Minas Gerais e Goiás, ou por via terrestre, entrando no Brasil por Corumbá (MS). A droga era armazenada e posteriormente transportada em veículos com compartimentos ocultos até os compradores finais, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro (RJ).
Segundo a Polícia Federal, o pagamento pela droga era feito através de envio ou coleta de dinheiro (reais ou dólares), depósitos em contas bancárias próprias ou de terceiros ou ainda através de remessa de dólares por meio de casas de câmbio.
A fim de desarticular o poder econômico da quadrilha, algumas medidas judiciais foram tomadas, como o bloqueio de valores e ativos depositados em bancos tendo como titulares pessoas físicas e empresas detentoras de 28 CPFs e quatro CNPJs, sequestro de bens, veículos e aeronaves utilizadas no tráfico.
Desde o ano passado, as investigações relacionadas à Operação 'Krull' resultaram na apreensão de 721 quilos de cocaína, um caminhão, R$ 400 mil, US$ 400 mil, além da prisão em flagrante de 16 pessoas.
Operação 'Krull'
Durante coletiva, o delegado da Polícia Federal em Uberaba, André Gebrim Vieira da Silva, divulgou o balanço parcial da Operação "Krull": Dos 16 mandados de prisão, 13 já foram cumpridos em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Duas armas foram apreendidas. A operação ainda está em andamento.
Segundo o delegado, que é executor da operação, durante a investigação, que durou um ano e meio, foi calculada a movimentação de, aproximadamente, uma tonelada mensal de pasta base de cocaína, o que equivale em torno de R$ 14 milhões mensais.
“No início, o grupo alugava aeronaves para fazer o transporte. Mas, com o passar do tempo, conseguiram comprar os próprios aviões. Um deles, inclusive, pegou fogo e explodiu na Bolívia”, comenta o delegado.
“Ao longo da investigação, foram coletadas provas, que resultaram na deflagração da operação. A quadrilha utilizava aeronaves próprias para fazer o transporte da droga. Além disso, a quadrilha usava algumas áreas rurais do Triângulo Mineiro para receber parte do material”, explicou.
Ainda de acordo com o delegado, o homem de 45 anos, que já teria sido um dos principais fornecedores de drogas para uma facção criminosa que atua no estado de São Paulo e líder da quadrilha, foi encontrado em Iturama em abril, e agora está preso em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O outro homem, que já responde em liberdade pelo furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, foi preso nesta segunda-feira, em Santana de Parnaíba (SP).
As principais cidades envolvidas na operação são: Juiz de Fora (MG), São Simão (GO), São Paulo (SP), Santana de Parnaíba (SP) e Campo Grande (MS).
Cerca de 100 policiais cumprem 16 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. As investigações realizadas pela Delegacia de Polícia Federal em Uberaba duraram um ano e meio.
A polícia chegou a uma organização criminosa com alto poder econômico, liderada por um homem de 45 anos. Cumprindo pena em regime aberto em Juiz de Fora, o homem estava morando em Iturama, no Triângulo Mineiro, de onde articulava todos os movimentos da grupo, passando-se por pecuarista.
Outro membro que desempenhava importante papel na organização criminosa ficou conhecido pelo envolvimento no furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, e atualmente controla o tráfico de drogas na segunda maior favela de São Paulo (SP), segundo a Polícia Federal.
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