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ESPANHA VAI PARAR DE COOPERAR COM O MASSACRE DE GAZA

Espanha suspende venda de
armas a Israel

O Governo espanhol decidiu suspender as autorizações de venda de armamento a Israel por causa dos ataques a Gaza. Israel e Hamas concordaram uma nova trégua no Egito.

A decisão não irá travar os negócios de armamento fechados antes de agosto e será revista pelo governo de Madrid no próximo mês. No ano passado, a venda de material bélico espanhol a Telavive foi avaliada em pouco menos de 5 milhões de euros. Um valor pequeno em comparação com outros clientes das armas espanholas, mas que disparou 87% desde o ano anterior.
2013 foi o ano com mais encomendas israelitas desde 2009, sendo o Exército o destino de 98,7% do material vendido. Mísseis, granadas, torpedos e bombas são as principais armas na lista de compras do governo de Netanyahu, que tem nos Estados Unidos o maior fornecedor e o que fornece a tecnologia de ponta aos militares israelitas.
Israel representa pouco mais de 1% das armas exportadas por Espanha, pelo que a decisão se reveste de valor sobretudo simbólico. Na semana passada, a Amnistia Internacional pediu às Nações Unidas que pusessem em marcha um embargo à venda de armas a Israel e ao Hamas, na sequência das notícias que davam conta da chegada de novos mísseis e munições norte-americanas para repor o stock israelita disparado sobre a Faixa de Gaza.
Nova trégua negociada no Egito
Depois das últimas tréguas anunciadas terem durado poucas horas, uma nova ronda de contactos teve lugar esta segunda-feira no Cairo. 
Azam al Ahmed, representante da Fatah e porta-voz da missão que juntou várias fações palestinianas, foi o primeiro a declarar que aceita um cessar-fogo de 72 horas a partir das 5h desta terça-feira. Durante o tempo que a trégua durar, o governo egípcio compromete-se a desenvolver contactos com a sua missão e o Govermo de Israel no sentido de "parar a agressão e acabar o bloqueio a Gaza", espera o dirigente da Fatah.
Do lado israelita ainda não houve uma reação oficial, mas o Canal 10 assegura que a trégua tem o acordo de Netanyahu e do seu ministro da Defesa. O mesmo canal anunciou que as tropas israelitas terminaram na noite de segunda-feira a destruição de todos os túneis que haviam descoberto até ao momento, abrindo a possibilidade de uma retirada das tropas nos próximos dias.

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