Liberdade para Bilal Kayed
O preso palestino Bilal Kayed encontra-se em greve de fome por tempo indeterminado, desde 15 de Junho, como forma de luta para exigir a liberdade e o fim da detenção administrativa.
Kayed deveria ter sido libertado a 13 do mês passado, após terminar uma pena de 14 anos e meio nas prisões israelitas.
Em vez de o libertarem, as forças nazistas de ocupação israelitas ordenaram a sua detenção administrativa, sem julgamento nem culpa formada, durante seis meses.
A sua detenção administrativa foi confirmada pelo tribunal militar de Ofer, em 5 de Julho, após uma audição a que Bilal Kayed recusou comparecer, assinalando a ilegitimidade da detenção administrativa e do sistema de tribunais militares. Rejeitou também uma proposta de ser deportado para a Jordânia por quatro anos e de renunciar à atividade política em troca da liberdade.
O Movimento dos Presos Palestinos, que inclui todas as principais facções e partidos políticos palestinos, declarou solidariedade total com Bilal Kayed.
Numerosos outros presos palestinos estão empenhados em protestos e ações de solidariedade, incluindo greves da fome. As autoridades prisionais israelitas lançaram contra eles uma série de medidas repressivas, como a privação de visitas familiares, a reclusão no isolamento e a transferência de dezenas de presos. Procuram assim impedir o crescimento do protesto, neutralizar o papel dos dirigentes e isolá-los do resto dos presos que lutam pela liberdade de Bilal Kayed e contra as práticas da detenção administrativa e da reclusão solitária e contra a negligência dos cuidados médicos.
Mais de sete mil palestinos estão atualmente encarcerados em centros nazitas israelitas de presos e de detenção. Entre eles contam-se cerca de 715 detidos administrativos, incluindo duas mulheres e oito crianças, assim como dois deputados ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), Abdel-Jaber Fuquha e Hatem Kufaisha.
O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), em comunicado de 12 de Julho, denunciou uma vez mais a repressão sobre os patriotas palestinos. E alertou: «Bilal Kayed continua a recusar tratamento médico, vitaminas e suplementos, vivendo somente de água desde o início da sua greve da fome. As autoridades israelitas são inteiramente responsáveis pela vida de Bilal Kayed, que perdeu já 25 quilos e cuja saúde está a deteriorar-se rapidamente».
O MPPM junta a sua voz à daqueles que na Palestina e em todo o mundo exigem a liberdade de Bilal Kayed e dos outros detidos administrativos, o fim da prática da detenção administrativa, a liberdade de todos os presos palestinos e o fim da ocupação, o reconhecimento efetivo do direito do povo palestino a um Estado viável, dentro das fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Leste e uma solução justa para o problema dos refugiados.
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