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DEU NO FINANCIAL TIMES: ESSA MULÉ PARECE O LULA!

Brasil: Dilma feita de "Teflon"
The Financial Times Ltd 2011 - Joe Leahy

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, deve ser revestida de antiaderente. Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que seu índice de aprovação pessoal permanece em 72% em comparação com Setembro(71%). Tudo isto ocorre apesar de uma serie de acusações de corrupção ou talvez por sua rápida resposta às alegações demitindo seis de seus ministros.

O fato é que a presidente tem conseguido se proteger de todas as acusações que ficaram restritas a seus ministros.
Gerente-executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca



Essa não foi a única boa notícia para a presidente de 64 anos, uma qualificada economista que nunca tinha teve cargo eletivo antes. O percentual de entrevistados que consideraram o governo Rousseff Bom ou Excelente foi de 56 por cento, contra uma baixa de 48 por cento em julho.
Dilma Rousseff perdeu seus ministros do trabalho, transporte, turismo, agricultura e esportes, assim como seu chefe de gabinete (o cargo ministerial mais alto) por supostos escândalos de corrupção.
Mais dois ministros estão na mira de novos escândalos - o ministro do Comércio e o da Cidades. Enquanto uma situação como esta prejudicaria a maioria dos presidentes e chefes de Estados no mundo, misteriosamente o fluxo constante de notícias alegando descobertas de corrupção não mudou a aprovação pessoal de Dilma junto de um público já cético sobre os informes Politicos da Mídia brasileira.
Além disso, os brasileiros acreditam que a corrupção é generalizada na política e meramente manchetear sua existência não causa qualquer surpresa para a maioria. Por outro lado, o mais importante é que a Presidente Rousseff tem se disposto agir contra os malfeitos em seu governo, em contraste com mandatários anteriores que permitiam a permanência dos acusados em suas posições.
Fonseca da CNI também acredita que o público tem sido otimista sobre os escândalos de corrupção, porque a economia está ainda bastante firme para eles, especialmente o mercado de trabalho. Isto também é irônico, porque Dilma Rousseff, de fato, presidiu uma desaceleração do crescimento de 7,5 por cento ano-a-ano em 2010 para cerca de 2 por cento no terceiro trimestre devido a crise economica da Europa. 
A população brasileira ainda vai perceber a deterioração dos principais indicadores econômicos
Gerente-executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca
Dilma poderá ter dificuldades no próximo ano, caso a Crise da Europa e dos EUA continuem. Com o crescimento do comparativo trimestral estacionando no terceiro trimestre deste ano e com uma recuperação muito lenta provavelmente a partir do primeiro semestre de 2012, os brasileiros vão se sentir em um aperto. Entretanto, o governo Dilma deve entregar um substancial aumento no salário mínimo em 2012, e tal medida deve manter os eleitores felizes até que o crescimento recupere adequadamente um patamar mais satisfatório no segundo semestre do ano.

A Presidente do Brasil ainda vai continuar a reter seu revestimento de Teflon.

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