Avaliação demonstra que o Brasil está praticando uma política econômica correta, que vem solidificando os fundamentos econômicos
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou hoje (15/06) o fato de que, pela primeira vez, o risco brasileiro está abaixo do risco dos Estados Unidos, a partir do Credit Default Swap (CDS).“Estamos muito felizes com isso, porque mostra a solidez da economia brasileira e a confiança dos mercados sobre a economia brasileira”.
A declaração foi feita na entrevista coletiva realizada após a reunião na qual os governadores dos estados do Nordeste e do Norte entregaram a “Carta de Brasília” à presidenta Dilma Rousseff.
O CDS é um seguro que os investidores fazem para reduzir o risco de exposição aos títulos de vários países, que vem ganhando maior relevância nos últimos anos como medida de risco soberano.
Mantega explicou que há um volume de mais de US$ 70 trilhões nessa modalidade, com 41.2 pontos base a serem pagos em um seguro de um ano sobre a dívida brasileira.
Para fazer o seguro para títulos norte-americanos são necessários 49.7 pontos base. “O seguro custa, digamos, 0,4% e, para fazer o americano é 0,47% (veja gráfico abaixo). Portanto, pela primeira vez na história, o risco Brasil é menor do que o risco dos EUA”, disse ele.
Ressalte-se que, nos últimos 12 meses, o CDS de 1 ano do Brasil caiu de pouco mais de 80 pontos-base para cerca de 40.
Eleição para diretoria do
Fundo Monetário Internacional
Min. das Finanças da França, Christine LagardeBeijou a Mão de Mantega |
O ministro da Fazenda disse que não há ainda definição sobre qual candidato o Brasil vai apoiar na eleição para diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), que está marcada para o dia 30 de junho.
Mantega explicou que na próxima semana os dois candidatos ao cargo, a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, serão sabatinados pelos 24 diretores que representam os governadores do Fundo.
Na ocasião, os candidatos devem se aprofundar na apresentação das propostas. “Nós vamos nos basear no compromisso que eles tiverem com a continuidade das reformas do Fundo, de modo que os países emergentes continuem tendo uma participação cada vez maior”, afirmou o ministro.
Mantega reconhece que as reformas promovidas já melhoraram a situação dos países emergentes, mas lembrou que esses países ainda têm menos votos que os avançados no FMI.
“Essa mudança da participação ‘acionária’, pode-se chamar assim, tem que depender mais do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). E como o PIB dos emergentes cresce mais do que o dos países avançados é natural que nós continuemos a ter uma participação acionária cada vez maior”, enfatizou o ministro.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - GMF
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