CNBB NÃO APROVA A CAMPANHA DIFAMATÓRIA E DE ATAQUES PESSOAIS PROMOVIDA PELOS DEMOTUCANOS
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio de sua Presidência, congratula-se com o Povo Brasileiro pelo exercício da cidadania na realização do primeiro turno das eleições gerais, quando foram eleitos os representantes para o Poder Legislativo e definidos os Governadores de diversas unidades da Federação, bem como o nome daqueles que serão submetidos a novo escrutínio em 2º turno, para a Presidência da República e alguns governos estaduais e distrital.
A CNBB congratula-se também pelos frutos benéficos decorrentes da aprovação da Lei da Ficha Limpa, que está oferecendo um novo paradigma para o processo eleitoral, mesmo se ainda tantos obstáculos a essa Lei tenham de ser superados.
Entretanto, lamentamos profundamente que o nome da CNBB - e da própria Igreja Católica – tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação. Certamente, é direito – e, mesmo, dever – de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã. A CNBB é um organismo a serviço da comunhão e do diálogo entre os Bispos, de planejamento orgânico da pastoral da Igreja no Brasil, e busca colaborar na edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Neste sentido, queremos reafirmar os termos da Nota de 16.09.2010, na qual esclarecemos que “falam em nome da CNBB somente a Assembléia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência”. Recordamos novamente que, da parte da CNBB, permanece como orientação, neste momento de expressão do exercício da cidadania em nosso País, a Declaração sobre o Momento Político Nacional, aprovada este ano em sua 48ª Assembléia Geral.
Reafirmamos, ainda, que a CNBB não indica nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão. Diante de tão grande responsabilidade, exortamos os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana.
Confiando na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, invocamos as bênçãos de Deus para todo o Povo Brasileiro.
Brasília, 08 de outubro de 2010
P. nº 0849/10
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
48ª Assembleia Geral da CNBB 48ªAG(Doc)
Brasília, 4 a 13 de maio de 2010
DECLARAÇÃO SOBRE O MOMENTO POLÍTICO NACIONAL
Brasília, 11 de maio de 2010
Dom Geraldo Lyrio Rocha Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Mariana Arcebispo de Manaus
Presidente da CNBB Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB
Brasília, 4 a 13 de maio de 2010
DECLARAÇÃO SOBRE O MOMENTO POLÍTICO NACIONAL
Nós, Bispos Católicos do Brasil, reunidos em Brasília, de 4 a 13 de maio de 2010, para a 48ª
Assembléia Geral da CNBB, temos diante de nós a realidade do Povo Brasileiro, de cujas lutas e
esperanças participamos. Os 50 anos da inauguração de Brasília e as eleições gerais do próximo mês
de outubro nos proporcionam a oportunidade de refletir sobre a trajetória do País.
A realização da nossa Assembléia Geral em Brasília, no ano do jubileu de ouro da cidade e
da Arquidiocese, quer expressar o apreço pelo que significou para a nação a construção da Capital do
País em pleno planalto central.
O Jubileu de Ouro de Brasília, no entanto, precisa se transformar em oportunidade para que a
Capital recupere o seu simbolismo original e se torne de fato fonte de inspiração para os sonhos de um
País justo, integrado, desenvolvido e ecologicamente sustentável, que todos queremos. “O
desenvolvimento é impossível sem homens retos, sem operadores econômicos e homens políticos que
sintam intensamente em suas consciências o apelo do bem comum. São necessárias tanto a
preparação profissional como a coerência moral” (Bento XVI, Caritas in Veritate, 71).
A celebração do Congresso Eucarístico Nacional em Brasília quer, igualmente, ser sinal
deste anseio de País justo e fraterno, para cuja realização a Igreja Católica procura dar sua contribuição
pelo testemunho dos valores humanos e cristãos que o Evangelho nos ensina. Seu lema “Fica conosco,
Senhor” atesta a importância da presença do Deus da vida e da partilha em todos os momentos,
também naqueles do exercício da cidadania.
O Brasil está vivendo um momento importante, por seu crescimento interno e pelo lugar de
destaque que vem merecendo no cenário internacional. Isso aumenta sua responsabilidade no
relacionamento com as outras nações e na superação progressiva de suas desigualdades sociais,
produzidas pela iníqua distribuição da renda, que ainda persiste. Preocupam-nos os grandes projetos,
sobretudo na Amazônia, sem levar devidamente em conta suas consequências sociais e ambientais.
Permanece o desafio de uma autêntica reforma agrária acompanhada de política agrícola que
contemple especialmente os pequenos produtores rurais, como fator de equilíbrio social.
A Igreja, comprometida de modo inequívoco com a defesa da dignidade e dos Direitos
Humanos, apóia as iniciativas que procuram garanti-los para todos. Todavia, denuncia distorções
inaceitáveis presentes em alguns itens do PNDH-3.
Destacamos a importância do projeto de lei denominado “Ficha Limpa”, de iniciativa
popular, em votação nestes dias no Congresso Nacional, como exemplo de participação popular para o
aprimoramento da democracia, como já ocorrera com a aprovação da Lei 9840, contra a corrupção
eleitoral, cuja aplicação requer contínua e atenta vigilância de todos, para que não continue a praga da
compra e venda de votos. Esperamos que seja um instrumento a mais para sanar o grave problema da
corrupção na vida política brasileira.
Permanecem oportunas as palavras de João Paulo II: “A Igreja encara com simpatia o
sistema da Democracia, enquanto assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e
garante aos governados a possibilidade de escolher e controlar os próprios governantes (...) ela não
pode, portanto, favorecer a formação de grupos restritos de dirigentes que usurpam o poder do
Estado a favor dos seus interesses particulares ou de objetivos ideológicos” (Centesimus Annus, 46) .
Urge uma profunda reforma política, iluminada por critérios éticos, com a participação das
diversas instâncias da sociedade civil organizada, fortalecendo a democracia direta com a
indispensável regulamentação do Art. 14 da Constituição Federal, relativo a plebiscito, referendo e
iniciativa popular de lei. A Reforma Política “precisa atingir o âmago da estrutura do poder e a
forma de exercê-lo, tendo como critério básico inspirador, a participação popular. Trata-se de
reaproximar o poder e colocá-lo ao alcance da influência viável e eficaz da cidadania” (Por uma
Reforma do Estado com Participação Democrática, Documentos da CNBB 91, 101).
A campanha eleitoral é oportunidade para empenho de todos na reflexão sobre o que precisa
ser levado adiante com responsabilidade e o que deve ser modificado, em vista de um Projeto
Nacional com participação popular. Por isso, incentivamos a que todos participem e expressem,
através do voto ético, esclarecido e consciente, a sua cidadania nas próximas eleições, superando
possíveis desencantos com a política, procurando eleger pessoas comprometidas com o respeito
incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana. Em particular,
encorajamos os leigos e as leigas da nossa Igreja a que assumam ativamente seu papel de cidadãos
colaborando na construção de um País melhor para todos.
Confiando na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, invocamos as bênçãos de Deus para
todo o Povo Brasileiro.
Assembléia Geral da CNBB, temos diante de nós a realidade do Povo Brasileiro, de cujas lutas e
esperanças participamos. Os 50 anos da inauguração de Brasília e as eleições gerais do próximo mês
de outubro nos proporcionam a oportunidade de refletir sobre a trajetória do País.
A realização da nossa Assembléia Geral em Brasília, no ano do jubileu de ouro da cidade e
da Arquidiocese, quer expressar o apreço pelo que significou para a nação a construção da Capital do
País em pleno planalto central.
O Jubileu de Ouro de Brasília, no entanto, precisa se transformar em oportunidade para que a
Capital recupere o seu simbolismo original e se torne de fato fonte de inspiração para os sonhos de um
País justo, integrado, desenvolvido e ecologicamente sustentável, que todos queremos. “O
desenvolvimento é impossível sem homens retos, sem operadores econômicos e homens políticos que
sintam intensamente em suas consciências o apelo do bem comum. São necessárias tanto a
preparação profissional como a coerência moral” (Bento XVI, Caritas in Veritate, 71).
A celebração do Congresso Eucarístico Nacional em Brasília quer, igualmente, ser sinal
deste anseio de País justo e fraterno, para cuja realização a Igreja Católica procura dar sua contribuição
pelo testemunho dos valores humanos e cristãos que o Evangelho nos ensina. Seu lema “Fica conosco,
Senhor” atesta a importância da presença do Deus da vida e da partilha em todos os momentos,
também naqueles do exercício da cidadania.
O Brasil está vivendo um momento importante, por seu crescimento interno e pelo lugar de
destaque que vem merecendo no cenário internacional. Isso aumenta sua responsabilidade no
relacionamento com as outras nações e na superação progressiva de suas desigualdades sociais,
produzidas pela iníqua distribuição da renda, que ainda persiste. Preocupam-nos os grandes projetos,
sobretudo na Amazônia, sem levar devidamente em conta suas consequências sociais e ambientais.
Permanece o desafio de uma autêntica reforma agrária acompanhada de política agrícola que
contemple especialmente os pequenos produtores rurais, como fator de equilíbrio social.
A Igreja, comprometida de modo inequívoco com a defesa da dignidade e dos Direitos
Humanos, apóia as iniciativas que procuram garanti-los para todos. Todavia, denuncia distorções
inaceitáveis presentes em alguns itens do PNDH-3.
Destacamos a importância do projeto de lei denominado “Ficha Limpa”, de iniciativa
popular, em votação nestes dias no Congresso Nacional, como exemplo de participação popular para o
aprimoramento da democracia, como já ocorrera com a aprovação da Lei 9840, contra a corrupção
eleitoral, cuja aplicação requer contínua e atenta vigilância de todos, para que não continue a praga da
compra e venda de votos. Esperamos que seja um instrumento a mais para sanar o grave problema da
corrupção na vida política brasileira.
Permanecem oportunas as palavras de João Paulo II: “A Igreja encara com simpatia o
sistema da Democracia, enquanto assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e
garante aos governados a possibilidade de escolher e controlar os próprios governantes (...) ela não
pode, portanto, favorecer a formação de grupos restritos de dirigentes que usurpam o poder do
Estado a favor dos seus interesses particulares ou de objetivos ideológicos” (Centesimus Annus, 46) .
Urge uma profunda reforma política, iluminada por critérios éticos, com a participação das
diversas instâncias da sociedade civil organizada, fortalecendo a democracia direta com a
indispensável regulamentação do Art. 14 da Constituição Federal, relativo a plebiscito, referendo e
iniciativa popular de lei. A Reforma Política “precisa atingir o âmago da estrutura do poder e a
forma de exercê-lo, tendo como critério básico inspirador, a participação popular. Trata-se de
reaproximar o poder e colocá-lo ao alcance da influência viável e eficaz da cidadania” (Por uma
Reforma do Estado com Participação Democrática, Documentos da CNBB 91, 101).
A campanha eleitoral é oportunidade para empenho de todos na reflexão sobre o que precisa
ser levado adiante com responsabilidade e o que deve ser modificado, em vista de um Projeto
Nacional com participação popular. Por isso, incentivamos a que todos participem e expressem,
através do voto ético, esclarecido e consciente, a sua cidadania nas próximas eleições, superando
possíveis desencantos com a política, procurando eleger pessoas comprometidas com o respeito
incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana. Em particular,
encorajamos os leigos e as leigas da nossa Igreja a que assumam ativamente seu papel de cidadãos
colaborando na construção de um País melhor para todos.
Confiando na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, invocamos as bênçãos de Deus para
todo o Povo Brasileiro.
Brasília, 11 de maio de 2010
Dom Geraldo Lyrio Rocha Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Mariana Arcebispo de Manaus
Presidente da CNBB Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB
Um comentário:
No final desta eleição Deus premiara o Justos, os Bons de coração, aqueles que não caluniaram e nem inventaram mentiras.
Acreditem na força dele e não se deixem levar pelo mesmo caminho que a campanha do Serra tem trrilhado. O Senhor jamais permitira que deste modo ele vença. Não há como o Mal prosperar. Mantenham-se firmes no caminho do Bem. Tenham fé. No final todos serão recompensados.
P. Joege
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