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A CHINA É GAY!

Small Macau makes growing up gay tough
Finalmente a comunidade lésbica, bissexual, gay e transexual (LBGT) de Macau saiu à rua

China - Foi a primeira vez que a comunidade lésbica, bissexual, gay e transexual (LBGT) de Macau saiu à rua e, para o pai da iniciativa, não podia ter sido melhor. "Estou mito contente, fizemos história", referiu Jason Chao. "É a primeira vez que temos os cidadãos de Macau a manifestar-se nas ruas e a lutar pela igualdade de direitos da comunidade LBGT."
Cerca de dez pessoas, pintadas e munidas de bandeiras com as cores do arco-íris – o símbolo da comunidade LBGT -, sobretudo jovens, gritaram pelas ruas de Macau por "igualdade de oportunidades", o que consideram não existir ainda na RAEM. "Sinto-me muito discriminada em Macau", contou Cherry Ao, homossexual desde a adolescência. "Há muitos homossexuais em Macau e se queremos lutar pelos direitos humanos, que deveriam ser iguais tanto para as pessoas ditas normais, como para nós mesmos, temos de sair à rua."
Cherry foi uma das mulheres que acompanhou o grupo LBGT, que contou com alguns apoiantes de Hong Kong. Kenneth Cheung, fundador do "Grupo Arco-Íris da China" foi um deles. "Pela primeira vez juntei-me à comunidade de Macau, porque sei que eles aqui não têm muitas pessoas que realmente queiram sair e lutar pelos seus direitos. Macau não tem organizações gays, nem bares sequer, e espero que a experiencia de Hong Kong possa ajudar a fazer com que mais LBGT saiam à rua."
O problema principal para não o fazerem? Jason Chao e Cherry Ao explicam: "Eu sinto medo em Macau. A minha mãe está aqui comigo e isso deixa-me contente, porque muita gente que é minha amiga não está a caminhar connosco porque se sentem assustados que os vejam em fotografias ou na televisão", conta Cherry. "Macau não é confortável.
Por exemplo, eu, assim que disse que ia entregar uma petição para proteger os direitos da comunidade gay, tive problemas com cidadãos que ligaram para a rádio a tecer comentários negativos à Associação Novo Macau, da qual sou presidente. Pretendemos fazer a comunidade entender que os direitos dos homossexuais devem ser iguais. A homossexualidade não é mais vista como uma doença."
A ideia de fazer uma manifestação pelos direitos dos homossexuais surge depois de o Governo decidir retirar da Lei de Combate à Violência Doméstica a proteção aos casais do mesmo sexo. Jason Chao disse que iria tentar uma reunião com o Executivo para que este faça emendas na lei antes de esta subir a plenário. O grupo marcou o passo LBGT pela primeira vez em Macau e contou também com participantes heterossexuais.

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