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ITÁLIA: Contraofensiva a tentativa de regulação de conteúdo na Rede, expõe a partidarização da Imprensa no Pais



 Os jornais e os tele noticiários são os primeiros fabricantes de notícias falsas!

líder do Movimento 5 Estrelas, Beppe Grillo

A proposta do líder do Movimento 5 Estrelas, Beppe Grillo, de submeter a julgamento popular a veracidade das informações publicadas pelos meios tradicionais de comunicação de massa, desatou uma intensa polêmica na Itália.


O comediante e dirigente político, lançou a iniciativa em um artigo publicado na véspera em seu blog pessoal, no qual reitera as críticas, já feitas em dias recentes, quando se pronunciara contra aqueles que querem um maior controle sobre os conteúdos falsos difundidos em Internet.

'Os jornais e os tele noticiários são os primeiros fabricantes de notícias falsas no país. Eles  tem como objetivo, manter no poder aqueles que eles querem... São as suas notícias as que devem ser controladas', assinala o texto.

Proponho -indica- não um tribunal governamental, senão um júri popular que determine a veracidade das notícias publicadas pelos meios. Cidadãos escolhidos à sorte a quem se submeta os artigos dos jornais e os serviços dos tele noticiários.

Ha alguns dias, Grillo fustigou duramente ao presidente da entidade Antitrust (Autoridade de garantia da participação e do mercado), Giovanni Pitruzella, que em entrevista ao Financial Times se pronunciou a favor da criação de uma rede de agências públicas dos países membros da União Européia, para enfrentar a publicação de conteúdos falsos na rede.

A proposta do líder do M5E foi recusada pela Federação Nacional da Imprensa Italiana, que a qualificou de uma tentativa de linchamento midiático generalizado, e o senador do dirigente Partido Democrático, Stefano Esposito, que através de sua conta em uma das redes sociais acusou Grillo de estar perdendo a cabeça.

Por sua vez, o jornalista e diretor do Tele Noticiário A7, Enrico Mentana, anunciou que se insurgira contra o dirigente político diante dos tribunais de justiça, porque
'fabricantes de notícias falsas é uma ofensa irreparável a todos os trabalhadores das tele noticias que dirijo e que tenho a responsabilidade diante da lei'.

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