COSTA RICA - Cúpula da Celac concluída em meio a consenso integracionista. A cúpula, sob o lema "Construindo Juntos" objetiva projetar uma estratégia regional contra a pobreza extrema.
A III Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), com a presença dos 33 países que se integram na Comunidade, concluiu relatório em defesa da necessidade de integração regional para combater a extrema pobreza Latino-americana e caribenha.
Ao longo de mais de 10 horas, cerca de vinte mandatários expuseram a posição de seus governos em torno dos temas centrais da região, entre eles a necessidade de enfrentar juntos os novos desafios.
O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, em seu discurso de inauguração na Cúpula, fez uma chamada para derrotar a fome e a miséria da região, defendendo a unidade regional que respeita a pluralidade e a diversidade dos países.
"Só o tempo nos permitiu compreender que é no respeito à nossa própria diversidade e pluralidade, que é principalmente na profusão de experiências nacionais e regionais, onde encontramos finalmente a unidade que tanto queríamos", considerou.
O presidente costarriquenho ressaltou que atualmente a prioridade da Celac deve ser "garantir a sustentabilidade das políticas públicas que, nos próximos anos, conduzam finalmente à derrota da fome e da miséria na região".
"Fortalecemos também a dimensão multilateral da Celac ao procurar apostar na execução de modalidades de coordenação com as instituições regionais e sub-regionais, assim como com países e instâncias extra regionais". Isso foi evidenciado "pelo lançamento do fórum com a República Popular da China" e o que será estabelecido em breve pela Celac com a União Europeia (UE) e outros atores globais".
O presidente costarriquenho ressaltou que atualmente a prioridade da Celac deve ser "garantir a sustentabilidade das políticas públicas que, nos próximos anos, conduzam finalmente à derrota da fome e da miséria na região".
"Fortalecemos também a dimensão multilateral da Celac ao procurar apostar na execução de modalidades de coordenação com as instituições regionais e sub-regionais, assim como com países e instâncias extra regionais". Isso foi evidenciado "pelo lançamento do fórum com a República Popular da China" e o que será estabelecido em breve pela Celac com a União Europeia (UE) e outros atores globais".
Diante de representantes de 33 nações membros do bloco, Maduro reiterou o apoio ao processo de paz na Colômbia.
"Estamos sob as ordens totais do presidente Juan Manual Santos para construir a paz na Colômbia, apesar dos ataques que nos façam em Bogotá", expressou.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, da Colômbia, Juan Manuel Santos e do Brasil, Dilma Rousseff, ratificaram a disposição de consolidar programas de cooperação em matéria de moradias, transporte aéreo, energia e petróleo, eletricidade, ciência e tecnologia na agricultura.
"Estamos sob as ordens totais do presidente Juan Manual Santos para construir a paz na Colômbia, apesar dos ataques que nos façam em Bogotá", expressou.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, da Colômbia, Juan Manuel Santos e do Brasil, Dilma Rousseff, ratificaram a disposição de consolidar programas de cooperação em matéria de moradias, transporte aéreo, energia e petróleo, eletricidade, ciência e tecnologia na agricultura.
O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, expressou que a diversidade na reflexão e na unidade na ação têm de ser a maior fortaleza e a meta que oriente à Comunidade.
Os avanços nesse caminho foram marcados pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, que destacou que "Nossa América entrou em uma época nova e avançou, a partir da criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos".
Todos os governantes congratularam a decisão dos presidentes de Cuba, Raúl Castro, e de Estados Unidos, Barack Obama, de restabelecer as relações diplomáticas.
O respaldo ao processo de paz na Colômbia, a decisão de seguir avançando na luta contra a pobreza e as desigualdades sociais foram pontos coincidentes nas intervenções dos dignatários.
O encontro com 33 países que integram o mecanismo foi fundado em 3 de dezembro de 2011 em Caracas, Venezuela.
América Latina e Caribe querem zona livre de pobreza e fim do embargo a Cuba
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que encerra 3ª Cúpula de Chefes de Estado na Costa Rica. Na Rádio Brasil Atual, Emir Sader ressalta aprofundamento da integração.
Para o cientista político e sociólogo Emir Sader, a reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em San José, na Costa Rica, representa uma atualização das relações entre os países do continente, que anteriormente se baseava em um modelo de integração que remonta à Guerra Fria, ou ainda à época da Doutrina Monroe, cujo lema "América para os americanos", denotava a influência dos EUA sobre os demais países.
"A Organização dos Estados Americanos (OEA), que representava essa integração, tem a presença determinante do Estados Unidos, além do Canadá. Qualquer questão, conflito ou problema do continente passava pela OEA e aí a hegemonia norte-americana pesava fortemente", disse Sader à Rádio Brasil Atual. "A Celac é uma instância alternativa à OEA."
Segundo ele, o tema central da reunião foi a luta contra a pobreza, com o compromisso proposto pelo Equador, que ocupa a presidência rotativa da Comunidade, em estabelecer na região uma "zona livre de pobreza", após a terem declarado "zona livre de conflitos violentos", como continuidade das negociações de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc.
Outro assunto relevante abordado na reunião foi o reatamento das relações entre Cuba e os Estados Unidos. "Raul Castro fez uma intervenção, colocando as condições de Cuba para normalizar, mas falta um caminho longo, a começar pelo fim do bloqueio." A presidenta Dilma Rousseff também fez pronunciamento nesse sentido. Emir ressalta que essa é também uma vitória da Celac que fez pressão diplomática em prol do entendimento Cuba-EUA.
O sociólogo ressalta que o fortalecimento da Celac é também uma vitória da diplomacia brasileira. "É ativa a participação do Brasil. É mais um espaço em que o país exterioriza e concretiza as boas relações que tem com os países do continente."
Emir comenta o estreitamento da Celac com a China, que anunciou um "imenso pacote de investimentos" para a região e concretiza acordos bilaterais com países do bloco. Tal situação, inclusive, teria colaborado para a reaproximação Cuba-EUA, como forma de contornar certo isolamento. "Os grandes interlocutores e parceiros dos países do continente acabam sendo China, Rússia e, dentro do continente, o Brasil. Os Estados Unidos correm atrás para não ficar tão fora desse novo panorama de intercâmbios econômicos internacionais."
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