Adolfo Pérez Esquivel revelou o apoio do Papa Francisco contra o golpe brando e a preocupação do pontífice com o grave retrocesso democrático em curso.
Adolfo Pérez Esquivel disse:
‘Papa Francisco é contra o golpe’
“O papa Francisco está muito preocupado com o que está acontecendo no Brasil; tudo isso vai trazer consequências negativas para toda a região e teremos um grave retrocesso democrático.”
Esquivel disse ainda que vai escrever ao Papa sobre os acontecimentos no Brasil e afirmou que o impeachment não passa de um golpe brando. Ele também disse que Dilma é uma mulher honesta denunciada por corruptos.
O pontífice mantém estreita ligação com movimentos de defesa dos direitos humanos na América Latina "Os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repressão, os assassinatos, mas também pela existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades.
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As comemorações desse 1º de maio acontecem em meio a uma profunda crise ética, política, econômica e institucional, que ameaça golpear trabalhadores com mais desempregos, com a flexibilização das leis trabalhistas e com a regulamentação da terceirização.
MENSAGEM DA CNBB AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS
“Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho” (Jo 5,17).
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, por ocasião do dia dos trabalhadores, manifesta sua solidariedade aos homens e mulheres, do campo e da cidade, particularmente aos jovens que, pelo trabalho, constroem as suas próprias vidas, suas famílias e a nação brasileira. Ao mesmo tempo, presta homenagem às pessoas que doaram e doam sua vida, lutando pelo direito dos trabalhadores e trabalhadoras.
A dimensão do trabalho vai além da produção de riqueza, pois é “mediante o trabalho que o homem deve procurar o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos.
E com a palavra trabalho é indicada toda a atividade realizada pelo mesmo homem, tanto manual como intelectual, independentemente das suas características e das circunstâncias, quer dizer, toda a atividade humana que se pode e deve reconhecer como trabalho, no meio de toda aquela riqueza de atividades para as quais o homem tem capacidade e está predisposto pela própria natureza, em virtude da sua humanidade.” (João Paulo II, Laborem Exercens).
As comemorações desse 1º de maio acontecem em meio a uma profunda crise ética, política, econômica e institucional. Os trabalhadores e as trabalhadoras são afetados e ameaçados pelo desemprego, por precárias condições de trabalho, pela tentativa da flexibilização das leis trabalhistas e pela regulamentação da terceirização. Com isso, restringe-se o acesso aos direitos, expõe-se a baixos salários, a jornadas exaustivas, a riscos de acidentes e a alta rotatividade no mercado.
É urgente a superação dessa realidade de crise, através do permanente diálogo e de iniciativas político-econômicas que atendam efetivamente aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente dos mais pobres, ao invés da lógica do mercado e dos interesses partidários. É preciso, acima de tudo, assegurar a manutenção dos direitos trabalhistas adquiridos e incentivar a ampliação dos mesmos.
Incentivamos os trabalhadores e trabalhadoras e às suas organizações a colaborarem ativamente na construção de uma economia justa e includente que assegure os seus direitos.
Recordamos as palavras do Papa Francisco: “cada trabalhador, quer faça parte, quer não, do sistema formal do trabalho assalariado, tem direito a uma remuneração digna, à segurança social e a uma cobertura para a aposentadoria” (Francisco, Encontro mundial dos movimentos populares, 2015).
Por intercessão de São José Operário e da Senhora Aparecida, a bênção de Deus alcance os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Brasília, 1º de maio de 2016
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