Brasil está no caminho para desalojar os Estados Unidos como o maior produtor mundial de culturas transgênicas nos próximos anos, disse um líder na biotecnologia agrícola.
Os EUA detém actualmente a liderança com 69 milhões de hectares (170 milhões de hectares) sob cultivo Biocrop em 2011, à frente do Brasil com 30,3 milhões, Argentina com 23,7 milhões e Índia, com 10,6 milhões, o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-biotech Applications (ISAAA) disse.
Mas USAAA, um órgão financiado pelo governo internacional que promove o uso da biotecnologia agrícola, especialmente nos países em desenvolvimento, disse que o Brasil foi no ano passado o motor do crescimento Biocrop global, com 4,9 milhões de hectares mais, subiu 20 por cento de 2010.
Falando em uma teleconferência das Filipinas, o presidente da ISAAA, Clive James, disse que enquanto os Estados Unidos atualmente esta bem à frente, "o Brasil está fechando a lacuna muito rapidamente" e trazendo novos biocrops como cana-de-açúcar. Brasil tem 8 milhões de hectares de cana de açúcar, o maior hectareage no mundo, e espera-se aumentar 50 por cento nos próximos 5 anos, tanto para produção de etanol e açúcar, observou ele. "Acredito que a longo prazo, o Brasil, vai se tornar o país número um no mundo em termos de área total de soja", disse James.
"Vai levar algum tempo, mas acho que a vontade política (no Brasil) está lá e o alvo é aumentar a produtividade através da biotecnologia para o mercado interno e também para grandes mercados de exportação, particularmente a China." As plantações de transgênicos são geneticamente modificadas para melhorar a resistência a pragas, doenças, seca e frio. Eles também podem ser usados para aumentar o teor nutricional dos alimentos.
Os defensores da biotecnologia dizem que a agricultura pode ajudar a resolver os desafios de alimentar uma população mundial crescente, aumentando o rendimento das culturas de uma forma sustentável. Como a população mundial deverá chegar a nove bilião em 2050, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Organização estima produção mundial de alimentos terá que dobrar em terras existente, se é para conseguir manter o seu ritmo com o crescimento populacional.
Mas há preocupações sobre os potenciais riscos ambientais e de saúde, e os críticos vêm plantas transgênicas como uma ameaça à biodiversidade do mundo. As últimas estatísticas do ISAAA sugerem que as culturas biotecnológicas estão se tornando cada vez mais aceita em países emergentes e em desenvolvimento também. ISAAA destacou um aumento de 94 vezes no plantio de culturas biotecnológicas em todo o mundo de 1,7 milhão de hectares em 1996 para 160 milhões de hectares no ano passado.
Juntos, eles representam 40 por cento da população global. Na África, a África do Sul, Burkina Faso e Egito juntos plantaram um recorde de 2,5 milhões de hectares, enquanto o Quênia, Uganda e Nigeri, com o apoio brasileiro, conduziram ensaios de campo.
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Alem do melhoramento genético e adaptação de plantas cultivadas, o Brasil tem introduzido as abordagens para a fixação biológica de nitrogênio e utilização, melhoria de raças de gado e de saúde; abordagens moleculares e convencionais, culturas arvenses, árvores frutíferas e espécies florestais, a gestão da biodiversidade; caracterização molecular e conservação de recursos genéticos vegetais recursos, água, solo, e manejo da cultura, tecnologias de armazenamento e processamento de alimentos.
BRASIL COMBINADA BIOTECNOLOGIA COM LEGISLAÇÃO AVANÇADA
James rejeitou preocupações sobre a agricultura biotecnológica dizendo que o impacto do OGM sobre biodioversidade do mundo tem sido "positiva".
"Se você pode aumentar a produtividade em 1,5 bilhão de hectares (arável) de terra que temos hoje, então isso pode ser visto como uma tecnologia que economiza em terras", observou.
"A agricultura biotecnológica permitirá a você a diminuir a possibilidade de vender florestas na Amazônia, que lhe permitirá proteger os santuários de biodiversidade em países com leis de proteção ambientais fracas como no México."
Nenhum comentário:
Postar um comentário