Com capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, a P-56 operará no Módulo 3 de desenvolvimento do campo de Marlim Sul
A plataforma P-56 deixou a Enseada do Bananal, na Baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis, rumo à locação no Campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ). A previsão de chegada é a próxima terça-feira (05/07) e o início da produção está previsto para agosto. A P-56 é um investimento de aproximadamente US$ 1,5 bilhão e sua construção gerou 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no país. A unidade foi liberada para o campo após uma série de testes.
A P-56 foi batizada pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) no último dia 6, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), em cerimônia com a presença da Presidenta da República Dilma Rousseff.
Será a quinta plataforma na região de Marlim Sul. Do tipo semissubmersível, ficará ancorada em área com profundidade de 1.670 metros, interligada a 21 poços, dos quais 10 serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. Idêntica à plataforma P-51, a nova unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada um marco na indústria naval brasileira, uma vez que consolida a capacidade do país de construir plataformas desse porte em seu território. A construção da P-56 alcançou o conteúdo nacional de 72,9% relativo ao topside (módulos integrados), e teve seu casco totalmente construído no Brasil, demonstrando o fortalecimento da indústria local a partir das encomendas da Petrobras.
O contrato de construção da plataforma foi assinado em outubro de 2007 entre a Petrobras e o FSTP, consórcio integrado pelas empresas Keppel FELS e Technip. Construída de forma modular, a P-56 é composta pelo deckbox (base do convés), casco e módulos. A empresa Kepppel FELS construiu, no estaleiro BrasFELS, os quatro módulos de processos e de utilidades. Já os dois módulos de geração foram feitos pela Rolls Royce, em parceria com a UTC Engenharia, no canteiro desta empresa, em Niterói. A Nuovo Pignone (General Eletric) fez os dois módulos de compressão no canteiro Porto Novo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). O deckbox também foi construído no BrasFELS, onde foi feita a integração dos módulos.
O casco da nova plataforma é 100% brasileiro. Construído no BrasFELS, resultou da união dos blocos de aço fabricados pelo estaleiro e pela Nuclep, em Itaguaí. A união do casco com o topside, processo chamado de deck mating, uma das atividades mais complexas, ocorreu sem qualquer imprevisto, em outubro de 2010.
Dados da P-56
Produção de petróleo: 100 mil barris de petróleo por dia;
Compressão de gás: 6 milhões de m3 por dia;
Geração elétrica: 100 MW;
Profundidade de ancoragem: 1.670 m;
Comprimento: 125 m, largura 110 m e altura 137m;
Acomodações: 200 pessoas;
Peso Total: 54.658 ton;
Poços produtores: 10;
Poços injetores:11;
Risers: 79;
Escoamento de petróleo: oleoduto p/ P-38 (aprox. 20 km);
Escoamento de gás natural: gasoduto p/ P-51 (aprox.15 km)
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