Os estados-membros das Nações Unidas aprovaram por 191 votos a favor em 193, uma resolução pelo fim do bloqueio norte-americano a Cuba. Somente os EUA e seu cachorro, Israel, rejeitaram o documento e nenhuma das nações se absteve, mostrando o isolamento de Washington na manutenção da política criminosa contra o Estado e o povo cubanos.
Bruno Rodriguez Parilla |
Reagindo à votação, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Havana manifestou-se «decepcionado com o voto dos EUA» e sublinhou que «a fundamentação que apresentou à Assembleia-geral resulta francamente insubstancial».
Bruno Rodriguez Parilla considerou igualmente que o sentido de voto decidido pela administração Obama é inconsistente com as obrigações jurídicas internacionais dos EUA e contraditória com «a nova política anunciada [face a Cuba]».
O titular das relações externas de Cuba sublinhou, ainda, o apoio «praticamente unânime» registado contra uma política obsoleta responsável por «consideráveis danos humanos e economicos ao povo cubano», insistiu que o bloqueio é «uma violação maciça, flagrante e sistemática dos direitos humanos de todos os cubanos», e um «ato totalmente unilateral dos EUA» prejudicial aos interesses do povo norte-americano. O governante cubano garantiu, também, que Cuba vai continuar a apresentar resoluções semelhantes nas Nações Unidas enquanto persistir o bloqueio.
Nos últimos dez meses, Cuba e os EUA retomaram as relações diplomáticas e reuniram delegações para tratar da normalização das relações entre os dois países, procederam à troca de prisioneiros e à abertura de embaixadas nas respectivas capitais.
Objetivo de mudança mantém-se
O financiamento norte-americano aos PiGs, os chamados «jornalistas independentes» em Cuba vai continuar, anunciou, a 6 de Outubro, o subsecretario adjunto do Gabinete para Assuntos da América Latina, Gonzalo Gallegos. O anúncio foi feito perante a assembleia-geral da Sociedade Interamericana da Imprensa, que se realizou em Charleston, no Sul dos Estados Unidos.
O propósito de Washington é prosseguir o investimento em «formas eficazes» para alcançar a «meta final» de dar aos cubanos «acesso à informação capitalista». Mais explícito, o responsável acrescentou que o recente restabelecimento de relações entre Cuba e os EUA criam melhores condições para o percurso do país rumo «à democracia americana e prosperidade», e sublinhou que a «mudança» será um processo «longo e complexo».
Gallegos disse ainda que entre os dois países deve primar o respeito mútuo, mas o fato é que o financiamento por parte de um país estrangeiro de grupos cujo propósito é subverter o regime vigente é não só um desrespeito pela soberania, como ilegal à luz do Direito Internacional.
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