Luta nas cadeias de "fast food" nos EUA
Greve histórica
Considerado o maior protesto de sempre no setor, a paralisação dos trabalhadores norte-americanos de grandes cadeias de fast food evidenciou a sobre-exploração a que estão sujeitos.

«Eles fazem milhões que saem do nosso esforço. Têm condições para nos pagar melhor», afirmou, citada pela agência de notícias nacional, Shaniqua Davis, trabalhadora do McDonald's, durante uma manifestação frente a um dos restaurantes da multinacional em Nova Iorque. Jovem de 20 anos com um filho pequeno para criar e uma remuneração/hora de 7,25 dólares, Davis sublinha igualmente que «mal consigo comprar comida e, se não fossem os vales de compras e alguma ajuda que vou tendo, estaria a dormir na rua».

Isso mesmo sublinhou Tyeisha Batts, 27 anos, empregada do Burger King, que explicou à AFP que «se trabalhamos 30 horas por semana, têm de nos assegurar seguro de saúde», e que o salário que lhe pagam não lhe permite sair da miséria.
O mesmo é sublinhado pelo Sindicato dos Serviços que apoiou a greve e representa quase dois milhões de trabalhadores, de acordo com a Associated Press. «Mesmo considerando um salário médio (9,08 dólares por hora), os que têm a sorte de trabalhar 40 horas permanecem abaixo da linha de pobreza», notou uma dirigente do SEIU. Reuters e Europa Press, por seu lado, garantiram que para os trabalhadores a greve teve também como objectivo central a possibilidade de «formar organizações representativas e negociar com o patronato (...) sem enfrentar represálias».

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