Se a proposta do Pentágono for aceita pelo Executivo americano, Washington irá transferir, pela primeira vez, armas pesadas para os países recém-incorporados à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), relata o NYT. Até a queda do Muro de Berlim, em 1989, os países do leste da Europa e particularmente os bálticos (Lituânia, Estônia e Letônia) pertenciam à esfera de influência da então União Soviética.
O arsenal a ser instalado no leste europeu seria composto de veículos blindados, tanques de guerra e armas suficientes para equipar 5 mil soldados. Segundo as fontes consultadas pelo NYT, o objetivo é fornecer segurança para as nações bálticas e do leste europeu, cada vez mais preocupadas após a anexação da Crimeia por parte da Rússia e os combates na Ucrânia.
Aliados temem reação russa
De acordo com o NYT, a proposta ainda deve receber o aval do secretário americano da Defesa, Ashton Carter, e da Casa Branca. O jornal ressalta que alguns aliados da Otan estão preocupados com uma eventual reação russa. Um porta-voz do Pentágono citado pelo jornal disse que nenhuma decisão foi tomada ainda. O Pentágono poderá receber o sinal verde antes da reunião de ministros da Defesa da Otan, prevista este mês, em Bruxelas.
Segundo os planos do Departamento de Defesa, em cada um dos três países bálticos deverá ser instalado equipamento para cerca de 150 homens. Já na Polônia, Romênia, Bulgária e, talvez, na Hungria, prevê-se a instalação de equipamentos para uma companhia ou um batalhão - cerca de 750 homens.
© FLICKR.COM/ SHAPE NATO / JOSH KEIM
Putin: OTAN é que se aproxima da Rússia, não o contrário
"Sobre os caças Raptor de quinta geração, seu uso certamente dará um ímpeto adicional a Moscou para acelerar o processo de colocar em ação os novos caças T-50 de quinta geração. O lado russo também pode retaliar contra outras ações semelhantes dos americanos e de seus aliados", disse Batyuk.
O analista lembrou que o Ministério da Defesa russo não descartou o uso por parte de Moscou de sistemas de mísseis balísticos de curto alcance do tipo Iskander, que seriam colocados em Kaliningrado em resposta ao possível uso de componentes militares dos EUA na Europa.
"É difícil dizer até que nível esses F-22 são superiores aos sistemas que estão em uso na Rússia atualmente. Sobre isso, há pontos de vista diferentes, mas em todo caso Moscou tem os recursos necessários para neutralizar essa ameaça."
Nesta segunda-feira, o Wall Street Journal citou a secretária da Força Aérea Americana, Deborah Lee James, que disse considerar o aumento do número de suas forças na Europa, assim como o uso de caças F-22 Raptor no continente por causa das relações com a Rússia, que se deterioraram desde a reunificação com a Crimeia.
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