A empresa petrolífera estatal deve permanecer sob controle público, defendem 61 por cento dos brasileiros, segundo uma pesquisa elaborada por um jornal paulista.
O inquérito foi elaborado depois de o senador José Serra, do Partido Social-Democrata Brasileiro, ter apresentado um projeto-de-lei que defende a alienação da companhia e dos poços de crude situados em águas profundas, os quais constituem as maiores reservas nacionais de «ouro negro».
Em pano de fundo da proposta do partido «tucano» está o escândalo de corrupção, branqueamento de capitais e associação criminosa envolvendo dezenas de altos quadros da Petrobras e deputados eleitos na Câmara e no Senado. A Justiça brasileira decidiu, esta semana, avançar com os processos de 27 suspeitos já indiciados pelo Ministério Público.
Em Dezembro de 2014, a presidenta brasileira pediu o cabal apuramento de responsabilidades e a condenação dos eventuais culpados, e notou que no Brasil não há intocáveis. A meio da semana passada, Dilma Rousseff anunciou um pacote de medidas anticorrupção, cumprindo, dessa forma, uma promessa eleitoral.
Entre as medidas propostas pela presidente, figuram a conversão em crime os delitos de desvio de fundos para financiamento de campanhas eleitorais e de lavagem de dinheiros através dos sufrágios, bem como a existência de contabilidade paralela nos partidos, o resgate do património de pessoas sentenciadas por corrupção ou a imposição de que os membros do governo não tenham antecedentes penais.
«Este é um passo decisivo de Dilma para ampliar a capacidade e autoridade do governo com o objetivo de evitar e combater a corrupção e a impunidade», sublinhou Rousseff perante o Congresso.
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