Formado em Medicina pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), foi coordenador geral da Direção Executiva Nacional dos
Estudantes de Medicina em 1990, coordenador do Diretório Central de
Estudantes da Unicamp e membro do Diretório Estadual do Partido dos
Trabalhadores (PT) de São Paulo entre 1991 e 1993.
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Formação acadêmica e militância estudantil
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Aos 17 anos, Padilha ingressa na Faculdade de
Medicina da Unicamp e vai morar em república de estudantes em Campinas.
Participa da política estudantil desde o início do curso . No segundo ano, já
se torna o presidente da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de
Medicina (DENEM) e em seguida do DCE da Unicamp. Por três anos, cursou
poucas matérias para dedicar mais tempo à militância estudantil e à
construção da Juventude do PT. O líder estudantil ajuda a criar a
Comissão Interinstitucional de Avaliação de Ensino Médico, cujo propósito
principal era o de aproximar o estudante da saúde pública. O movimento
resultou em uma profunda reestruturação do ensino médico brasileiro, que
antecipou o contato dos estudantes com o SUS. As aulas, antes restritas ao
quinto e ao sexto ano, passaram a acontecer já no primeiro semestre do curso. Nos anos de militante estudantil, Padilha também participou das
discussões que geraram grandes mudanças na saúde pública: a criação do
Sistema Único de Saúde (SUS), a humanização do tratamento manicomial, a
integração da universidade com indústria e a inovação tecnológica, a criação
de cursos de extensão para levar o serviço médico universitário a comunidades
carentes.
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Militância Partidária
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Alexandre Padilha divide-se, no início dos anos
1990, entre a militância estudantil e a partidária. Filiado ao PT desde os 17
anos na zonal do Campo Limpo, participa das campanhas presidenciais de
Lula em 1989 e 1994. E mais tarde, da campanha de Dilma .
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Em 1992, ajuda a fundar e assume a direção da
primeira Secretaria da Juventude do PT no Estado de São Paulo. Nesta
função, discute políticas para a juventude junto a sindicatos e às primeiras
prefeituras eleitas pelo PT, acompanhando gestões e demandas municipais .
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Formaturas
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Retoma o curso na Unicamp em 1995, diplomando-se
em Medicina dois anos depois. Na sequência,ingressa na pós-graduação da USP. Faz Especialização em Infectologia atraído pela intensa discussão médica
e ética provocada pela epidemia da AIDS. Cumpre os dois anos obrigatórios da
Especialização, estendendo os estudos ao terceiro ano opcional.
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Carreira
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Durante a especialização, Alexandre Padilha é
convidado pela Universidade de São Paulo (USP) para participar, em Santarém
no Pará, da montagem do Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do
Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias, da Faculdade de Medicina
da USP. No ano seguinte, assume o comando do Núcleo, que já desenvolve
protocolos de pesquisa em parceria com a Organização Mundial da Saúde. O
Núcleo de Extensão funciona recebendo estudantes e médicos brasileiros e
estrangeiros para trabalhar em pequenas comunidades ribeirinhas,
assentamentos rurais e tribos indígenas combatendo a malária e outras
epidemias como tuberculose, doença de chagas, aids, infecção hospitalar.
Alexandre Padilha se reveza entre o Pará e São Paulo, trabalhando e estudando. Na capital paulista, assume a supervisão técnica do ambulatório de
Doenças dos Viajantes do HC. No interior do Pará convive e cuida de
comunidades da Amazônia, entre elas a tribo Zo’é, que estava quase dizimada
pela malária e pneumonia. Em 2000, conclui o curso de Especialização em
Infectologia. Logo concorre e é
aprovado no concurso para o HC. Alexandre Padilha, porém, opta por continuar
no núcleo da USP na região amazônica dedicando-se, em parceria com a OMS, à
pesquisa para desenvolver o Coartem, medicamento que atualmente é o mais
eficaz na cura da malária grave, e que seria o trabalho de campo para o seu
futuro doutorado.
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O empenho de Padilha para o enfrentamento da
malária, chama atenção do Ministério da Saúde. Por indicação do secretário-executivo
do MS, Gastão Campos – que foi seu professor na Unicamp – o presidente Lula,
recém-eleito em 2003, convida Alexandre Padilha para a direção de saúde
indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), mudando assim seus planos de
fazer o doutorado. Ao assumir a Funasa, Alexandre Padilha realiza, em
parceria com a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal, auditorias
para apurar denúncias de irregularidades administrativas. Ele também muda o
modelo de gestão para aumentar a supervisão sobre os gastos do órgão. Nos
dois anos em que comandou a Funasa, também implantou a política de
intercâmbio com universidades brasileiras para levar equipes
multidisciplinares e tecnologia às tribos indígenas. Prossegue o trabalho
para salvar a comunidade Zo’é da extinção, instalando inclusive uma unidade
cirúrgica e ambulatorial dentro da aldeia. Hoje os Zo’é estão livres da
malária e da tuberculose e não apresentam casos de diabetes, hipertensão,
anemia ou doenças sexualmente transmissíveis .
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Secretaria de Relações Institucionais
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Em agosto de 2005, Alexandre Padilha é chamado
para integrar o Secretaria de Relações Institucionais. Entra como chefe de
gabinete da Secretaria de Assuntos Federativos. No ano seguinte, torna-se
subchefe de Assuntos Federativos, ficando responsável pelo mapeamento das
demandas estaduais e municipais levadas ao Governo Federal por governadores,
prefeitos, deputados e vereadores. No segundo mandato do presidente Lula,
em 2009, com apenas 38 anos, é nomeado ministro das Relações Institucionais,
tornando-se assim o coordenador político da Presidência da República. É
quando Alexandre Padilha ajuda a imprimir a marca municipalista do Governo
Lula. O jovem ministro participa da montagem dos programas relacionados às
demandas regionais, que acabam compondo algumas das marcas mais importantes
da gestão: PAC, Minha Casa Minha Vida, Bolsa-Família e o marco
regulatório do Pré-sal. Durante a sua passagem pela pasta de Assuntos
Institucionais também atua, junto à sociedade organizada e ao Congresso
Nacional, na elaboração e aprovação de leis como o Fundeb, Estatuto da
Igualdade Racial, Lei de Consórcios Públicos, Lei das PPPs, a Lei Nacional
de Saneamento e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – a
primeira lei de iniciativa popular.
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