Inclusão e clima são escudos contra crise
Administradora-geral do PNUD afirma que fórmula de desenvolvimento passa por crescimento inclusivo e o combate às mudanças climáticas
Os países menos desenvolvidos – grupo formado pelas 48 nações mais pobres do mundo – precisam lidar com o binômio crescimento inclusivo e combate às mudanças climáticas para encontrar o caminho do progresso e se tornar mais resilientes aos choques externos, afirmou nesta terça-feira (10) a administradora-geral do PNUD, Helen Clark, durante a 4ª Conferência da ONU sobre os Países Menos Desenvolvidos, realizada em Istambul, capital da Turquia, entre 9 e 13 de maio.
Resiliência é a capacidade de um objeto retomar seu estado original mesmo após ser atingido por alguma força externa. Aplicado a um país, indica o poder de, depois de um choque causado por determinada conjuntura internacional, voltar ao ponto em que estava antes. Segundo Helen Clark, "fortalecer a resiliência (a choques externos) deve ser parte integrante da política de desenvolvimento e do planejamento dos países menos desenvolvidos."
A administradora do PNUD ressalta que os reflexos da crise global puderam ser percebidos na queda do PIB (Produto Interno Bruto) per capita e no aumento da pobreza, e lembra que a nova alta dos preços de alimentos pode minar os avanços em desenvolvimento humano.
Helen Clark completa que a solução para tornar esses países mais resistentes seria adotar medidas norteadas por dois princípios: promoção do crescimento inclusivo e combate a vulnerabilidades climáticas. "Medidas para melhorar a agricultura são especialmente importantes, pois o sucesso (dessas políticas agrícolas) sustenta o desenvolvimento econômico, a redução da pobreza, a segurança alimentar e subsistência para todos", afirma.
Ainda para fomentar o crescimento inclusivo, é importante gerar trabalho decente e definir investimentos em saúde, educação e infraestrutura física. Já a questão ambiental deve também ser prioridade para os governos das
48 nações mais pobres. "Em algumas estimativas, 40% de todas as mortes relacionadas a desastres naturais de todos os tipos durante o período de 2000 a 2010 estiveram nos países menos desenvolvidos", lembra Helen Clark.
Recuperar-se dos desastres requer dinheiro. No mesmo período, essas nações experimentaram recorde de perdas econômicas (US$ 14,1 bilhões no total), com Bangladesh e Mianmar em pior situação, ressalta a administradora do PNUD, afirmando que a melhor forma de combater as mudanças climáticas é investindo na redução do risco dos desastres.
"Forte apoio da comunidade internacional é importante, incluindo parcerias com os doadores tradicionais e agências multilaterais, e por meio do rápido crescimento da cooperação Sul-Sul e triangular", afirma Helen Clark.
Conferência
Durante a 4ª Conferência da ONU sobre os Países Menos Desenvolvidos foi lançado o relatório "Integração Regional e Desenvolvimento Humano: Caminho a ser Seguido na África".
O documento afirma que investimentos regionais integrados em matéria de energia, em conjunto com políticas que favoreçam os pobres, poderiam resultar em aumento acumulado de 10% no padrão de vida do continente africano entre 2012 e 2020.
"Agora se reconhece o potencial que a integração regional tem de promover um maior crescimento econômico", comentou Helen Clark. Os vínculos da região poderiam também ter um impacto positivo sobre o crescimento da renda e na redução da pobreza no âmbito nacional, ao oferecer melhor acesso aos serviços públicos e estabelecer políticas mais acertadas para a sustentabilidade do meio ambiente.
Segundo o relatório, laços regionais mais estreitos poderiam dar aos países menos desenvolvidos novas formas de políticas industriais e comerciais que levassem a uma maior variedade nos setores comerciais, pois a economia da maioria dessas nações depende, em grande medida, dos produtos agrícolas como algodão e café, além dos minerais.
2 comentários:
Para um bom semeador o tempo e a paciência são os maiores guerreiros, também não importa ao bom semaedor a tiver que passar por pedras e espinhos, ele lançará suas sementes a todos os lugares, alguns, conforme o terreno que cair certamente darão frutos outros apenas não vingarão.... mas assim mesmo o senso de justiça, amor e bondade prevalecerá, ele prosseguirá sempre.
Artigo 1 do Constituição da Republica Federativa do Brasil 1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 1º. O Presidente da República, o Presidente do Supremo Tribunal Federal e os membros do Congresso Nacional prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, no ato e na data de sua promulgação
INCLUSÃO DE DISCIPLINA CURRICULAR NAS ESCOLAS SOBRE ''CIDADANIA''»
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