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ALEXANDRE PADILHA QUESTIONA A CAPACIDADE GERENCIAL DO PSDB

Temor tucano para as pretenções eleitorais 2014: Crise de abastecimento de água em São Paulo. 

Em São Paulo, a reeleição de governador tucano será fatalmente afetada pelas denúncias de corrupção dos governos do PSDB,  porém, a falta de água no Sistema Cantareira, (que atingiu a marca preocupante de 16% dos reservatórios sem que medidas preventivas fossem adotadas), será verdadeiramente o calcanhar de aquiles.  


Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde questiona a capacidade gerencial do PSDB: 
“Essa crise da água é resultado da falta de projetos e de empenho para planejar e prevenir”. Ele disse ainda no Twitter estar aproveitando para economizar água e convidou a população a evitar o desperdício. 
“A última coisa que queremos é São Paulo depender só de São Pedro”, afirmou. 

Na verdade, razões eleitorais levaram o governador tucano a protelar ao máximo o racionamento de água na Grande São Paulo. Alckmin sabe que a medida é altamente impopular e teme que ela possa vir a atrapalhar o projeto da reeleição. O problema é que, na prática, moradores da região já sofrem com cortes de água diários. As falhas de abastecimento afetam municípios a oeste da capital – como Barueri, Cotia, Embu das Artes, Santana de Parnaíba e Itapecerica da Serra – e pelo menos oito bairros da maior cidade do País. Diante do cenário nada alvissareiro, Alckmin tentou tirar outra solução da cartola, nos últimos dias. Pediu autorização dos órgãos ambientais para realizar obras para captar água no rio Paraíba do Sul. A proposta, porém, não agradou ao governador Sérgio Cabral, para quem a medida colocaria em risco o abastecimento do Rio de Janeiro.

Alexandre Rocha Santos Padilha 
Candidato a governador do estado de São Paulo em 2014.
Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi coordenador geral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina em 1990, coordenador do Diretório Central de Estudantes da Unicamp e membro do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo entre 1991 e 1993.


Formação acadêmica e militância estudantil
Aos 17 anos, Padilha ingressa na Faculdade de Medicina da Unicamp e vai morar em república de estudantes em Campinas. Participa da política estudantil desde o início do curso . No segundo ano, já se torna o presidente da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM) e em seguida do DCE da Unicamp. Por três anos, cursou poucas matérias para dedicar mais tempo à militância estudantil e à construção da Juventude do PT. O líder estudantil ajuda a criar a Comissão Interinstitucional de Avaliação de Ensino Médico, cujo propósito principal era o de aproximar o estudante da saúde pública. O movimento resultou em uma profunda reestruturação do ensino médico brasileiro, que antecipou o contato dos estudantes com o SUS. As aulas, antes restritas ao quinto e ao sexto ano, passaram a acontecer já no primeiro semestre do curso. Nos anos de militante estudantil, Padilha também participou das discussões que geraram grandes mudanças na saúde pública: a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a humanização do tratamento manicomial, a integração da universidade com indústria e a inovação tecnológica, a criação de cursos de extensão para levar o serviço médico universitário a comunidades carentes.
Militância Partidária
Alexandre Padilha divide-se, no início dos anos 1990, entre a militância estudantil e a partidária. Filiado ao PT desde os 17 anos na zonal do Campo Limpo, participa das campanhas presidenciais de Lula em 1989 e 1994. E mais tarde, da campanha de Dilma .
Em 1992, ajuda a fundar e assume a direção da primeira Secretaria da Juventude do PT no Estado de São Paulo. Nesta função, discute políticas para a juventude junto a sindicatos e às primeiras prefeituras eleitas pelo PT, acompanhando gestões e demandas municipais .
Formaturas
Retoma o curso na Unicamp em 1995, diplomando-se em Medicina dois anos depois. Na sequência,ingressa na pós-graduação da USP. Faz Especialização em Infectologia atraído pela intensa discussão médica e ética provocada pela epidemia da AIDS. Cumpre os dois anos obrigatórios da Especialização, estendendo os estudos ao terceiro ano opcional.

Carreira
Durante a especialização, Alexandre Padilha é convidado pela Universidade de São Paulo (USP) para participar, em Santarém no Pará, da montagem do Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias, da Faculdade de Medicina da USP. No ano seguinte, assume o comando do Núcleo, que já desenvolve protocolos de pesquisa em parceria com a Organização Mundial da Saúde. O Núcleo de Extensão funciona recebendo estudantes e médicos brasileiros e estrangeiros para trabalhar em pequenas comunidades ribeirinhas, assentamentos rurais e tribos indígenas combatendo a malária e outras epidemias como tuberculose, doença de chagas, aids, infecção hospitalar. Alexandre Padilha se reveza entre o Pará e São Paulo, trabalhando e estudando. Na capital paulista, assume a supervisão técnica do ambulatório de Doenças dos Viajantes do HC. No interior do Pará convive e cuida de comunidades da Amazônia, entre elas a tribo Zo’é, que estava quase dizimada pela malária e pneumonia. Em 2000, conclui o curso de Especialização em Infectologia. Logo concorre e é aprovado no concurso para o HC. Alexandre Padilha, porém, opta por continuar no núcleo da USP na região amazônica dedicando-se, em parceria com a OMS, à pesquisa para desenvolver o Coartem, medicamento que atualmente é o mais eficaz na cura da malária grave, e que seria o trabalho de campo para o seu futuro doutorado.
O empenho de Padilha para o enfrentamento da malária, chama atenção do Ministério da Saúde. Por indicação do secretário-executivo do MS, Gastão Campos – que foi seu professor na Unicamp – o presidente Lula, recém-eleito em 2003, convida Alexandre Padilha para a direção de saúde indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), mudando assim seus planos de fazer o doutorado. Ao assumir a Funasa, Alexandre Padilha realiza, em parceria com a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal, auditorias para apurar denúncias de irregularidades administrativas. Ele também muda o modelo de gestão para aumentar a supervisão sobre os gastos do órgão. Nos dois anos em que comandou a Funasa, também implantou a política de intercâmbio com universidades brasileiras para levar equipes multidisciplinares e tecnologia às tribos indígenas. Prossegue o trabalho para salvar a comunidade Zo’é da extinção, instalando inclusive uma unidade cirúrgica e ambulatorial dentro da aldeia. Hoje os Zo’é estão livres da malária e da tuberculose e não apresentam casos de diabetes, hipertensão, anemia ou doenças sexualmente transmissíveis .
Secretaria de Relações Institucionais
Em agosto de 2005, Alexandre Padilha é chamado para integrar o Secretaria de Relações Institucionais. Entra como chefe de gabinete da Secretaria de Assuntos Federativos. No ano seguinte, torna-se subchefe de Assuntos Federativos, ficando responsável pelo mapeamento das demandas estaduais e municipais levadas ao Governo Federal por governadores, prefeitos, deputados e vereadores. No segundo mandato do presidente Lula, em 2009, com apenas 38 anos, é nomeado ministro das Relações Institucionais, tornando-se assim o coordenador político da Presidência da República. É quando Alexandre Padilha ajuda a imprimir a marca municipalista do Governo Lula. O jovem ministro participa da montagem dos programas relacionados às demandas regionais, que acabam compondo algumas das marcas mais importantes da gestão: PAC, Minha Casa Minha Vida, Bolsa-Família e o marco regulatório do Pré-sal. Durante a sua passagem pela pasta de Assuntos Institucionais também atua, junto à sociedade organizada e ao Congresso Nacional, na elaboração e aprovação de leis como o Fundeb, Estatuto da Igualdade Racial, Lei de Consórcios Públicos, Lei das PPPs, a Lei Nacional de Saneamento e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – a primeira lei de iniciativa popular.

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