As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) e o governo Colombiano começaram um novo ciclo de diálogos com a vontade de avançar concretamente à paz, segundo divulgado por ambas partes.
Depois de um mês de recesso, no qual as delegações trabalharam separadamente, ambas partes voltaram ao Palácio de Convenções de Havana, sede permanente das conversas, e expressaram o propósito de dinamizar esse processo, iniciado em 19 de novembro para acabar com um conflito armado de mais de meio século.
O chefe da equipe guerrilheira, Iván Márquez, manifestou perante a imprensa que chegam com esperanças palpáveis de encontrar uma solução dirigida à justiça, a democracia e a soberania.
Márquez se referia à presença em seu grupo de novos integrantes, como Pablo Catatumbo, o que demonstra a imensa vontade de paz das FARC-EP e seu propósito irreversível de encontrar uma saída.
Minutos depois chegou a delegação do governo liderada por seu chefe, Humberto de la Calle, quem afirmou ter chegado à capital com o objetivo de tomar decisões.
“Compreendemos bem que os colombianos esperam agilidade destas conversas. Estamos nos movendo com esse mesmo espírito e é com essa atitude que retomamos hoje as conversas”, apontou.
Ambas representações manifestaram o desejo de construir acordos no tema agrário, o que permitiria passar ao seguinte ponto da agenda: a participação política.
Os outros quatro assuntos incluídos na agenda estão relacionados ao fim do conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas, os direitos das vítimas e os mecanismos de verificação e legitimização do pactuado na mesa.
Assim mesmo, as partes destacaram a importância da marcha pela paz realizada no dia 9 de abril em Bogotá, da qual participaram mais de um milhão de pessoas, segundo estimativas.
De acordo com as declarações, o acontecimento demonstrou o apoio do povo ao processo de diálogos de paz, que tem como garantes Cuba e Noruega.
Fonte: Havana, 23 abr (Prensa Latina)
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